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segunda-feira, 13 de abril de 2020

O    C A M I N H O    I N F I N I T O

Caminho – Por Henrique Córdova

A Arte de Cura pelo Espírito

O seu mundo e o meu são uma imagem externa de nossa consciência: quando essa consciência está preenchida da Verdade, nosso universo expressa harmonia, ordem, prosperidade, alegria, paz, poder e domínio; Mas quando há ausência dessa Verdade, então há uma aceitação dos valores mundanos e nosso mundo assume a complexidade da impermanência, do acaso, da sorte ou azar, bem características da crença no mundo. Todas as condições refletem a atividade da consciência de cada indivíduo em questão.

Seu mundo está incorporado em sua consciência; ele reflete o estado de sua consciência, porque sua consciência governa o seu mundo. O seu conhecimento da Verdade é a lei para o seu mundo; e por outro lado, da mesma forma, a ignorância da Verdade também se torna uma lei para ele. Por exemplo, não há lei das trevas, porque você sabe que a escuridão pode ser dissipada pela simples presença da luz, mas na sua ausência, a escuridão confirma sua presença. E assim, também em sua consciência, na ausência da Verdade, a ignorância, mentira, aparência discórdia e desarmonia afirmam sua presença. Portanto, na ausência da atividade da Verdade em sua consciência, seu mundo refletirá o acaso, sorte ou azar, a crença humana, a crença na medicina ou na astrologia e assim por diante. Mas, se a atividade da Verdade opera como sua consciência e na sua consciência, de modo a tornar-se uma lei de harmonia para tudo em seu mundo, então ela faz com que tudo que lhe diga respeito reflita a harmonia de sua consciência.

Suponha que você se encontra numa sala cheia de gente com quem você deve trabalhar – falando, instruindo ou servindo. Você olha para as pessoas e vê que elas apresentam uma variedade de “aparências” – boa, má, doente, saudável, rica ou pobre. Como você pode estabelecer um senso de unidade com toda essa gente?

Para firmar um sentido de união com todos, você deve, antes de tudo, entrar em contato com o Espírito interior e encontrar sua própria plenitude e integridade; você deve entrar em contato com o Pai interior, e aí sim você automaticamente se tornará UM com cada indivíduo dentro do campo de sua consciência. Essa é uma grande oportunidade de aplicar os Princípios do Caminho Infinito. Olhe para Deus, através ou além de cada pessoa na sala: Deus é o princípio que anima todo indivíduo. Deus é a mente de cada um presente aqui, a inteligência que se expressa como pessoa. Deus é o único Amor, e sendo Deus infinito, Deus é, então, todo Amor; Deus é, portanto, o Amor do ser individual, e sendo preenchido pelo Amor que é Deus, nenhum indivíduo pode ser usado como instrumento de ódio, inveja, ciúme ou maldade.

Uma percepção como essa o elevará ao reino do puro Ser, acima das personalidades. Você pode se defrontar com evidências de má interpretação, mas que diferença faz sobre o que a aparência é? Deus está bem aí onde a aparência se reflete em sua mente. Você está lidando apenas com Deus, não com crenças, pessoas ou condições. Mais e mais vezes tem sido comprovado que, no confronto com pessoas dominadas pela raiva ou encontrando animais perversos, prontos para atacar, mantendo a percepção de Deus como a verdadeira entidade ou identidade – o Ser Real – Deus como a única lei, única substância, causa e efeito, aquilo que chamamos de cura passa a acontecer. Este método de tratamento nunca deixa o Reino de Deus, nunca se rebaixa ao nível do homem, da pessoa, condição ou circunstância, e nem leva em consideração o desemprego, o pecado ou a doença.

É tão fácil dizer que isso é bom e isso é mau, isso é de Deus e aquilo é do diabo; mas quando uma pessoa ou condição proclama ter o poder de crucificá-lo ou libertá-lo, de lhe causar problemas, fazer isso ou aquilo, você deve manter sua firmeza e perceber: Meu ser está em Cristo, e mantendo meu ser em Cristo, somente o Cristo pode atuar em minha consciência, pois Ele é a Única Consciência, a consciência de cada pessoa no mundo.

