O INÍCIO DO DESDOBRAR DA CONSCIÊNCIA
Por favor, ouçam. Façam isso, enquanto eu falo. Não pensem apenas em fazê-lo. Ou seja, tomem ciência das árvores, da palmeira, do céu; ouçam os corvos crocitar; vejam a luz nas folhas, a cor do sari, o rosto das pessoas, e em seguida concentrem-se em seu interior. As coisas exteriores vocês podem observar, podem dar-se conta delas sem fazer escolhas. É muito fácil. Mas concentrar-se em seu interior e tomar ciência sem condenação, sem justificativas, sem condenações, é mais difícil. Limitem-se a inteirar-se do que se passa dentro de vocês — de suas crenças, de seus medos, de seus dogmas, de suas esperanças, de suas frustrações, de suas ambições e de todo o resto. Tem início então o desdobrar da consciência e do inconsciente. Você não precisa fazer absolutamente nada.
Perceba apenas; isto é tudo o que precisa fazer: sem condenar, sem forçar, sem tentar mudar aquilo que percebe. Você verá então que isso é como uma maré subindo. Você é incapaz de impedir: pode construir um muro ou fazer o que quiser, e a maré, ainda assim, subirá com tremenda energia. Da mesma forma, se você percebe sem fazer escolhas, todo o campo da consciência começa a se desenrolar. E, à medida que ele se desenrola, você precisa acompanhar, e este acompanhar torna-se extremamente difícil — acompanhar no sentido de acompanhar o movimento de cada pensamento, de cada sentimento, de cada desejo secreto. Torna-se difícil a partir do momento em que você diz: "Isto é feio", "Isto é bom", "Isto eu manterei", "Isto eu não guardarei".
Assim, você começa com o exterior e move-se para o interior. E a seguir descobrirá, quando se mover para o interior, que o interior e o exterior não são diferentes, que a percepção do exterior não é diferente da percepção interior, e que ambas são uma só. Então verá que está vivendo no passado; não há nunca um momento de viver real, no qual o passado nem o futuro existem — este seria o momento real. Descobrirá que está sempre vivendo no passado — o que você sentiu; o que você foi; se foi esperto, bom ou mau — e que está vivendo nas recordações. Isso é memória. Portanto, você precisa compreender a memória, não negá-la, suprimi-la, não fugir dela. Se um homem fez o voto de celibato e se apega a essa recordação, quando não obedece a essa recordação ele se sente culpado; e isso asfixia sua vida.
Então você passa a estar atento a tudo e, assim, torna-se muito sensível. Portanto, ao escutar — ao reparar não apenas no mundo exterior, no gesto exterior, mas ao escutar também a mente interior que olha e, portanto, sente — quando você toma ciência assim, sem escolhas, não existe esforço. É muito importante compreender isso.
Jiddu Krishnamurti
Jiddu Krishnamurti
http://pensarcompulsivo.blogspot.com
Citações de Osho sobre consciência
Consciência correta não significa apenas consciência, porque consciência pode se tornar uma tensão. Consciência correta significa consciência sem qualquer pressão, relaxada. Pode-se tentar estar consciente, mas pode haver uma tensão no caminho e essa tensão irá destruir todo o trabalho já realizado. Então, essas duas coisas têm de ser lembradas: consciência só existe sem esforço e sem tensão.
A consciência é um florescimento do relaxamento. Sempre que você sentir qualquer tensão no corpo, relaxe essa parte tensa. Se todo o seu corpo está relaxado, sua consciência vai crescer mais rápido. Basta observar, basta ver, não faça nenhum esforço, não se esforce, a consciência existe sem esforço. No começo parece muito paradoxal – esforço e consciência – mas uma vez que você começar a trabalhar nisso, pouco a pouco o jeito é aprendido. É um dom. E uma vez que você aprendeu o jeito, depois de ter conhecido até mesmo um único momento de consciência sem tensão, você está no caminho certo, você nunca mais será a mesma pessoa novamente.
