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sexta-feira, 16 de outubro de 2020


 OS CINCO GRANDES PRINCÍPIOS

7ª Semana do Tempo Comum - Liturgia das Horas 

O primeiro princípio é que o homem tem uma Alma, que é seu verdadeiro eu; um Ser Divino, Poderoso, Filho do Criador de todas as coisas, do qual o corpo, embora tempo terreno desta Alma, é somente o menor dos reflexos; que nossa Alma, nossa Divindade que reside dentro de nós e ao nosso redor, determina nossos caminhos da maneira que deseja e, à medida que permitimos isso, passa a nos guiar, nos proteger e encorajar, vigilante e benevolente, para que sempre aproveitemos ao máximo: já que Ele, nosso Eu Superior, sendo uma centelha do Todo-Poderoso, é, portanto, invencível e imortal.

O segundo princípio é que nós, como nos conhecemos neste mundo, somos personalidades aqui colocadas com o objetivo de alcançar todo o conhecimento e experiência que podem ser obtidos por meio da existência terrestre, do desenvolvimento das virtudes de que precisamos e eliminando tudo o que está errado dentro de nós, assim avançando em direção à perfeição de nossas naturezas. A Alma sabe qual o ambiente e quais as circunstâncias que melhor nos permitirão fazer isso e, desse modo, nos coloca naquela condição de vida mais adequada a esse objetivo.

Em terceiro, precisamos perceber que a curta passagem por esta Terra, passagem esta que chamamos de vida, é apenas um momento no curso de nossa evolução, assim como um dia na escola está para uma vida, e embora possamos agora apenas enxergar e compreender este único dia, nossa intuição nos diz que nosso nascimento está infinitamente longe de nosso início, e a morte está infinitamente longe de nosso fim. Nossas Almas, que na verdade somos nós, são imortais, e os corpos, de que temos consciência, são temporários; apenas cavalos que guiamos durante uma jornada, ou instrumentos que utilizamos para realizar uma tarefa.

Segue-se, então, um quarto grande princípio, que diz que, enquanto nossas Almas e nossas personalidades estiverem em harmonia, tudo será alegria e paz, felicidade e saúde. O conflito surge quando nossa personalidade é desviada do caminho determinado pela Alma, seja por causa de nossos desejos terrenos, seja pela persuasão de outros. Este conflito é a causa principal da doença e da infelicidade. Não importa o papel que exercemos perante a sociedade: enquanto estivermos realizando nossas atividades de acordo com os comandos da nossa Alma, tudo estará bem. E podemos ficar tranquilos, pois qualquer que seja a posição social que nos tenha sido destinada, seja superior ou inferior, ela contém as lições e experiências necessárias para nossa evolução, e nos oferece as melhores vantagens para o nosso desenvolvimento.

O próximo grande princípio é a compreensão da Unidade de todas as coisas, de que o Criador de tudo é Amor, e de que tudo aquilo de que temos consciência é, em seu número infinito de formas, uma manifestação desse Amor, seja um imenso planeta girando no espaço ou um eixo, uma estrela ou uma gota de orvalho, o homem ou a mais simples forma de vida. É possível ter um vislumbre desta concepção ao se pensar em nosso Criador como um grande e fulgurante sol de bondade e amor cujo centro irradia infinitos raios em todas as direções e do qual nós e todas as coisas de que temos conhecimento somos partículas das extremidades destes raios, enviadas para adquirir experiência e conhecimento e, por fim, voltarem ao grande centro. E ainda que para nós cada raio possa parecer isolado e distinto, na realidade ele é parte do grande Sol central. A separação é impossível, pois assim que um raio de luz é isolado de sua fonte, ele deixa de existir. Assim, podemos entender um pouco a impossibilidade da separação, já que, embora cada raio possa ter sua individualidade, é, entretanto, parte do grande poder central criador. Deste modo, qualquer ação contra nós mesmos ou contra alguma outra pessoa afeta o todo, porque ao se causar qualquer problema a uma parte, o todo, do qual toda partícula deve buscar a perfeição, será afetado.

