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sexta-feira, 23 de outubro de 2020


 O B S E R V A Ç Ã O

Pensamentos que ajudam a manter boas vibrações - LêAquiA única meditação que existe: Observar

Não “manter a mente tranquila”, mas vazia. Embora você não tenha plena certeza se os professores das várias localidades estão certos ou errados, se sua própria base é sólida e genuína, os venenos das doutrinas erradas não serão capazes de lhe fazer mal, “manter a mente calma” e “esquecer preocupações” incluídas. Se você sempre “esquece as preocupações” e “mantém a mente calma,” sem despedaçar a mente do nascimento e morte, então as enganadoras influências de forma, sensação, percepção, volição e consciência seguirão seu próprio caminho e você estará inevitavelmente dividindo a vacuidade em duas partes. Relaxe e torne-se vasto e expansivo. Quando velhos hábitos repentinamente surgirem não use a mente para reprimi-los. Nessa hora, é como um floco de neve sobre uma fornalha aquecida. Para aqueles dotados de visão penetrante e uma mão familiar, um salto e eles saltam livres.Só então eles conhecem o dito de Jung: quando usando a mente, sem nenhuma atividade mental. Conversa distorcida poluída com nomes e formas, conversa franca sem complicações. Sem mente mas funcionando, sempre funcionando mas não-existente – o esvaziamento de que eu falo agora não está separado de ter mente. Estas não são palavras para enganar pessoas.

Tem havido um grande mal-entendido sobre estas duas coisas: manter a mente tranquila e esvaziamento mental. Existiram muitas pessoas que ensinaram que elas são sinônimos. Elas parecem ser sinônimos, mas na realidade estão tão separadas quanto duas coisas podem estar, e não há como interligá-las.

Assim, primeiro vamos tentar encontrar o exato significado dessas duas palavras, porque o sutra Ta Hui completo desta noite diz respeito ao entendimento da diferença. A diferença é muito sutil. Um homem que está mantendo sua mente tranquila e um homem que não tem mente irá parecer exatamente igual olhando de fora, porque o homem que está mantendo sua mente tranquila também está silencioso. Por baixo de seu silêncio há um grande tumulto, mas ele não está permitindo isto vir à tona. Ele está no controle total.

O homem com a não-mente, ou sem atividade mental, não tem nada para controlar. Ele é somente puro silêncio com nada reprimido, com nada disciplinado – apenas um puro céu vazio.

Superfícies podem ser muito enganadoras. A pessoa precisa estar muito alerta sobre as aparências, porque ambas parecem iguais do lado de fora – ambas são silenciosas. O problema não teria surgido se a mente tranquila não fosse fácil de alcançar. É fácil de alcançar. Esvaziamento mental não é tão fácil de alcançar; não é barato é o maior tesouro do mundo.

A mente pode jogar o jogo de ser silenciosa; ela pode jogar o jogo de não ter qualquer pensamento, qualquer emoção, mas estes estão apenas reprimidos, plenamente vivos, prontos para aparecer a qualquer momento. As assim chamadas religiões e seus santos caíram na falácia de tranquilizar a mente. Se você continua sentado em silêncio, tentando controlar seus pensamentos, não permitindo suas emoções, não permitindo qualquer movimento dentro de você, lento, lentamente isso se tornará seu hábito. Essa é a maior decepção do mundo que você pode dar a si próprio, porque tudo é exatamente o mesmo, nada mudou, mas parece que você sofreu uma transformação.

O estado de não-mente ou de esvaziamento mental é exatamente o oposto de tranquilizar a mente – é ir além da mente. É criar uma tal distância entre você e a mente que esta se torna a mais distante estrela, milhões de anos luz distante, e você é apenas um observador. Quando a mente é tranquilizada você é o controlador. Quando a mente não está, você é o observador. Estas são as marcas distintas.

Quando você está controlando alguma coisa você fica tenso; você não pode ficar sem tensão, porque aquilo que é controlado está continuamente tentando revoltar-se contra você, aquilo que está escravizado deseja liberdade. Sua mente mais cedo ou mais tarde irá explodir em vingança”.