Basta relaxar e deixar que as coisas sejam como são. A consciência é muito passiva, que é o significado da meditação. Se às vezes você esquece de observar, está bem! Quando você se lembrar, você observa novamente. Quando você se esquece, esquece. Este é o relaxamento, isso é aceitar a vida como ela se apresenta. Então surge uma grande alegria. Você nunca está cansado e você nunca se distrai, porque nada pode distraí-lo.Quando você está fluindo com alegria, beatitude, este é o momento de ficar consciente, mas as pessoas fazem exatamente o oposto. Quando elas estão felizes quem se importa com a consciência? E quando elas estão em angústia, elas certamente começam a pensar que é o momento de conscientizar-se e sair da angústia. Mas ninguém jamais foi capaz de sair da angústia imediatamente.
Primeiro, tem que sair do êxtase. Se você pode estar consciente primeiramente de seus momentos alegres, a depressão, as quedas não virão. A porta para sair é a partir do êxtase. Portanto esta é a maneira mais simples:
Seja feliz e esteja consciente.
Alegre-se e esteja consciente.
Ame e esteja consciente.
Não deixe a consciência de lado dizendo, ‘Isto é uma espécie de perturbação; eu estou em grande êxtase’. Consciência se torna como uma perturbação; não é. Ela talvez pareça assim no começo, mas logo você verá que levará seu êxtase a picos mais elevados. Ao final consciência e êxtase se tornam um. Então esses baixos, os momentos depressivos, as agonias, desaparecem.
Arrisque tudo pela consciência, mas nunca arrisque a consciência por nada. Este é o compromisso de um sannyasin: ele está pronto a perder sua vida mas não sua consciência; ele encontrou um valor que é mais elevado que a vida. Não há outro valor que seja mais elevado que a consciência. Consciência é a semente da divindade em você. Quando ela chega ao seu completo crescimento, você chega ao preenchimento do seu destino. Com a sua consciência se aprofundando, talvez suas ações não sejam eficientes, mas elas terão uma nova qualidade, a qualidade da graça, que é muito mais valiosa. Nenhuma máquina pode ter a qualidade da graça. Suas ações, suas palavras terão uma beleza própria.Da forma como um homem de consciência vive, cada momento é preenchido com tremenda graça e beleza. Isto é refletido em suas ações, até em pequenas ações – apenas no gesto de sua mão ou do jeito que ele olha; na profundidade de seus olhos ou a autoridade de suas palavras, ou a música de seu silêncio. Sua simples presença é uma celebração.
A consciência verdadeira permanece com você; você não precisa apegar-se a ela. Quem se apegará a ela? Você é consciência. Quem se apegará a quem? Na consciência não há dois – aquele que se apega e o objeto do apego; na consciência você é um. Há somente consciência e nada mais. Não se pode apegar à consciência. Mas isto está fadado a acontecer se você rejeitar a mente; o primeiro passo foi dado errado. Não a rejeite – compreenda isto.
Esteja mais alerta, consciente, mas não se apegue a isto. Apego destrói toda a beleza. Por que apegar-se? Qual é o medo? Nós nos apegamos somente por causa do medo. Você é consciência, você não pode perdê-la. Mesmo agora, quando você está inconsciente do fato que você é consciência, você não a perdeu.
A verdade não pode ser perdida. Quer você saiba ou não, não faz diferença. A verdade permanece a verdade, conhecida ou desconhecida. Seu ser mais profundo ainda é pura consciência. Você vive na circunferência, por isso você não consegue ver seu próprio centro.
Consciência é o verdadeiro caminho. Não ceda nem renuncie, mas esteja consciente. Faça qualquer coisa que você esteja fazendo – faça-o com consciência plena. Se você se move para a paixão, mova-se com consciência; e a paixão se torna oração, e a paixão tem uma qualidade totalmente diferente para ela. No Oriente nós chamamos essa qualidade de tantra.O mesmo sexo não é mais sexo – já não é mais sexual absolutamente. Uma vez que você se move para sua paixão com consciência, você mudou a própria qualidade dela. Ela não é mais somente física, ela não é mais uma liberação física, ela é uma profunda experiência de vida, ela é uma tremenda experiência de não-mente. Ela é uma porta em direção ao maior espaço possível.
Seja o que for que você esteja fazendo, continue fazendo uma coisa interna continuamente: esteja consciente de si mesmo fazendo isso. Você está comendo: esteja consciente de si mesmo. Você está caminhando: esteja consciente de si mesmo. Você está ouvindo, você está falando: esteja consciente de si mesmo. Quando você está irritado, fique consciente que você está irritado. No exato momento em que a irritação estiver lá, esteja consciente que você está irritado. Esta constante lembrança de si mesmo cria uma certa energia, uma energia muito sutil em você. Você começa a ser um ser cristalizado.