Em outras palavras, quando você olha para o mundo e vê pessoas ou circunstâncias que reivindicam ter poder do bem e do mal sobre você, reconheça novamente que seu ser está em Cristo, e somente aqueles inspirados por Cristo podem ter alguma influência em seus caminhos.

Há muito anos atrás, num período de angústia, veio a mim que eu deveria amar aqueles que me odiavam, dar amor ao invés de ingratidão, e minha resposta foi: “Pai, eu não posso fazer isso. Eu não sei como fazer isto. Sim, eu até posso ser hipócrita e dizer que amo esses que me odeiam, condenam, julgam e lutam contra mim; mas eu devo dizer que eu verdadeiramente não consigo, não sei como amá-los. É verdade que não alimento nenhum antagonismo contra eles, porque eu sei o que os motivou, e eu não os culpo. Se eu não tivesse um pequeno entendimento do Seu infinito Amor, talvez fizesse a mesma coisa; por isso, não os acuso, julgo ou condeno. Posso até dizer “Pai, perdoa-lhes porque não sabem o que fazem”, mas amá-los… não, eu não consigo, honestamente. Não posso dizer que os amo, não posso fazer isso. Se tem que haver algum amor, posso perfeitamente ser a via pela qual Você, Deus, pode amá-los através de mim. Se isso pode ser endireitado assim, que seja; mas não me peça para amá-los porque está além da minha capacidade”.

Em menos de um minuto, uma paz maravilhosa me invadiu, eu fui dormir e acordei completamente curado. É impossível amar a ingratidão, a injustiça, as mentiras e as confusões, mas podemos deixar Deus agir: “Deus, Você que pôde amar o ladrão na cruz e a mulher adúltera, ame essa pessoas também”. E o que foi requerido para a demonstração que eu tive que fazer? Não foi a habilidade de nulificar a mim mesmo, de modo a nem sequer tentar ser correto para amar os inimigos? Quando você diz que você ama seu inimigo, isso é hipocrisia. Temos que aprender a deixar que Deus ame, e a nós cabe sermos o instrumento através do qual o Amor de Deus pode fluir tanto para os amigos quanto para os inimigos.

Há no mundo pessoa boas e más, justos e injustos, mas quando você se ergue até o círculo de Deus, você descobre que Ele é o princípio de todas as pessoas; Deus é o único princípio das pessoas, o Amor, a Verdade e a Vida que as animam, sejam aquelas do seu trabalho, das suas relações sociais ou da sua casa.

Sua casa é composta pela sua consciência do lar. Você é o guardião de sua morada e você deveria guardar firmemente sua porta, para que nada que não tenha o direito de estar ali a transponha. Mas essa porta, entretanto, não é uma porta material. A única porta que existe é a porta da sua consciência, e a única porta pela qual você é responsável é essa porta. E o que você vai permitir que cruze essa porta, da sua consciência? Você permitirá a entrada do contágio, da infecção como um poder em sua morada? Você será complacente com a discórdia e a desavença? Você deveria fazer disso alvo de realização diária de que, com exceção da Verdade, nada pode entrar pela porta de sua consciência, pois nenhuma sugestão de poder humano é lei, seja física, material ou mental. Qualquer crença que que entrar em sua casa precisa primeiro entrar em sua consciência, e a Verdade do Ser em sua consciência agirá como uma lei de anulação de qualquer falsa crença que posso se intrometer. Tudo o que entrar no campo de sua consciência assumirá a natureza e o caráter dessa consciência. Não só sua própria vida é afetada pelo que entra pela porta de sua consciência, mas também são afetados todos os que entram no campo de sua consciência, e isso inclui familiares ou membros de comunidades, igrejas. Todos procuram você pelo pão; eles o procuram pela Verdade do Ser, mas muitas vezes sua mente está tão ocupada com suas desarmonias e discórdias que eles vão embora sem a divina substância que buscavam em você. Dentro de cada pessoa há uma fome pelo pão da vida. Amigos, parentes e conhecidos que encontram o caminho de sua casa, ostensivamente procurando por companhia, suprimento ou qualquer forma de bem material, mesmo que, do ponto de vista deles, estejam convencidos desse propósito, na verdade sentem falta e aspiram pela verdadeira substância da vida, o alimento que não perece. Se você lhes der somente dinheiro, se der apenas sua companhia físico humana e mais nada, você está dando a eles apenas uma pedra como alimento, e não o pão da vida. Você não os eleva em seu estado de consciência. E isso você só pode fazer mantendo-se especificamente na consciência da Verdade do seu Ser:

