CAMINHOS DA ALMA
Última Parte
Vemos, então, esse filho de
Deus, expirado pelo Deus Paterno e Materno descendo pelas esferas mais elevadas da vida, para habitar em forma, a matéria mais densa.
Quando deixa pela primeira
vez, a sua casa, a criança pertence muito mais ao mundo celestial, mas desde o
primeiro contato com a vida no plano físico, tece o seu traje anímico. No princípio, a jovem alma talvez fosse mais aberta, mais receptiva à influência dos professores vindos dos reinos superiores.
Ao descer, porém, e ao se vestir mais
completamente com trajes densos, o espírito inferior
fechou-se mais, os sentidos tornaram-se mais obtusos e, assim, se viu incapaz
de perceber a influência dos mundos superiores.
Nesse estado vemos o homem
na prisão, amarrado e de olhos vendados – estado em que poderá ficar durante
muitas encarnações. Observamos a jornada pelos
séculos afora e vemos a alma passando por
difíceis experiências terrenas, entretanto percebemos também que, em cada vida, a luz é absorvida.
Enquanto viaja, no devido
tempo e na devida ordem, o homem capta um vislumbre, a distância, de uma cruz
erguida diante do céu. A humanidade, a mente terrena vê nessa imagem um símbolo do
sacrifício de Jesus, mas isso não
é tudo.
A cruz é um símbolo secular
que todos veem em certa fase da
evolução espiritual; um símbolo que se encontra na história de todas as raças,
de todas as civilizações – o símbolo externo de uma experiência interna, a
experiência da rendição, da completa
abnegação de si.
A cruz é um símbolo da
vida, mas da vida conquistada através da morte – da morte não do corpo físico, mas do denso eu inferior. A cruz simboliza a renúncia
à natureza inferior, o abandono do desejo
pessoal, a completa rendição à vontade de Deus e a
resposta à inspiração do amor e da
fraternidade.
Uma
das principais lições do caminho é o do discernimento – discernimento entre o
falso e o verdadeiro, entre o real e o irreal, entre o certo e o errado;
discernimento também entre os
impulsos do Eu superior e os do eu inferior. Ninguém
pode ensinar-nos nem dar-nos o divino atributo do discernimento, que só
se obtém por intermédio da
experiência e da meditação.
Ao ajudar os outros, como ansiamos fazer, tirando-lhes o próprio fardo, fardo esse que certamente o impulsionará a chegar mais perto de Deus. “Ajudem-no a pescar, orientando-o no ato da pescaria, porém não lhes dê o peixe.” Tampouco lhes dê coisas que só o satisfarão
momentaneamente.
Ao mesmo tempo precisam aprender a não se arvorar em juízes
uns dos outros. Não podem julgar, pois não conhecem a história anterior do
objeto do julgamento, não conhecem o carma que o faz agir como age, não podem
perceber que ele talvez seja um instrumento dos Grandes Senhores do Carma.
O homem não
tem, numa vida, toda a medida de livre-arbítrio que vocês, às vezes, lhe
atribuem. A alma está
colocada em certas situações em sua vida física com circunstâncias que surgem
continuamente e lhe darão oportunidades de servir à grande lei.
O
livre-arbítrio está na reação da alma; na sua aceitação
carinhosa das condições que lhe foram dadas, e no esforço por fazer o melhor
possível. Essa alma pode
falhar – e invariavelmente falha, e falha muitas vezes.
Não
julgue!
É
difícil para vocês compreenderem isso.
Mas
parte da lição do discernimento consiste
em aprender a diferenciar as leis dos
homens da lei
de Deus, entre a vida interior e a vida exterior.
Precisamos
aprender a encarar cada problema à luz da lei espiritual e à luz do amor.
Rezemos por uma compreensão maior da lei e do amor de Deus.
A
alma que quiser receber a cruz de luz, que desejar carregá-la dentro do
coração, deve ter aprendido a lição do discernimento e da rendição completa do
eu inferior ao divino; e
quando se trata de colocá-la em prática na vida diária, essa é uma das mais difíceis lições que o
homem precisa aprender.
Depois
da cruz de luz vem a aceleração do coração do amor. Das cinzas da natureza
inferior surge o coração de ouro do puro amor. Não do amor que procura o seu; mas do amor que se dá universalmente à vida. Esse
é o passo seguinte do caminho.
A
qualidade da consciência da alma, que se desenvolve em resultado da experiência
humana, não se obtém numa breve encarnação; nem uma série de encarnações se
esgota numa única lição. Geralmente, numa encarnação, se aprendem muitas lições
e se adquirem muito atributos desejados.
Pense
na evolução espiritual como se se
tratasse de um procedimento mais perfeito... Usam-se as peças e fragmentos de
vida e juntam-se de um modo indescritivelmente fascinante, a fim de aperfeiçoar o modelo da vida do homem na Terra.
E ao nosso Deus Paterno e Materno rendemos todas as homenagens e toda a adoração: nosso coração
está cheio de gratidão pela visão do Mundo de Ouro e pelas oportunidades de
servir a Deus e ao homem. A paz e o
amor do Grande Espírito estarão
sempre
conosco. Amém!
Ensinamentos
do Mestre Espiritual White Eagle
WHITE EAGLE foi um mestre espiritual que viveu neste planeta como Chefe índio Americano, um Tibetano, um Faraó Sacerdote Egípcio, e em muitas outras situações.
Jesus disse: "O Pai e Eu somos um". "White Eagle afirma que esta é a fonte do poder e da cura. Se caminharmos bem próximos de Deus, o poder da cura jorrará de nós. Não podemos fazer nada sozinhos; é o poder que trabalha através de nós que executa a Vontade de Deus quando nos submetemos a ele". KyraKally
Nenhum comentário:
Postar um comentário