Ordinariamente, somos somente uma bolsa solta. Nenhuma cristalização, nenhum centro verdadeiramente, apenas uma liquidez, somente uma combinação solta de muitas coisas sem nenhum centro, uma multidão, constantemente mudando, se transformando, sem nenhum mestre interior. consciência significa, seja um mestre. E quando eu digo ‘seja um mestre’, eu não quero dizer ser um controlador. Quando eu digo ‘seja um mestre’, quero dizer seja uma presença, uma presença contínua. O que quer que você esteja fazendo ou não fazendo, uma coisa deve estar constantemente em sua consciência: que você é.
Este simples sentimento de si mesmo, que alguém existe, cria um centro: um centro de quietude, um centro de silêncio, um centro de domínio interno, um poder interno. E quando eu digo ‘um poder interno’, quero dizer isso literalmente. É por isto que este sutra diz o fogo da consciência. Ele é um fogo. É um fogo. Se você começa a ficar consciente, você começa a sentir uma nova energia em você, um novo fogo, uma nova vida. E por causa desta nova vida, novo poder, nova energia, muitas coisas que estavam dominando você simplesmente se dissolvem.
Um mestre Zen vai jogá-lo pela janela e gritar por trás: ‘Esteja consciente!’ Você foi jogado fora, você está no meio, você está passando através da janela – e ele grita: ‘Esteja consciente!’ Você caiu no chão; seu rosto deve mudar – agora a situação é bem diferente. Você tinha vindo perguntar alguma questão metafísica, e ele fez algo absolutamente não metafísico – ele o jogou janela afora. Você estava perguntando se a verdade existe ou não.
É absolutamente irrelevante jogar alguém pela janela. Mas ele diz: ‘Esteja consciente!’ no momento exato em que você estava mudando rostos, mudando de estado. Quando você está no meio, passando através da janela, não é somente seu corpo que está passando por uma mudança. Seu estado de consciência estará passando por uma transformação. E o mestre sabe exatamente quando ela muda. Naquele exato momento ele gritará: ‘Esteja consciente!’ E se você puder escutá-lo por um momento você estará no centro – expulso da periferia.
Então, quando quer que haja qualquer situação de mudança, esteja atento para olhar para dentro. Ali não há itinerância. Há somente um salto da periferia para o centro, e do centro para a periferia. O comportamento é como o elétron, ou como sonhos. Aprofunde essa consciência. Isso é tudo o que você pode ‘fazer’. Isto é negativo, porque consciência não é um fazer. Consciência não é um ato.
Sempre que você estiver consciente, não haverá ação. A ação será retida sempre que você estiver consciente. Se você se torna consciente, então não haverá nem mesmo uma respiração. Se eu apontar um punhal para você, até a respiração para. Você se torna tão consciente que tudo para. Você é jogado para o centro. Consciência não é ação. O apego à ação é apenas fuga da consciência. E nós todos temos nos tornados apegados: temos que fazer algo, temos que continuar fazendo alguma coisa. Este apego está ajudando a continuidade.
Use qualquer oportunidade para estar alerta – qualquer oportunidade. E há milhares e milhares de oportunidades todos os dias. Esteja alerta, e você sentirá o salto da periferia para o centro. Quando este estar no centro se torna fácil para você, quando este estar no centro se torna fácil como chegar em casa, ou sair de casa... Você está fora de casa: esquentou, você entra. Sempre que você sente vontade de entrar, você entra. Sempre que você sente vontade de sair, você sai. Não há dificuldade. Quando este movimento da periferia para o centro se torna assim, então você terá a explosão.
Osho
A consciência é um florescimento do relaxamento. Sempre que você sentir qualquer tensão no corpo, relaxe essa parte tensa. Se todo o seu corpo está relaxado, sua consciência vai crescer mais rápido. Basta observar, basta ver, não faça nenhum esforço, não se esforce, a consciência existe sem esforço. No começo parece muito paradoxal – esforço e consciência – mas uma vez que você começar a trabalhar nisso, pouco a pouco o jeito é aprendido. É um dom. E uma vez que você aprendeu o jeito, depois de ter conhecido até mesmo um único momento de consciência sem tensão, você está no caminho certo, você nunca mais será a mesma pessoa novamente.
