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quarta-feira, 14 de junho de 2017

SEMENTES DA ILUSÃO




Quando nossa consciência ainda está no nível do apego, valorizamos, enobrecemos e admiramos demasiadamente a fama, a fortuna e o poder. O homem pensa que precisa ter prestígio social e, por isso, precisa ter recursos, ser famoso e poderoso. Para ter aquilo que não tem, se sacrifica, trabalha em excesso para ganhar dinheiro. Em alguns casos, rouba, faz truques, mente, engana pessoas.
 
A preocupação em obter ou manter fama, riqueza e prestígio tira a nossa paz. Uma pessoa, antes de alcançar prestígio, fica com medo e, na batalha pela conquista de destaque social e profissional, fica constantemente em estado de alerta e preocupação. Depois de conquistar posição e riqueza, também fica em estado de alerta: quem tem riqueza e prestígio se mantém em estado de alerta permanente porque tem medo de perder o que conquistou.
 
Quem não tem e quer ter, dedica toda sua atenção e preocupação para gerar dinheiro e riqueza. Quando conquista o que pretende, fica todo o tempo preocupado em manter a riqueza. É um tipo de preocupação diferente, porém, continua a ser gerada. Temos medo e nos sentimos inseguros quando não temos fama, não temos poder, não temos o controle da situação, não temos riqueza, não podemos dominar pessoas ou situações. No entanto quando temos tudo isso, nós ficamos igualmente com medo porque não queremos perder o que conquistamos.
 
Quem nada tem ou quer não fica em estado de alerta. Na verdade, o ser humano precisa de muito pouco para sua sobrevivência: comer, vestir, trabalhar, morar adequadamente. Existe aquilo que representa o mínimo necessário para uma vida digna e virtuosa e existe todo o resto, geralmente supérfluo, que pode ser dispensado.
 
Muitas vezes a pessoa entende como necessário algum valor apenas em função do conceito. Existem pessoas que só tomam uísque importado e outras que só usam roupas de grife. Quando o indivíduo se torna prisioneiro desse tipo de conceito, a vida se torna mais desgastante. Ele tem de trabalhar muito, se esforçar para conquistar coisas e, assim, se tornar feliz (ou pensar que está feliz). O que é preciso deixar claro é que a prisão ao conceito de que isso é indispensável à felicidade pode tornar as pessoas desgastadas e preocupadas.
 
A conquista de prestígio gera orgulho e a humilhação por não consegui-lo provoca a ira. Uma pessoa que se sinta humilhada cria dentro de si um sentimento de raiva, já que nenhum de nós gosta de ser desprestigiado. Podemos não responder imediatamente nem diretamente, mas, lá dentro do coração, criamos a raiva ou o aborrecimento. Tudo ocorre num nível inconsciente, que nem chegamos a perceber. Estes sentimentos são explícitos ou não; aparecem ou não exteriormente.
 
 
 
Mestre Wu Jih Cherng
Fonte:yogaensinamentos



 
"Não existe nada de errado correndo atrás das ilusões, mesmo sabendo-se de antemão que é uma ilusão. Não existe outro processo de aprendizado e evolução. Somente vivenciando-se cada ilusão e a desilusão, é que vamos descobrir as nossas deficiências. A cada desilusão vamos ampliando as janelas da inteligência, da compreensão e da consciência. Somente através das desilusões é que vamos encontrar o que verdadeiramente procuramos. E nesse processo muitas surpresas agradáveis vão ocorrer.  Não existe nada de errado com a vida. Nos somos o responsável se algo não vai bem. A vida é perfeita. (http://slideplayer.com.br)
 


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