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segunda-feira, 2 de agosto de 2021

 CONQUISTE A SI MESMO

 

Sutra 12

É melhor conquistar a si mesmo
do que vencer mil batalhas.
Então, a vitória é sua,
não pode ser tirada de você,
nem por anjos ou demônios, céu ou inferno.

Lembre-se: Somente aquilo que não pode ser tirado de você é seu. Qualquer coisa que possa ser tirada de você não é sua.
 
Não se agarre a ela, porque isso trará sofrimento a você.
Não seja possessivo com relação a nada que possa ser tirado de você, porque sua possessividade criará angústia para você.
 
Atenha-se ao que é realmente seu, àquilo que ninguém pode tirar de você. Você não pode ir à bancarrota no que diz respeito a isso. Nem a morte pode levar.

Se você conquistou sua consciência, então o corpo será queimado, voltará às cinzas, mas você não será queimado.
 
Você permanecerá para sempre - você é eterno. Mas essa eternidade só pode ser conhecida quando você se tornar um mestre por sua própria conta.
 
Osho Silence
https://blogdoosho.blogspot.com 
 
 
Como aprender sobre si mesmo
 
O que realmente desejamos? Estamos procurando felicidade ou algum tipo de satisfação que, esperamos, nos torne felizes? Há uma diferença considerável entre os dois. Porque talvez você possa encontrar satisfação, mas felicidade é impossível. Felicidade é um derivado, um subproduto de algo mais difícil de nomear. Então, antes de entregarmos a mente e o coração a algo que exija muita seriedade, atenção, pensamento e cuidado, devemos investigar bem para descobrir o que estamos buscando. Receio que muitos de nós estamos procurando satisfação. Queremos encontrar uma sensação de plenitude no final de nossa busca. Não se pode negar que, em toda essa confusão – a maioria das pessoas está vivendo uma vida contraditória, cheia de paradoxos –, nosso desejo comum é chegar a um sentimento permanente, eterno, que possamos chamar de real, Deus, verdade. Algo a que possamos nos agarrar, que nos dará segurança, uma esperança, um entusiasmo duradouro. Enfim, uma certeza, porque em nós mesmos somos muito incertos.

Não nos conhecemos. Sabemos muito sobre fatos, pelo que os livros nos dizem, mas não sabemos dessas coisas por nós mesmos. Não temos uma experiência direta. Então, antes de qualquer busca, precisamos compreender aquele que busca. Antes de podermos construir, antes de podermos transformar, condenar ou destruir, precisamos saber o que somos. Sem conhecer a si mesmo e o próprio modo de pensar, sem saber por que você imagina certas coisas, qual a base de alguns condicionamentos e por que tem certas convicções, como pode pensar verdadeiramente sobre alguma coisa? É sábio começar a aprender sobre nós mesmos. Parece fácil, mas é extremamente difícil e trabalhoso. Exige paciência. Que direção tomar, afinal? Existem divisões, conflitos, uma seita se opondo a outra. O nosso maior problema é tomar uma decisão contínua, íntegra, que não traga mais sofrimento a ninguém. Para seguir a nós mesmos, ver como funciona nosso próprio pensamento, temos de estar alertas. Conforme ficamos mais treinados a perceber a complexidade de nosso modo de pensar, das reações e dos sentimentos, começamos a ter uma consciência mais ampla, não apenas de nós mesmos mas também daqueles com quem nos relacionamos.

Apenas quando a mente está tranquila – por meio do autoconhecimento e não da disciplina imposta – é que a realidade acontece, surgindo dessa tranquilidade, desse silêncio. E é só então que pode haver bem-aventurança, que pode haver ação criativa, a experiência de alguma coisa que não é da mente. Por essa via, tende a acontecer uma transformação em nossos relacionamentos imediatos e, assim, no mundo em que vivemos.Compreender a si mesmo requer paciência e tolerância. O “Eu” é um livro de muitos capítulos que não podem ser lidos em um único dia. No entanto, quando você começar a ler, deve ler cada palavra, cada frase e cada parágrafo, porque neles há indícios da totalidade. O princípio é, em si mesmo, o fim. Se souber ler, poderá encontrar a mais alta sabedoria. O autoconhecimento é o começo da sabedoria. No autoconhecimento está o universo inteiro; ele abrange todas as lutas da humanidade.
 
Jiddu Krishnamurti 
https://casa.abril.com.br 
 
 
 ... AME A SI MESMO E OBSERVE

Ame a si mesmo... “Diz Buda. E então imediatamente ele “acrescenta:...”e observe”. Isso é Meditação, esse é o nome de Buda para a meditação. Mas a primeira condição é amar a si mesmo, e então observe. Se você não amar a si mesmo e começar a observar, você pode se sentir como que cometendo suicídio.

Sócrates diz: Conhece a ti mesmo, Buda diz: Ame a si mesmo. E Buda é muito mais verdadeiro porque a menos que você ame a si próprio você nunca conhecerá a si mesmo – conhecer só vem mais tarde, o amor prepara o terreno. Amar é a possibilidade de conhecer a si mesmo. O amor é a maneira certa de conhecer a si mesmo.

“Ame a si mesmo e observe… hoje amanhã, sempre”.

Crie energia ao redor de si mesmo. Ame seu corpo e ame sua mente. Ame todo seu mecanismo, todo seu organismo. Por amar significa: aceitar isso como isso é, não tente reprimir. Nós reprimimos somente quando odiamos alguma coisa, reprimimos somente quando somos contra alguma coisa. Não reprima porque se você reprimir como é que você vai observar? Não podemos fitar o inimigo olho no olho; podemos somente olhar nos olhos de nosso amado. Se você não for um amante de si mesmo você não será capaz de olhar nos seus próprios olhos, na sua própria face, na sua própria realidade.

Observar é meditação, o nome de Buda para a meditação. Observe diz Buda. Ele diz: Esteja cônscio, alerta, não fique inconsciente. Não se comporte como que dormindo. Não continue funcionando como uma máquina, como um robô. É assim que as pessoas estão vivendo.

Observe – apenas observe. Buda não diz o que deve ser observado – tudo! Caminhando, observe o seu caminhar. Comendo, observe o seu comer. Tomando banho, observe a água, a água fria caindo sobre você, o toque da água, a frieza, o arrepio que dá na sua espinha – observe tudo, “hoje, amanhã, sempre”.

Finalmente chega o momento quando você pode observar até mesmo seu sono. Esse é o máximo no observar. O corpo vai dormir e ainda fica um observador desperto, olhando silenciosamente o corpo profundamente adormecido. Isso é o máximo da observação. Agora mesmo exatamente o oposto é o caso: seu corpo está desperto, porém você está dormindo. Então você estará desperto e seu corpo estará dormindo. O corpo precisa de descanso, todavia sua consciência não necessita de nenhum sono. Sua consciência é consciência: isso é atenção, essa é sua própria natureza.

Quando você se torna mais alerta você começa a criar asas – então todo o céu lhe pertence. O homem é um encontro da terra com o céu, do corpo e da alma.

Osho
https://www.osho.com 

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