Basta relaxar e deixar que as coisas sejam como são. A consciência é muito passiva, que é o significado da meditação. Se às vezes você esquece de observar, está bem! Quando você se lembrar, você observa novamente. Quando você se esquece, esquece. Este é o relaxamento, isso é aceitar a vida como ela se apresenta. Então surge uma grande alegria. Você nunca está cansado e você nunca se distrai, porque nada pode distraí-lo.Quando você está fluindo com alegria, beatitude, este é o momento de ficar consciente, mas as pessoas fazem exatamente o oposto. Quando elas estão felizes quem se importa com a consciência? E quando elas estão em angústia, elas certamente começam a pensar que é o momento de conscientizar-se e sair da angústia. Mas ninguém jamais foi capaz de sair da angústia imediatamente.
Primeiro, tem que sair do êxtase. Se você pode estar consciente primeiramente de seus momentos alegres, a depressão, as quedas não virão. A porta para sair é a partir do êxtase. Portanto esta é a maneira mais simples:
Seja feliz e esteja consciente.
Alegre-se e esteja consciente.
Ame e esteja consciente.
Não deixe a consciência de lado dizendo, ‘Isto é uma espécie de perturbação; eu estou em grande êxtase’. Consciência se torna como uma perturbação; não é. Ela talvez pareça assim no começo, mas logo você verá que levará seu êxtase a picos mais elevados. Ao final consciência e êxtase se tornam um. Então esses baixos, os momentos depressivos, as agonias, desaparecem.
Arrisque tudo pela consciência, mas nunca arrisque a consciência por nada. Este é o compromisso de um sannyasin: ele está pronto a perder sua vida mas não sua consciência; ele encontrou um valor que é mais elevado que a vida. Não há outro valor que seja mais elevado que a consciência. Consciência é a semente da divindade em você. Quando ela chega ao seu completo crescimento, você chega ao preenchimento do seu destino. Com a sua consciência se aprofundando, talvez suas ações não sejam eficientes, mas elas terão uma nova qualidade, a qualidade da graça, que é muito mais valiosa. Nenhuma máquina pode ter a qualidade da graça. Suas ações, suas palavras terão uma beleza própria.Da forma como um homem de consciência vive, cada momento é preenchido com tremenda graça e beleza. Isto é refletido em suas ações, até em pequenas ações – apenas no gesto de sua mão ou do jeito que ele olha; na profundidade de seus olhos ou a autoridade de suas palavras, ou a música de seu silêncio. Sua simples presença é uma celebração.
A consciência verdadeira permanece com você; você não precisa apegar-se a ela. Quem se apegará a ela? Você é consciência. Quem se apegará a quem? Na consciência não há dois – aquele que se apega e o objeto do apego; na consciência você é um. Há somente consciência e nada mais. Não se pode apegar à consciência. Mas isto está fadado a acontecer se você rejeitar a mente; o primeiro passo foi dado errado. Não a rejeite – compreenda isto.
Esteja mais alerta, consciente, mas não se apegue a isto. Apego destrói toda a beleza. Por que apegar-se? Qual é o medo? Nós nos apegamos somente por causa do medo. Você é consciência, você não pode perdê-la. Mesmo agora, quando você está inconsciente do fato que você é consciência, você não a perdeu.
A verdade não pode ser perdida. Quer você saiba ou não, não faz diferença. A verdade permanece a verdade, conhecida ou desconhecida. Seu ser mais profundo ainda é pura consciência. Você vive na circunferência, por isso você não consegue ver seu próprio centro.
Consciência é o verdadeiro caminho. Não ceda nem renuncie, mas esteja consciente. Faça qualquer coisa que você esteja fazendo – faça-o com consciência plena. Se você se move para a paixão, mova-se com consciência; e a paixão se torna oração, e a paixão tem uma qualidade totalmente diferente para ela. No Oriente nós chamamos essa qualidade de tantra.O mesmo sexo não é mais sexo – já não é mais sexual absolutamente. Uma vez que você se move para sua paixão com consciência, você mudou a própria qualidade dela. Ela não é mais somente física, ela não é mais uma liberação física, ela é uma profunda experiência de vida, ela é uma tremenda experiência de não-mente. Ela é uma porta em direção ao maior espaço possível.
