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segunda-feira, 3 de novembro de 2014

CAMINHOS DA ALMA
Última Parte

Vemos, então, esse filho de Deus, expirado pelo Deus Paterno e Materno descendo pelas esferas mais elevadas da vida, para habitar em forma, a matéria mais densa.

Quando deixa pela primeira vez, a sua casa, a criança pertence muito mais ao mundo celestial, mas desde o primeiro contato com a vida no plano físico, tece o seu traje anímico.  No princípio, a jovem alma talvez fosse mais aberta, mais receptiva à influência dos professores vindos dos reinos superiores.
 
Ao descer, porém, e ao se vestir mais completamente com trajes densos, o espírito inferior fechou-se mais, os sentidos tornaram-se mais obtusos e, assim, se viu incapaz de perceber a influência dos mundos superiores.

Nesse estado vemos o homem na prisão, amarrado e de olhos vendados – estado em que poderá ficar durante muitas encarnações. Observamos a jornada pelos séculos afora e vemos a alma passando por difíceis experiências terrenas, entretanto percebemos também que, em cada vida, a luz é absorvida.

Enquanto viaja, no devido tempo e na devida ordem, o homem capta um vislumbre, a distância, de uma cruz erguida diante do céu. A humanidade, a mente terrena vê nessa imagem um símbolo do sacrifício de Jesus, mas isso não é tudo. 

A cruz é um símbolo secular que todos veem em certa fase da evolução espiritual; um símbolo que se encontra na história de todas as raças, de todas as civilizações – o símbolo externo de uma experiência interna, a experiência da rendição, da completa abnegação de si.

A cruz é um símbolo da vida, mas da vida conquistada através da morte – da morte não do corpo físico, mas do denso eu inferior. A cruz simboliza a renúncia à natureza inferior, o abandono do desejo pessoal, a completa rendição à vontade de Deus e a resposta à inspiração do amor e da fraternidade.

Uma das principais lições do caminho é o do discernimento – discernimento entre o falso e o verdadeiro, entre o real e o irreal, entre o certo e o errado; discernimento também entre os impulsos do Eu superior e os do eu inferior. Ninguém pode ensinar-nos nem dar-nos o divino atributo do discernimento, que só se obtém por intermédio da experiência e da meditação.

Ao ajudar os outros, como ansiamos fazer, tirando-lhes o próprio fardo, fardo esse que certamente o impulsionará a chegar mais perto de Deus. “Ajudem-no a pescar, orientando-o no ato da pescaria, porém não lhes dê o peixe.” Tampouco lhes dê coisas que só o satisfarão momentaneamente. 

Ao mesmo tempo precisam aprender a não se arvorar em juízes uns dos outros. Não podem julgar, pois não conhecem a história anterior do objeto do julgamento, não conhecem o carma que o faz agir como age, não podem perceber que ele talvez seja um instrumento dos Grandes Senhores do Carma.

O homem não tem, numa vida, toda a medida de livre-arbítrio que vocês, às vezes, lhe atribuem. A alma está colocada em certas situações em sua vida física com circunstâncias que surgem continuamente e lhe darão oportunidades de servir à grande lei.

O livre-arbítrio está na reação da alma; na sua aceitação carinhosa das condições que lhe foram dadas, e no esforço por fazer o melhor possível. Essa alma pode falhar – e invariavelmente falha, e falha muitas vezes.

  Não julgue! 
É difícil para vocês compreenderem isso.
Mas parte da lição do discernimento consiste 
em aprender a diferenciar as leis dos homens da lei 
de Deus, entre a vida interior e a vida exterior.

Precisamos aprender a encarar cada problema à luz da lei espiritual e à luz do amor. Rezemos por uma compreensão maior da lei e do amor de Deus.

A alma que quiser receber a cruz de luz, que desejar carregá-la dentro do coração, deve ter aprendido a lição do discernimento e da rendição completa do eu inferior ao divino; e quando se trata de colocá-la em prática na vida diária, essa é uma das mais difíceis lições que o homem precisa aprender.

Depois da cruz de luz vem a aceleração do coração do amor. Das cinzas da natureza inferior surge o coração de ouro do puro amor. Não do amor que procura o seu; mas do amor que se dá universalmente à vida. Esse é o passo seguinte do caminho.

A qualidade da consciência da alma, que se desenvolve em resultado da experiência humana, não se obtém numa breve encarnação; nem uma série de encarnações se esgota numa única lição. Geralmente, numa encarnação, se aprendem muitas lições e se adquirem muito atributos desejados.

Pense na evolução espiritual como se  se tratasse de um procedimento mais perfeito... Usam-se as peças e fragmentos de vida e juntam-se de um modo indescritivelmente fascinante, a fim de aperfeiçoar o modelo da vida do homem na Terra.
 
E ao nosso Deus Paterno e Materno  rendemos  todas as homenagens e toda a adoração: nosso coração está cheio de gratidão pela visão do Mundo de Ouro e pelas oportunidades de servir a Deus e ao homem. A paz e o amor do Grande Espírito  estarão sempre conosco. Amém!

Ensinamentos do Mestre Espiritual White Eagle

 
WHITE EAGLE foi um mestre espiritual que viveu neste planeta como Chefe índio Americano, um Tibetano, um Faraó Sacerdo­te Egípcio, e em muitas outras situações. 

Jesus disse: "O Pai e Eu somos um". "White Eagle afirma que esta é a fonte do poder e da cura. Se caminharmos bem próximos de Deus, o poder da cura jorrará de nós. Não podemos fazer nada sozinhos; é o poder que trabalha através de nós que executa a Vontade de Deus quando nos submetemos a ele". KyraKally

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