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sábado, 10 de outubro de 2020


 O DOMÍNIO DA PERSONALIDADE, A PURIFICAÇÃO E A TRANSFORMAÇÃO

Reforma íntima e transformação espiritual - Tv Mundo Maior 

Um momento fundamental na caminhada de todos os indivíduos consiste no domínio da personalidade. Somente a partir desta conquista é que o homem consegue ser realmente útil ao mundo e à humanidade. Antes de ser iluminada pela alma, a personalidade prossegue agindo por conta própria e produz mais distúrbios do que equilíbrio. O homem nela polarizado não conhece o Plano Evolutivo nem tampouco o papel que lhe cabe desempenhar dentro dele; ou seja, nada sabe do trabalho verdadeiramente criativo que tem a fazer. Mesmo com boa vontade, boa disposição e boa intenção, erra mais do que ajuda, destrói mais do que constrói.

Quando dão início ao trabalho de alinhamento da personalidade com a alma, os aspirantes ainda não estão completamente esquecidos de si e entregues às energias superiores. Esse processo evolui a partir do momento em que a alma não tem mais sede de experiências no mundo, então, inicia-se um ciclo em que ela vive muitos conflitos. Enquanto a forma atrai por demais a alma, o trabalho de purificação e de transformação pode ocorrer, porém, de modo limitado. A purificação e a transformação ganham um ritmo acelerado apenas quando tem início o trabalho efetivo de domar a personalidade. Só então a luz dos níveis superiores do ser começa a chegar com mais nitidez ao eu consciente.

É fundamental que ocorra o alinhamento entre o mental, o emocional e o físico. No entanto, se não experimenta uma transformação definitiva conduzida pela alma, a personalidade pode tornar-se devastadora quando consegue que seus corpos estejam alinhados entre si. O mental, o emocional e o físico juntos somam grande força, mas se tornam cegos quando não são guiados pela alma. Assim, uma personalidade cujos corpos estejam bem coordenados, mas não iluminados pela alma, pode ser muito mais destrutiva do que se estivesse descoordenada. Eis por que, à medida que se constrói a ligação entre os próprios corpos, buscando-se integrá-los, deve-se trabalhar principalmente o aperfeiçoamento do caráter, a purificação e o controle dos vícios.

Por vícios entendemos forças da Terra mal canalizadas, ou seja, deslocadas e fora de lugar, mas que encontram guarida nos indivíduos que não despertaram para seu real destino.

No momento em que o indivíduo decide transcender definitivamente as forças terrestres representadas por sua própria personalidade, realizar um esforço de deixar de identificar-se com os corpos da personalidade é um dos caminhos mais seguros para atingir tal realização. Para isso, durante qualquer reação emocional que experimente, o indivíduo deve perguntar-se: "Quem, realmente, está reagindo?" Indagando isso a si próprio muitas e muitas vezes, descobre que existe dentro de si alguém que, sendo uma parte mais profunda do próprio ser, observa seu emocional reagir. Com o tempo, ele se torna mais ligado a esse observador do que à parte que reage e, a partir daí, começa a libertar-se dos envolvimentos.

Ocorre que, se ele tem condições de "ver" suas reações, só lhe resta escolher: ficar do lado daquele que "vê" ou ficar do lado da parte que reage. Conforme a opção, começa a ser criado e fortalecido o observador dentro da personalidade; a partir daí, as forças que mantinham os envolvimentos se dispersam, porque já não estão sendo vitalizadas.

José Trigueirinho Netto
https://www.otempo.com.br 
 

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