Deus é a substância e a atividade do meu lar; Deus é a consciência de qualquer indivíduo que entre em minha casa, seja um familiar ou amigo. Nada entra em minha casa que possa violar sua sacralidade, porque Deus é a minha única casa. Assim como minha casa aparece na Terra como estrutura material, ela expressará a harmonia de Deus. Aqueles que estiverem nesta casa refletirão essa harmonia ou serão removidos, porque nada que não seja semelhante a Deus pode permanecer em minha casa – meu templo, meu ser, meu corpo. Qualquer coisa que tenha natureza discordante que possa entrar ou que temporariamente ser autorizado a entrar será removida no tempo certo de tal modo que não haverá injúria a ninguém, mas bênçãos para todos.

Uma vez que Deus é minha consciência, nada pode entrar nessa consciência: “não entrará nela coisa alguma que contamine, e cometa abominação e mentira”, e mesmo se eu, em minha ignorância ou fraqueza humana, permitir a entrada daquilo que aqui não tem lugar, isso não permanecerá: a Consciência da Verdade e da Vida que Eu Sou o curará ou o removerá. Eu decido que tudo e todos que entrarem em minha consciência serão curados ou removidos. Eu não ouso me apegar a alguém e dizer “apesar de todos os seus erros, eu ainda preciso de você, eu quero você”. Fico firme em Deus e, se necessário, deixo pai, mãe, irmão, irmã, marido ou esposa, para habitar no abrigo secreto do Altíssimo.

Apegar-se ao que você sabe que não é certo só por causa das emoções humanas que quase sempre acabam por impedir sua demonstração espiritual. Cada um precisa confiar em sua orientação interior para determinar quando deixar os laços humanos se partirem ou não. Quase todos os casamentos contém alguma versão da declaração “o que Deus uniu, o homem não separa”. A verdade é que o que Deus uniu, o que Deus trouxe junto em Unidade, nenhum homem pode separar. Seria totalmente impossível para o homem ter poder sobre Deus e sobre a obra de Deus. Nenhum homem tem o poder de desfazer o trabalho de Deus. No mundo das aparências, pode haver uma discussão temporária – e haverá – mas não para você, se você se erguer para o círculo de Deus e ali viver em constante realização de que o que Deus fez é para sempre, e o que Deus juntou, nenhum homem pode separar. Ao se deparar com um problema conjugal, você perceberá que, como Deus é Um, a única relação que existe é a relação da Unidade, e não pode haver divisão ou separação dessa Unidade, nenhuma desarmonia ou discórdia. No momento em que há dois em vez de um, pode haver qualquer tipo de discórdia e desarmonia, o que é impossível na Unidade.

Muita gente então acredita que uma realização como essa garantiria a um casal permanecer unido, e então, um divórcio ou separação seriam impossíveis de acontecer. Mas nada pode ser mais distante da verdade do que isso. Um casal pode ser legalmente casado, mas eles podem não ser realmente Um; em seus seres individuais, não são realmente Um. Portanto, essa realização da unidade pode trazer uma separação ou divórcio muito mais rápido do que seria o caso de outra forma, libertando tanto marido quanto esposa do jugo da desarmonia e da discórdia, possibilitando a ambos encontrarem sua unidade noutro lugar qualquer. Não existem duas pessoas que possam se realizar na unidade e verdadeira felicidade, se a vida só se resolve numa batalha interminável de agressões e desentendimentos. A relação conjugal sem amor não passa de um pecado.

Um praticante de cura espiritual nunca deveria se intrometer na vida familiar de qualquer pessoa ou casal, e nem julgar humanamente se duas pessoas deveriam casar, permanecer casadas ou separar. Isso não é da conta do curador espiritual e, mais ainda, não há um modo fácil de saber pelas aparências qual a verdade da situação. Em todos os casos de desentendimentos e desarmonia, mantenha-se no fato de que Deus é somente Um, e só um casamento existe, a união mística. Tal união é ordenada por Deus, e nenhum homem pode separar.

