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terça-feira, 14 de abril de 2020

A PUREZA DA INTENÇÃO PERMITE AO ALIMENTO ATUAR MAIS PROFUNDAMENTE


A família ao redor da mesa neste Natal - Hernandes Dias Lopes ...

Há vários meios de se preparar um alimento – e até mesmo de cozinhá-lo – sem fazer uso do fogo para isso. Do mesmo modo, há várias formas de lidar com o alimento motivadas pelas mais diversas razões: pode-se cozinhar para matar a fome, para ganhar dinheiro, para satisfazer a outrem, por prazer e assim por diante.

O alimento reage ao contato direto das mãos humanas, bem como ao pensamento. E reage ainda mais sob a influência da nossa intenção. Conforme a intenção que tivermos, assim será a ação do alimento sobre nosso corpo. Por analogia e simpatia, ele atua nos vários níveis da consciência de quem o ingere e, à medida que é digerido, passa por um processo de assimilação que age sobre o corpo etérico – o corpo de energias que mantém o corpo físico integrado. Sendo o corpo etérico o principal veículo para a cura interior, é por seu intermédio que se reflete no cérebro e nas atitudes externas o que se passa nos níveis superiores.

Para que o alimento possa atuar também nesses outros níveis, ele depende da pureza da energia que colocamos em sua confecção. Se vier de níveis supramentais, se for uma pura energia não condicionada pelos valores dos níveis humanos, irá atuar de tal forma que poderá ser encarada como “miraculosa”.

Vejamos um exemplo de como essa energia atua. Certa vez, meu corpo físico precisava de proteínas e o que eu ingeria não as continha em grau suficiente; no entanto, meu organismo não só se adaptou, como também transformou aqueles pobres comestíveis que estavam à minha disposição em rico alimento, sem que eu tivesse consciência alguma de como isso acontecia.

Essa química não é consciente. Consciente é a intenção com que se trata o alimento e com a qual ele é ingerido. Ao ofertar o alimento em glória a Deus, sem pretender qualquer recompensa, nele estará presente a ação livre e desinteressada: o espírito da liberdade.

Quando comemos apenas para sustentar o corpo físico, permanecemos limitados às leis que regem esse plano; mas, quando o fazemos pela glória de Deus, da Vida, entramos em outras esferas de influência a partir dessa intenção.

Conheci quem vivia sintonizado com o próprio nível espiritual – que é chamado de quinta dimensão – e ingeria pouquíssimo alimento material. Fundamental para isso é não só a atitude de quem prepara o alimento, como também a de quem o ingere. “A energia segue o pensamento”, diz uma conhecida lei. Se penso e vivo para a Essência Única, energia equivalente é liberada quando me sirvo do alimento.

Assim como são, e independentemente das suas condições externas, os componentes de um alimento podem passar por uma química oculta e desenvolver certas propriedades internas úteis a todos os seres vivos. Nesse caso, mesmo que suas propriedades materiais sejam limitadas, esse alimento ganha um valor evolutivo que está além de todos aqueles já conhecidos e óbvios.

O alimento feito com espírito de oferta desinteressada ao que há de mais elevado em todos os níveis de consciência é muito mais do que um mero saciador de fome. É ele que nos ajuda a viver, pois “não só de pão vive o homem”. O corpo assimila também a vibração que passou através das mãos, do coração e da consciência que o prepararam e o ingeriram com livre intenção.

José Trigueirinho Netto
https://www.otempo.com.br
 

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