Gnothi Seauton
– “Conheça-te a ti mesmo”
Estas palavras estavam inscritas acima da entrada do
Templo de Apolo em Delfos, lugar do Oráculo Sagrado.
Na Grécia antiga, as
pessoas visitavam o Oráculo
esperando descobrir o que o destino lhes reservava
ou o que fazer em determinadas situações.
Talvez os visitantes não compreendessem que,
por mais
importantes que fossem as revelações ou exatas as informações que recebessem,
elas acabariam por se mostrar inúteis, não os salvariam de infelicidades
futuras nem de sofrimentos criados por eles mesmos, caso deixassem
de encontrar
a verdade contida na exortação
"Conheça-te a ti mesmo".
O significado implícito dessas palavras é:
antes de qualquer indagação,
faça a pergunta fundamental
antes de qualquer indagação,
faça a pergunta fundamental
de sua vida:
Quem sou eu?
Quem sou eu?
Conhecer a si mesmo é algo muito mais profundo
do que
a adoção de um Conjunto de ideias ou crenças.
As ideias e crenças
espirituais podem, no máximo, ser indicadores úteis, no entanto poucas
vezes têm o poder de desalojar os conceitos centrais mais firmemente
estabelecidos
de quem pensamos que somos, os quais fazem parte
do
condicionamento da mente humana.
Conhecer a nós mesmos é estarmos enraizados no Ser em
vez de estarmos perdidos na nossa mente. O que nos interessa não é o que
dizemos nem aquilo em que acreditamos, mas o que nossas ações e reações revelam
como importante e sério.
Portanto, talvez queiramos nos fazer a seguinte
pergunta: o que me irrita e perturba? Se as coisas pequenas têm a capacidade de
nos atormentar, então quem pensamos que somos é exatamente isto: pequeno.
Podemos até dizer: "Sei que sou um espírito imortal" ou “Estou
cansado deste mundo louco.”
“ Tudo o que eu quero é
paz”- até o telefone tocar. Más notícias: o acordo pode não dar certo ... O
carro foi roubado ... Alguém exige mais dinheiro ... Meu parceiro ou parceira
foi embora ... De repente ocorre um ímpeto de raiva, de ansiedade. Uma aspereza
brota de nossa voz: "Não aguento mais isso".
Acusamos e criticamos, atacamos, defendemos ou justificamos, e tudo
acontece no piloto automático. E já não somos mais um espírito imortal. O
acordo, o carro, o dinheiro, a perda
ou a possibilidade de perda são mais relevantes.
ou a possibilidade de perda são mais relevantes.
Para quem? Para o espírito imortal que dissemos ser?
Não, para nosso pequeno eu que
busca segurança ou satisfação em coisas que são transitórias e fica ansioso
ou irado porque não consegue o que deseja. Bem, pelo menos agora sabemos quem de fato pensamos que somos. Se a paz é de fato aquilo que
desejamos, então devemos escolhê-la.
Se ela fosse mais importante para nós do que qualquer
outra coisa e se nós nos reconhecêssemos de verdade
como um espírito em vez de um pequeno eu,
permaneceríamos sem reagir e num absoluto estado
de alerta quando confrontados com pessoas ou
circunstâncias desafiadoras. Aceitaríamos de imediato a situação e, assim, nos tornaríamos um com ela
em vez de nos separarmos dela.
outra coisa e se nós nos reconhecêssemos de verdade
como um espírito em vez de um pequeno eu,
permaneceríamos sem reagir e num absoluto estado
de alerta quando confrontados com pessoas ou
circunstâncias desafiadoras. Aceitaríamos de imediato a situação e, assim, nos tornaríamos um com ela
em vez de nos separarmos dela.
Depois, da nossa atenção consciente surgiria uma
reação. Quem nós somos (consciência) - e não quem pensamos que somos (um
pequeno eu) - estaria reagindo.
Isso seria algo poderoso e eficaz e não faria de ninguém
nem de uma situação um inimigo.
Isso seria algo poderoso e eficaz e não faria de ninguém
nem de uma situação um inimigo.
O mundo sempre se assegura de impedir que nos
enganemos por muito tempo sobre quem de fato pensamos que somos,
nos mostrando
o que realmente é importante para nós.
A maneira como reagimos a pessoas e
situações,
sobretudo quando surge um desafio, é o melhor indício
de até que
ponto nos conhecemos a fundo.
Quanto mais limitada e egóica é a visão que temos de nós mesmos, mais nos
concentramos nas limitações egóicas - na inconsciência - dos outros e reagimos a elas. O
"erro" das pessoas ou o que percebemos como suas falhas se tornam
para nós a identidade delas. Isso significa que vemos apenas
o ego nos outros
e, assim, fortalecemos o ego em nós.
E quem está fazendo isso? O ego em nós.
As pessoas muito inconscientes sentem o próprio ego
por meio do seu reflexo nos outros. Quando compreendemos que aquilo a que
reagimos nos outros também está em nós (e algumas vezes apenas em nós),
começamos a nos tornar conscientes do nosso próprio ego. Nesse estágio,
podemos também compreender que estamos fazendo às pessoas o que pensávamos que elas estavam fazendo a nós.
Paramos de nos ver como uma
vítima. Nós não somos o ego. Portanto, quando nos tornamos conscientes do ego
em nós,
isso não significa que sabemos quem somos - isso quer dizer que sabemos
quem não somos.
Mas é por meio do conhecimento de
quem não somos que
o maior obstáculo ao verdadeiro conhecimento de nós mesmos
é
removido. Ninguém pode nos dizer quem somos. Seria apenas outro conceito,
portanto não nos faria mudar. Quem nós somos não requer crença. Na verdade,
toda crença é um obstáculo.
Isso não exige nem mesmo nossa compreensão, uma vez
que já somos quem somos. No entanto, sem a compreensão, quem nós somos não
brilha neste mundo. Permanece na dimensão não manifestada que, é claro, é seu
verdadeiro lar.
Nós somos então como uma pessoa aparentemente pobre,
que não sabe que tem uma conta de 100 milhões
de reais no banco. Com isso, nossa riqueza
permanece um potencial oculto.
Trechos do livro
“O
DESPERTAR DE UMA NOVA CONSCIÊNCIA”
de Eckhart Tolle
“... A razão da sua vida é você mesmo. A tua paz interior é a tua meta de vida, quando sentires um vazio
na alma, quando acreditares que ainda está faltando algo, mesmo tendo tudo, remete teu pensamento para os teus desejos mais íntimos e busque a
divindade que existe em você...”. (Aristóteles, filósofo grego)
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