Osho
https://oshoemportugues.wordpress.com 
 
Só Observação
 
Pergunta: Você nos diz para observarmos nossas ações na vida cotidiana mas qual é a entidade que decide o que observar e quando? Quem decide se a pessoa deveria observar? 
 
Krishnamurti: Você decide observar? Ou simplesmente observa? Você decide e diz, ‘Vou observar e aprender?’ Daí surge a pergunta: ‘Quem está decidindo?’ É a vontade que diz, ‘Eu devo?’ E quando falha, ela se pune mais e diz, ‘Eu devo, devo, devo; nisso há conflito; portanto o estado da mente que tem que decidir observar não é absolutamente observação. Você está andando pela rua, alguém passa por você, você observa e pode dizer a si mesmo, ‘Como ele é feio; como cheira, queria que ele não fizesse isso ou aquilo’. Você está cônscio de suas reações ao passante, está cônscio de estar julgando, condenando ou justificando; você está observando. Você não diz, ‘Não devo julgar, não devo justificar’. Estando cônscio de suas reações, não existe absolutamente decisão. Você vê alguém que o insultou ontem. Imediatamente você está pronto para a briga, fica nervoso ou ansioso, começa a não gostar; fique cônscio de seu não gostar, fique cônscio de tudo isso, não ‘decida’ estar cônscio. Observe, e nessa observação não há nem o ‘observador’ nem o ‘observado’ – existe apenas a observação acontecendo. O ‘observador’ só existe quando você acumula na observação; quando diz, ‘Ele é meu amigo porque me elogiou’, ou ‘Ele não é meu amigo porque disse alguma coisa ruim a meu respeito, ou alguma coisa verdadeira de que não gosto’. Isso é acumulação através da observação é essa acumulação é o observador. Quando você observa sem acumulação, não há julgamento. Você pode fazer isto o tempo todo; nessa observação naturalmente certas decisões definidas são resultados naturais, não decisões tomadas pelo observador que acumulou.
 
http://legacy.jkrishnamurti.org    
 
CONHECER-SE A FUNDO
 
Para que possamos despertar, o único caminho é a observação. Devemos começar observando a nós mesmos, nossas reações, nossos hábitos e as razões pelas quais reagimos assim. Devemos fazer uma auto-observação sem críticas, sem justificações nem sentimento de culpa ou medo de descobrir a verdade. Devemos nos conhecer a fundo.
 
Indagar e pesquisar sobre a pessoa de Jesus Cristo é algo bastante louvável, mas de que serve? Poderá isso valer alguma coisa, se não conhecemos a nós mesmos? Valerá alguma coisa, se continuarmos sendo controlados e manipulados sem ao menos saber?
 
A pergunta mais frequente do mundo, a verdadeira base de todo ato maduro é esta: Quem sou eu? Porque, se não conhecemos a nós mesmos, não poderemos conhecer a Deus. É fundamental para uma pessoa conhecer a si mesma e, no entanto, não existe resposta para a pergunta: quem sou eu? Porque é preciso descobrir quem não somos, para então chegarmos ao ser que já somos.
 
Existe um provérbio chinês que diz: “Quando os olhos não estão bloqueados, o resultado é a visão. Quando a mente não está bloqueada, o resultado é a sabedoria, e quando espírito não está bloqueado, o resultado é o amor”.
 
É preciso tirar as vendas para enxergar. Se não vemos, não temos como descobrir os impedimentos que não nos deixam enxergar. Observar a nós mesmos é estarmos atentos a tudo o que acontece dentro de nós e à nossa volta, como se estivesse ocorrendo a outra pessoa, sem pré-julgamentos, nem justificativas ou esforços visando mudar o que está acontecendo, e sem formular críticas ou com auto-piedade. Todos os esforços que possamos fazer para mudar as coisas só servem para piorar tudo, pois estaremos assim lutando contra determinadas ideias. Na verdade, o que se deve fazer é tentar compreendê-las, para que elas caiam por si mesmas, uma vez que percebemos sua ausência de realidade. É preciso questionar tudo, para ver se essas coisas podem ser vistas como realidade. Uma vez feito o questionamento, devemos observar a nós mesmos. 
 
Anthony de Mello
https://tudopositivo.wordpress.com

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