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quinta-feira, 1 de julho de 2021

A VIDA UNIVERSAL


Um Universo vem a existir porque uma entidade cósmica o está incorporando; e um Universo morre, assim como uma pessoa morre, porque chegou ao ponto em que a maior parte de suas energias passou aos reinos invisíveis.

Os Universos se incorporam assim como fazem os egos humanos. As mesmas leis fundamentais operam no grande como no pequeno. As diferenças estão nos detalhes, não nos princípios. A morte é apenas uma mudança, a vida é apenas uma experiência.

A única coisa que permanece é a pura consciência, pois ela inclui tudo o mais. As pessoas pensam comumente que crescem até a maturidade e então param de crescer, ficam maduras durante algum tempo e começam a declinar. Mas a decadência simplesmente significa que o ser interior está começando a fazer seu caminho e seu novo corpo nos mundos invisíveis.

Do mesmo modo, o nascimento e crescimento de um Universo, assim como sua culminação e decadência, seguida por sua morte, são causados pela vinda da entidade cósmica das esferas invisíveis para os reinos materiais, incorporando-se em suas substâncias, e assim construindo um Universo material, e em seguida começa seu processo de desmaterialização. E quando esse processo se aproxima do fim, o Universo está em seus estágios de dissolução.

Acontece o mesmo com uma estrela, um sol ou um planeta. Acontece o mesmo com qualquer entidade. A vida é infinita, não tem começo nem fim; e um Universo não é diferente em essência de um ser humano.

Considere as estrelas e os planetas: cada um deles é um átomo no corpo cósmico; cada um deles é uma morada organizada de uma multidão de vidas atômicas menores que construíram seus corpos. Além disso, cada sol brilhante no espaço foi em certo tempo do passado um ser equivalente a um ser humano, possuindo algum grau de autoconsciência, poder intelectual e visão espiritual, assim como um corpo.

E os planetas assim como as miríades de entidades desses planetas, que circulam ao redor de tais deuses cósmicos, tais estrelas ou sóis, são agora as mesmas entidades que em distantes manvantaras do passado eram as vidas atômicas daquela entidade solar.

Através das eras, essas entidades seguiram buscando o aprendizado e o progresso. Mas muito à frente de seu caminho evolucionário, estava seu divino pai, a fonte de seu ser.

Quando nós, ao despertarmos os poderes de nosso deus interior, nos tornarmos planetas e depois sóis gloriosos brilhando nas profundezas cósmicas, então as estrelas e planetas ao nosso redor serão aqueles que agora são nossos companheiros seres humanos.

Consequentemente, as relações kármicas que temos uns com os outros na Terra ou em algum outro lugar afetarão seus destinos, assim como o nosso. Sim, cada um de nós será, nos distantes eons do futuro, um sol brilhante do espaço infinito. E isso acontecerá apenas quando despertarmos nossa divindade no coração de nosso ser, e quando essa divindade, por sua vez, tiver evoluído a alturas ainda maiores.

Além do nosso sol, existem outros sóis, tão elevados que para nós são invisíveis, sóis dos quais nosso próprio sol é um servidor divino. A Via Láctea, que é em si mesma um Universo completo e autônomo, é apenas uma célula cósmica no corpo de alguma entidade supercósmica, que por sua vez é apenas uma de uma infinidade de outras como ela.

O grande contém o pequeno; o maior contém o grande. Tudo vive por e para o todo. Essa é a razão por que a separatividade tem sido chamada de “a grande heresia”. É a grande ilusão, pois a separatividade não existe. Nada pode viver sozinho para si mesmo. Cada entidade vive pelo todo, e o todo é incompleto sem uma de suas entidades, portanto vive por ela.

O espaço infinito é nosso lar. Ali iremos e ali estamos mesmo agora. Estamos não apenas conectados por elos inquebráveis com o próprio coração do infinito, mas somos também esse coração. Este é o caminho que os antigos filósofos ensinaram, o caminho do Ser interior.

Nosso destino está em nossas mãos. Podemos construir a nós mesmos, ou arruinar a nós mesmos. Nenhum deus proíbe, nenhum deus impõe; somos filhos do divino, portanto partilhamos da liberdade divina da vontade, e como almas parcialmente desenvolvidas construímos nosso destino.

Podemos formatar nossas vidas, podemos torná-las boas, más, belas, distorcidas ou feias. Não há fatalismo nisso. Toda a natureza ao nosso redor, não apenas está nos ajudando, mas também nos dando oportunidades para exercitar nossa força contra a oposição, que é o único caminho de desenvolver os músculos espirituais.

O exercício traz a força. Se a natureza não nos desse nenhuma oportunidade para revelar a divindade interior, nunca cresceríamos. Portanto, a natureza não apenas é uma bela e prestativa mãe, mas também uma rígida enfermeira cuidando de nós com infinita compaixão, e insistindo com suas reações a nossas ações para que nossa vontade cresça em força através do exercício e que nossa compreensão se torne mais brilhante através do uso.

Ensinamentos da Teosofia
http://yoga-ensinamentos.blogspot.com

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