Então podemos ver que há dois grandes erros fundamentais possíveis: a dissociação entre nossas Almas e nossas personalidades, e o erro e a crueldade para com os outros, já que constituem pecados contra a Unidade. Qualquer um deles gera conflito que, por sua vez, leva à doença. Descobrirmos onde estamos errando (o que, quase sempre, nos passa despercebido) e o esforço sincero para corrigir a falha leva não apenas a uma vida de alegria e paz, mas também à saúde. A doença em si é benéfica, e tem por objetivo trazer de volta a personalidade à vontade Divina da Alma; e assim podemos ver que tanto pode ser prevenida quanto evitada, já que, se pudermos entender por nós mesmos os erros que estamos cometendo, e corrigi-los por métodos espirituais e mentais, não haverá necessidade de severa lição do sofrimento. O Poder Divino nos oferece todas as oportunidades para que possamos nos corrigir, antes de, como último recurso, aplicar-nos a dor e o sofrimento. É possível que não estejamos combatendo os erros desta vida, deste dia na escola, e embora nossas mentes físicas possam não ter consciência do motivo do nosso sofrimento, que pode nos parecer cruel e sem motivo, nossas Almas (que somos nós) conhecem todo o propósito e nos orientam para que tiremos o máximo proveito. Não obstante, entender e corrigir nosso erros abreviam a doença e nos trazem a saúde de volta. O entendimento de propósito da Alma e a aceitação deste conhecimento significam o alívio da aflição e sofrimento terrenos, e nos deixam livres para darmos continuidade à nossa evolução com alegria e felicidade.
 
 

Cura-te a ti mesmo, Edward Bach, Blossom
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Você é quem carrega a sua chaga. Enquanto existir o ego, o seu ser como um todo será uma ferida. E você irá carregá-la por aí. Ninguém está interessado em feri-lo, ninguém está de fato esperando para machucá-lo; todos estão ocupados em proteger os seus próprios ferimentos. Quem teria tanta energia para ainda querer atingi-lo? Mas, ainda assim, acontece, porque você está demasiado pronto para ser atingido, demasiado pronto, apenas na expectativa de que alguma coisa aconteça.

É impossível atingir um homem do Tao. Por quê? Porque não existe ninguém ali para ser atingido. Não há nenhuma ferida. Ele é saudável, curado, pleno. A palavra ´pleno´ é bonita. Em inglês, a palavra ´curar´ [to heal] vem de ´pleno´ [whole], e a palavra ´sagrado´ [holy] tem também a mesma origem. O homem de Tao é inteiro, curado, sagrado. Tenha consciência da sua ferida. Não deixe que piore: cure-a; e ela só será curada quando você se deslocar para baixo, para as raízes. Quanto menos estiver presente a cabeça, tanto mais facilmente a ferida será curada; não existindo a cabeça, não existe a ferida. Viva uma vida sem cabeça. Mova-se como um ser pleno, e aceite as coisas. Tente isso, apenas por vinte e quatro horas: aceitação total, aconteça o que acontecer. Se alguém o insultar, aceite a ofensa, não reaja, e veja o que acontece. De repente, você sentirá fluindo em você, uma energia nunca antes percebida.

Osho The Empty Boat Chapter 10

http://nilvamelhor.blogspot.com 

 

"Este é um tempo em que as feridas do passado profundamente enterradas afloram para ser curadas. Não nos escondamos mais de nós mesmos nem dos outros. Nessa atitude de abertura e de aceitação poderemos ser curados e ajudar outros a serem também saudáveis e inteiros". "Comunhão é quando a beleza do outro e a beleza da gente se juntam num contraponto." Rubem Alves expôs com muita precisão a atitude correta que deve vigorar nesses tempos atuais de crise existencial. Permitamos, pois, que os outros sejam eles mesmos, compreendamos isso e tudo em nosso volta mudará, inclusive a nossa própria ótica de enxergar melhor e mais profundamente a obra divina. Sejamos compartilhadores da infinita energia do amor.

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