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terça-feira, 7 de abril de 2020

QUANDO A ENERGIA DO CORAÇÃO AGE
O AMOR REALIZA O INACREDITÁVEL

  Cada ser necessita abrir-se 
para servir ao planeta

Quando alguém tem como temperamento o segundo raio e expressa a energia do Amor-Sabedoria, aceita tranquilamente que pessoas de outros temperamentos e tendências tenham maneiras diferentes de realizar a mesma ação. Mas, em geral, quando somos expressões de outras energias de raio, pretendemos que a ação das pessoas seja como a nossa, o que, na verdade, não deveria ocorrer.

O ser de temperamento do Amor-Sabedoria manifesta uma percepção intuitiva da necessidade do outro, à qual pode facilmente se amoldar. Nos graus mais elevados de sua evolução já começa a ampliar essa percepção para a necessidade planetária em geral.

Nos estágios ainda mais avançados desse temperamento, o indivíduo abre-se cada vez mais amplamente ao serviço do mundo. O princípio básico de tal temperamento é subordinar as próprias necessidades às de um grupo sempre maior, e isso se explica pela necessidade de uma busca de complementação presente em todos nós, e mais pronunciada nos temperamentos de Amor-Sabedoria.

Ao encarnarmos, passamos a viver uma situação mental que nos separa uns dos outros, sendo que, nos níveis físico, emocional e mental é impossível nos sentirmos inteiramente unidos. Tornando-nos conscientes dos níveis superiores é que podemos contatar e experimentar a verdadeira união.

Nesse temperamento, as pessoas tentam compreender o outro e têm compaixão dele. Essa compaixão não tem o sentido que assume na vida humana normal, o de ter pena do outro, que não é a energia pura do Amor, mas sim uma forma de nos compensarmos pelas nossas carências. A compaixão transcende as aparências e as circunstâncias, sejam elas quais forem. Ela surge a partir do completo esquecimento de nós mesmos, na medida em que penetramos na necessidade do outro e vivemos o que tem de ser vivido.

Ilustração disso é uma clássica história, também conhecida pela tradição zen, a respeito de uma pessoa de temperamento puro do segundo raio, já num estado avançado de evolução. Era um rabino de vida solitária, conhecido na aldeia onde morava como extremamente santo e puro. Um dia, uma jovem que vivia na mesma comunidade ficou grávida e seus parentes perguntaram-lhe quem era o pai da criança. Ela disse que era o rabino.

A família decidiu então que, quando a criança nascesse, iria entregá-la ao rabino, e assim foi feito. Levaram o recém-nascido até ele e o pai da moça disse: “Ela afirma que este é seu filho, e nós o trouxemos aqui, pois cabe ao pai educá-lo.”

Sem nada dizer, o rabino ficou com o menino por muitos anos. Um dia, a jovem, que havia passado por uma profunda transformação, confessou aos pais que mentira anos atrás, quando dissera ser o rabino o pai de seu filho. Ela realmente não tinha certeza de quem era o pai, mas, segundo o que dizia agora, o rabino decididamente não o era, porque nunca tivera relações com ele.

Voltaram todos, então, à casa do rabino e disseram-lhe que a moça estava confessando não ser ele o pai da criança. Diante disso, estavam eles ali para levar o menino de volta. O rabino sem se alterar, pegou a criança, já criada, e restituiu-a aos familiares.

Um indivíduo de segundo raio sabe que poderá ser considerado indiferente pelos outros. Todavia, procura agir segundo o que percebeu que deve ser feito, o que percebeu ser o melhor. Essa energia do Amor-Sabedoria não exprime nenhum juízo sobre o outro: capta, compreende, vê claro, porém, não julga.

José Trigueirinho Netto
https://www.otempo.com.br

O amor é alquímico. Se você se amar, a sua parte feia desaparecerá, será absorvida, será transformada. A energia é liberada daquela forma. Todas as coisas que são chamadas de pecado, simplesmente desaparecem. Ame-se. Esse deveria ser o mandamento fundamental: Ame-se. Tudo o mais se seguirá, mas esse é o alicerce. (Osho)

Se um único homem chega a plenitude do amor, neutraliza o ódio de milhões. (Gandhi)

Não confundas o amor com o delírio da posse, que acarreta os piores sofrimentos. Porque, contrariamente à opinião comum, o amor não faz sofrer. O instinto de propriedade, que é o contrário do amor, esse é que faz sofrer. (...) Eu sei assim reconhecer aquele que ama verdadeiramente: é que ele não pode ser prejudicado. O amor verdadeiro começa lá onde não se espera mais nada em troca.(Antoine de Saint-Exupéry)

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