Seja o que for que você esteja fazendo, continue fazendo uma coisa interna continuamente: esteja consciente de si mesmo fazendo isso. Você está comendo: esteja consciente de si mesmo. Você está caminhando: esteja consciente de si mesmo. Você está ouvindo, você está falando: esteja consciente de si mesmo. Quando você está irritado, fique consciente que você está irritado. No exato momento em que a irritação estiver lá, esteja consciente que você está irritado. Esta constante lembrança de si mesmo cria uma certa energia, uma energia muito sutil em você. Você começa a ser um ser cristalizado.
Ordinariamente, somos somente uma bolsa solta. Nenhuma cristalização, nenhum centro verdadeiramente, apenas uma liquidez, somente uma combinação solta de muitas coisas sem nenhum centro, uma multidão, constantemente mudando, se transformando, sem nenhum mestre interior. consciência significa, seja um mestre. E quando eu digo ‘seja um mestre’, eu não quero dizer ser um controlador. Quando eu digo ‘seja um mestre’, quero dizer seja uma presença, uma presença contínua. O que quer que você esteja fazendo ou não fazendo, uma coisa deve estar constantemente em sua consciência: que você é.
Este simples sentimento de si mesmo, que alguém existe, cria um centro: um centro de quietude, um centro de silêncio, um centro de domínio interno, um poder interno. E quando eu digo ‘um poder interno’, quero dizer isso literalmente. É por isto que este sutra diz o fogo da consciência. Ele é um fogo. É um fogo. Se você começa a ficar consciente, você começa a sentir uma nova energia em você, um novo fogo, uma nova vida. E por causa desta nova vida, novo poder, nova energia, muitas coisas que estavam dominando você simplesmente se dissolvem.
Um mestre Zen vai jogá-lo pela janela e gritar por trás: ‘Esteja consciente!’ Você foi jogado fora, você está no meio, você está passando através da janela – e ele grita: ‘Esteja consciente!’ Você caiu no chão; seu rosto deve mudar – agora a situação é bem diferente. Você tinha vindo perguntar alguma questão metafísica, e ele fez algo absolutamente não metafísico – ele o jogou janela afora. Você estava perguntando se a verdade existe ou não.
É absolutamente irrelevante jogar alguém pela janela. Mas ele diz: ‘Esteja consciente!’ no momento exato em que você estava mudando rostos, mudando de estado. Quando você está no meio, passando através da janela, não é somente seu corpo que está passando por uma mudança. Seu estado de consciência estará passando por uma transformação. E o mestre sabe exatamente quando ela muda. Naquele exato momento ele gritará: ‘Esteja consciente!’ E se você puder escutá-lo por um momento você estará no centro – expulso da periferia.
Então, quando quer que haja qualquer situação de mudança, esteja atento para olhar para dentro. Ali não há itinerância. Há somente um salto da periferia para o centro, e do centro para a periferia. O comportamento é como o elétron, ou como sonhos. Aprofunde essa consciência. Isso é tudo o que você pode ‘fazer’. Isto é negativo, porque consciência não é um fazer. Consciência não é um ato.
Sempre que você estiver consciente, não haverá ação. A ação será retida sempre que você estiver consciente. Se você se torna consciente, então não haverá nem mesmo uma respiração. Se eu apontar um punhal para você, até a respiração para. Você se torna tão consciente que tudo para. Você é jogado para o centro. Consciência não é ação. O apego à ação é apenas fuga da consciência. E nós todos temos nos tornados apegados: temos que fazer algo, temos que continuar fazendo alguma coisa. Este apego está ajudando a continuidade.
Use qualquer oportunidade para estar alerta – qualquer oportunidade. E há milhares e milhares de oportunidades todos os dias. Esteja alerta, e você sentirá o salto da periferia para o centro. Quando este estar no centro se torna fácil para você, quando este estar no centro se torna fácil como chegar em casa, ou sair de casa... Você está fora de casa: esquentou, você entra. Sempre que você sente vontade de entrar, você entra. Sempre que você sente vontade de sair, você sai. Não há dificuldade. Quando este movimento da periferia para o centro se torna assim, então você terá a explosão.
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