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domingo, 26 de abril de 2020

A VIA HARMONIOSA QUE INTEGRA OS CORPOS DO HOMEM AO SEU ARQUÉTIPO
 
 
 
Impulsionados pela vontade espiritual, os indivíduos estão sendo chamados a integrar seus corpos à nota harmônica do arquétipo-síntese humano. Uma vez realizada essa união, os corpos poderão servir plenamente ao ser interno, meta que, desde sempre, esteve reservada a eles.
 
A unificação da consciência e dos corpos do ser a essa nota harmônica traz-lhes clareza e equilíbrio, transforma completamente sua vida.

É por intermédio do espírito que os corpos do homem contatam esses padrões arquetípicos. Quando se estabelece a sintonia entre o eu consciente e o nível profundo onde a harmonia integral existe, a vibração arquetípica age com mais liberdade sobre a matéria. Esse é o caminho da cura, que pode ser compartilhada pelo âmago de cada átomo, de cada substância ou de cada célula.

O estabelecimento de uma ressonância entre a vibração das partículas dos corpos e a da matriz cósmica corrige desarmonias, elimina o supérfluo, o ultrapassado ou o dissonante, e leva essas partículas a reencontrar sua função real e sua estrutura correta. Para que isso possa ocorrer, é necessária a entrega por parte do indivíduo. É o desapego e a abertura à consciência elevada que garantem a maleabilidade da matéria e sua receptividade à energia arquetípica.

Os impulsos emanados dos arquétipos atuam sobre os corpos por meio de uma onda vibratória muito potente, de modelação. E, assim como um instrumento musical afinado pode ser usado como referência para a afinação de outro, um ser que exprima o padrão arquetípico puro serve de referência para a aproximação de outros à própria nota harmônica.

O caminho breve para a harmonização não é, portanto, o de insistir em curas parciais, mas o de sintonizar-se, em silêncio e em atenta tranquilidade, com a vida interna, porta-voz da Vontade Maior, espelho do modelo superior para o ser.

A fim de penetrar esse universo sutil, a consciência deve despojar-se do racionalismo crítico e dos aspectos inferiores da mente. Na origem, a mente humana foi criada para atuar como instrumento de revelação da vida interior no mundo concreto. Se por ter sido mal usada tornou-se um obstáculo a essa realização, cabe ao ser abrir-se à Graça.

Tanto o universo macrocósmico quanto o microcósmico são compostos de consciências em diferentes graus de condensação. Desde a energia vivificante, curadora e libertadora que um ser humano pode emitir, até a mutação do estado vibratório global de um planeta, tudo é consciência em movimento e expressão. Seja na existência solar, seja no núcleo de um átomo, ela está presente, unindo níveis e dimensões, constituindo a vida interna do universo.

Quanto mais o homem se deixa trabalhar pelo silêncio interior, mais se aproxima dessa vida universal. Em alinhamento com seu núcleo profundo, suas palavras não transmitem só ideias, mas sobretudo a vibração de sua essência.

A correta utilização das palavras, fruto da sabedoria do silêncio, pode gerar campos energéticos que favorecem a comunicação dos homens com a sua realidade interna. Palavras emitidas em sintonia com a vida profunda emanam ondas curadoras e transformadoras. Cada som proferido deve ser lapidado, sintético. Assim, desperta-se a capacidade de elevar a vibração do nível mental da humanidade. A linguagem deve espelhar a comunicação interior; ela pode ser exata e poética, técnica e amorosa, cósmica e humana ao mesmo tempo.

José Trigueirinho Netto 
https://www.otempo.com.br
 
 

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