Às vezes, o melhor meio para Deus manter a Unidade é cortando o vínculo humano ou legal. Nunca acredite, nem por um momento, que, somente por conhecer a Unidade, todos os casamentos serão mantidos, porque eles não serão. Conhecer a Unidade mantém a pessoa unida com o seu bem; se esse bem significa celibato, casamento ou separação, é isso que acontecerá. Ninguém tem o direito de decidir como uma demonstração deve acontecer, porque tudo deve se desenvolver de acordo com o bem espiritual, e não de acordo com a ideia que o ser humano supõe que seja o bem. Ninguém deveria se achar competente para decidir o que é humanamente bom.

Não é sábio tentar proteger entes amados das discórdias e desarmonias que eles, consciente ou inconscientemente, trouxeram e trazem para si mesmos. É melhor desistir da preocupação ansiosa, deixá-los, e permitir que vivam com algumas de suas discórdias, porque a super proteção que poderia preservá-los dos resultados de sua própria conduta acaba sempre sendo a pedra de tropeço que os impede de despertar para a Verdade do Ser. Seu sofrimento pode ser a agulha necessária para acordá-los. Cada um de nós tem que aprender a lição “deixe-o, deixe que se vá”. Solte seus entes amados em Cristo, solte-os em Deus; e deixe a Lei de Deus governá-los. A despeito do quanto alcançaram de realização espiritual ou em que medida a praticam em sua vida diária os princípios místicos, sempre há aqueles que, por uma razão ou outra, não podem ou não querem responder. A maior testemunha conhecida da vida espiritual foi o Mestre, Cristo Jesus, mas ainda assim ele teve seu Judas, a dúvida de Tomé, a negação de Pedro e os discípulos que dormiram no Horto. Sem dúvida, Pedro e Tomé despertaram e se recuperaram do lapso temporário. Já sobre Judas, não há prova ou sinal de um despertar para essa luz espiritual. Além disso, houve um tempo em que o ímpeto espiritual não encontrou resposta em Saulo de Tarso. Contudo, em un certo momento, ele não só respondeu, mas tornou-se uma grande testemunha do chamado espiritual.

Portanto, ninguém precisa se desesperar por aqueles de sua família, grupo de igreja, nação ou do mundo que não respondem ao impulso espiritual neste momento. No seu próprio tempo, eles o farão. Para alguns, isso pode levar dias, semanas, meses, anos: e outros podem precisar de vidas inteiras, muitas. Mas, cedo ou tarde, todo joelho deve se dobrar – todo joelho! Em algum momento, todos aprenderão sobre Deus. As pessoas acreditam que não avançam por causa da falta de demonstração espiritual de alguém de sua convivência ou, por uma razão ou por outra, a falta de demonstração por parte de outro alguém que possa ter uma influência adversa sobre elas. Isso nunca poderia ser verdade, a menos que elas mesmas permitissem. Cada um é responsável por sua própria demonstração espiritual, e é totalmente inútil reclamar de um companheiro por falta de coragem espiritual.

Ninguém com menos autoridade do que o Mestre poderia ensinar que, para se obter seu estado Cristo, é necessário deixar mãe, pai, irmão e irmã, “por amor a Mim”. Por que não encarar o fato de que a maioria das pessoas ainda não está pronta para deixar aqueles que elas acreditam agir de tal forma que atrasam seu progresso espiritual? Assim, ninguém deveria culpar a ninguém, nem a si mesmo, mas de pronto perceber que somente a aceitação universal de uma entidade à parte de Deus poderia hipnotizá-lo a ponto de acreditar que alguma influência fora de seu próprio ser poderia afetá-lo. Poderia a influência de alguém, fosse para ajudar ou atrapalhar, interferir no progresso espiritual de outra pessoa? Como é possível que alguém se coloque entre ela e sua realização do estado Cristo? Isso só pode acontecer se houver dependência de um ser humano.

