Translate

sexta-feira, 6 de agosto de 2021

 O HOMEM IGNORANTE

Sutra 16
O homem ignorante é um boi: 
cresce em tamanho, não em sabedoria.


O homem nasce somente como um potencial. Se você não desenvolve seu potencial, se não cresce espiritualmente, você é apenas como um boi. O corpo irá ficando cada vez maior, mas isso não é crescimento. Ficar mais velho não é crescer, crescer fisicamente não é crescer espiritualmente.
 
E, a menos que você cresça espiritualmente, estará desperdiçando uma oportunidade preciosa.
 
Não desperdice um único momento com outra coisa.
 
Faça as coisas necessárias, as coisas essenciais, mas concentre cada vez mais e mais energia na observação, na atenção.
 
Acorde! Todas essas flores e todas essas canções e todas essas estrelas são para você.

Você tem direito a milagres - mas cresça, acorde!

Osho Silence
https://blogdoosho.blogspot.com 
 
 
A ignorância é a absoluta falta de autoconhecimento 
 
A ignorância existe mesmo quando alguém possui grande conhecimento, uma boa educação, é sofisticado, tem uma grande capacidade em atividades na qual se adquire fama, notoriedade, dinheiro. A ignorância não é dissipada pela acumulação de um grande número de feitos e muita informação – o computador pode fazer tudo isso melhor do que a mente humana. A ignorância é a absoluta falta de autoconhecimento. A maioria de nós é superficial, mesquinho, tem muita tristeza e ignorância como parte da nossa sina. De novo, isto não é um exagero, não é uma suposição, mas um fato real de nossa existência diária. Nós somos ignorantes de nós mesmos e nisso repousa muito sofrimento. Essa ignorância origina toda forma de superstição, perpetua o medo, engendra esperança e desespero e todas as invenções e teorias de uma mente astuta. Portanto a ignorância não só cria sofrimento, mas causa uma grande confusão em nós mesmos.
 
Até que nós comecemos a quebrar este círculo vicioso da ignorância que somente cria mais ignorância, a autoconfiança não poderá promover a libertação da dor. Contudo, para entender esta continuidade da ignorância e da dor, cada um tem de se tornar completamente autoconfiante para ser capaz de explorar o desejo, o medo, as tendências, as memórias e assim por diante. A mera autoexpressão não é criatividade, e para se ser verdadeiramente criativo, é necessário entender o processo do eu e então ser livre dele. Através de séria conscientização do que realmente está se expressando, nós começamos a entender as causas limitadas do passado que controlam o presente, e neste entendimento esforçado vem uma libertação da causa da ignorância. A verdadeira autoconfiança, não a autoconfiança com o propósito de uma mera expressão agressiva do eu, pode acontecer somente através da compreensão do processo do desejo, com seus valores limitantes, medos e esperanças; então a autoconfiança tem grande significado, pois através de uma própria conscientização esforçada existe totalidade, plenitude.
 
J. Krishnamurti
http://legacy.jkrishnamurti.org
 
 

E o mesmo acontece com tudo. Upanishads, Lao Tzu, Jesus ou Buda — todos ensinam que o conhecimento é inútil. Apenas obter cada vez mais conhecimento não é de muita ajuda. Não só não é de muita ajuda como também pode se tornar uma barreira. O conhecimento não é necessário, mas isso não significa que o homem deva permanecer ignorante. Sua ignorância não é real.

A ignorância é atingida quando o indivíduo reúne o suficiente de conhecimento e o descarta. Daí a pessoa se torna ignorante de fato, como Sócrates, que pôde dizer: “Só sei uma coisa: é que nada sei.”

Esse conhecimento, ou essa ignorância — chame-a como quiser — , é totalmente diferente, a qualidade é diferente, a dimensão mudou. Se a pessoa é simplesmente ignorante porque nunca alcançou qualquer conhecimento, sua ignorância não pode ser sábia, não pode ter sabedoria, ela é apenas ausente de conhecimento. E o anseio vai estar no interior: como adquirir mais conhecimento? Como adquirir mais informações?

Quando a pessoa sabe muito, ou seja, conhece as escrituras, conhece o passado, a tradição, sabe tudo o que é possível saber, de repente, torna-se consciente da futilidade de tudo isso, de repente, torna-se consciente de que isso não é conhecimento. Isso é emprestado!

Esta não é a sua própria experiência existencial, isso não é o que ela veio a conhecer. Outros podem tê-la conhecido, e a pessoa simplesmente a coletou. A compilação feita por ela é mecânica. Não surgiu a partir da pessoa, não representa um crescimento. É só lixo coletado de outras portas, emprestado, morto.

É bom lembrar que o conhecimento é vivo apenas quando a pessoa conhece, quando se trata de sua experiência direta e imediata. Porém, quando fica sabendo a partir dos outros, trata-se apenas de memória, não de conhecimento. A memória é morta. Quando a pessoa reúne muito — como, por exemplo, as riquezas do conhecimento, as escrituras, tudo em seu entorno, bibliotecas condensadas em sua mente — e, então, torna-se consciente de que está só carregando o fardo dos outros, e de que nada lhe pertence, de que ela própria não conheceu, ela pode descartar, pode descartar todo esse conhecimento.

A partir desse descarte, surge um novo tipo de ignorância dentro dela. Essa ignorância não é a ignorância do ignorante, é a ignorância do homem sábio, da sabedoria.

Somente um homem sábio pode dizer: “Eu não sei.” Porém, ao dizer “Eu não sei” ele não tem anseio por conhecimento, ele simplesmente constata um fato. E quando consegue dizer de coração aberto “Eu não sei”, nesse exato momento seus olhos se abrem, as portas do conhecimento estão abertas. Nesse exato momento, quando consegue dizer com sua totalidade “Eu não sei”, ele se tornou capaz de obter conhecimento.

Essa ignorância é linda, mas é alcançada através do conhecimento. É a pobreza alcançada através da riqueza...

... A mente é lógica e a vida, dialética. A mente se move em uma linha simples, e a vida sempre se move pulando de um polo a outro, de uma coisa para o extremo oposto.

... A vida é dialética. Crie, e depois a vida diz: destrua. Nasça, e depois a vida diz: morra! Conquiste, e depois a vida diz: perca! Seja rico, e depois a vida diz: torne-se pobre! Seja um pico, um Everest do ego, e depois se torne um abismo de ausência de ego. Depois terá conhecido ambos, o ilusório e o real, maya e brahma.

Osho
https://medium.com

Nenhum comentário:

Postar um comentário