Se homens e mulheres aceitarem a crença universal de que seus sustento vem do marido, da esposa, de investimentos ou trabalho, eles se colocam sob a lei material. Antes que as pessoas tenham algum conhecimento da sabedoria espiritual, essa dependência é normal; mas depois que aprenderam a verdade sobre sua identidade como “Um com o Pai”, se insistirem em situar sua “fé em príncipes”, sua dependência de amigos ou família, ao invés de libertarem a si mesmos para viver sob a Graça, continuarão a viver sob a lei humana da limitação. Na vida espiritual, não há dependência de qualquer pessoa ou coisa: existe o compartilhar, mas nunca dependência. Qualquer coisa que seja compartilhada com o próximo é compartilhada da infinita transcendência de Deus:

“Eu e meu Pai somos Um”: essa é minha relação com Deus e de Deus comigo. Isso não tem nada a ver com qualquer outra pessoa, seja parente, amigo ou associado. O meu bem não depende deles, de jeito nenhum, nem eles são dependentes de mim. Meu bem é a plenitude de Deus manifestada em meu ser individual.
 
Quando essa unidade é vislumbrada, todo relacionamento torna-se amizade, alegria e cooperação. Se nossa dependência não está em outros, não sofreremos por carências ou perdas se nossas relações com eles forem apagadas, porque todo bem é inerente à nossa relação com Deus, e não está no poder de ninguém desfazer essa relação de herdeiro com Cristo em Deus. O cenário humano não testemunha isso porque, para que a pessoa se beneficie de sua relação do Pai com o Filho, uma atividade da Verdade deve acontecer na consciência individual.

Quando você aprende a “não chamar nenhum homem na terra de Pai”, automaticamente todo homem, mulher e criança passam a ser seus irmãos. De acordo com o testemunho humano, você pode ser apenas uma criança sem pais neste mundo, mas uma vez que você concorda em “não chamar nenhum homem na terra de Pai”, isso não é mais verdade, porque você fez de qualquer pessoa de todo universo seu irmão ou sua irmã. Pessoas que sempre olharam para você como um estranho repentinamente sentem que “eu conheço essa pessoa, sinto como se já a conhecesse”. Até mesmo entre você e aqueles que não são irmãos de sangue deixa de existir barreiras, porque agora uma relação superior à irmandade por laços de sangue se estabeleceu: agora são irmãos por deliberação divina.

Há uma ligação, um laço espiritual, que congrega todas as crianças de Deus. Não é um vínculo com seres humanos ou mortais, e por isso aqueles que insistem em permanecer no nível mortal acabam sendo afastados da experiência dos mais iluminados espiritualmente. Cada um atrai para si aqueles com quem está espiritualmente unido, seus irmãos espirituais; mas aqueles que vivem e insistem em viver no plano material e mortal mais cedo ou mais tarde são afastados, e muitas vezes as maiores mágoas, dores do coração, consistem em tentar segurá-los.

Ao longo do caminho, você pode encontrar falsidade, decepção e desprezo; algumas vezes seus amigos e parentes estão adormecidos e não o apoiam, outras vezes até contradizem e atrapalham. Você precisa chegar ao ponto do seu desenvolvimento em que essas coisas não têm consequência para você. Não faz diferença para sua vida se alguém falha com você: só faz diferença para eles, porque eles falharam em suas demonstrações do estado Cristo, mas para você mesmo, não fará diferença, se você aprendeu e se mantém firme na sua relação com Deus. Como Deus é vida, sabedoria, atividade e sustento do seu ser, você não tem demonstração a fazer que seja dependente de qualquer pessoa da terra.

Você é espiritualmente alimentado, vestido e amparado. Sua completa e absoluta confiança está nesta verdade de que tudo o que é do Pai é seu também. Se toda a terra fosse varrida, esta única Verdade permaneceria: “Eu e meu Pai Somos Um”, e tudo o que o Pai tem, ainda é seu.

Quando o Mestre ensinou seus discípulos a deixarem mãe, pai e irmãos por causa dele, ele não quis dizer que deveriam abandonar aqueles de seu lar espiritual.

Todos aqueles que podemos encontrar em um nível espiritual de amor, estão ligados e unidos de agora até a eternidade, compartilhando uns com os outros tudo o que possuem, para sempre.

 

Joel Goldsmith – em Relação de Unidade do Livro: A Arte de Cura pelo Espírito
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