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sexta-feira, 23 de julho de 2021

AUTOANÁLISE E AUTOCONHECIMENTO
A Diferença Entre Dois Aspectos do Caminho Teosófico

 Escrevendo sobre o autoconhecimento do ponto de vista da filosofia esotérica, Helena P. Blavatsky escreveu:

“Este tipo de autoconhecimento é inatingível pelo que as pessoas normalmente chamam de ‘autoanálise’. Ele não pode ser alcançado pelo raciocínio ou por qualquer processo cerebral, porque ele é o despertar consciente da natureza divina do homem.” [1]

Para compreender melhor o ponto levantado por HPB, cabe examinar a diferença entre o que ela chama de autoanálise e a observação diária que devemos fazer ao longo do caminho do autoconhecimento, conforme recomendam a tradição pitagórica e a proposta teosófica.

A “autoanálise”, no contexto do artigo escrito por HPB, pode ser definida como “a análise que o eu inferior comprometido com o caminho do autoconhecimento faz a respeito de suas próprias ações, suas emoções, e seus pensamentos”. Este esforço é útil e prepara o eu inferior para que ele se liberte dos assuntos inferiores. A prática faz parte da disciplina diária de muitos aprendizes da sabedoria esotérica de todos os tempos. Ao mesmo tempo, sabemos que “análise” é o oposto de “síntese”; e que o conhecimento espiritual depende da nossa capacidade de sintetizar e ver o conjunto. O olhar filosófico enxerga prioritariamente o todo, e secundariamente discute o detalhe.

O verdadeiro autoconhecimento ocorre na medida em que, estando relativamente resolvidas e deixadas de lado as suas questões pessoais, o eu inferior finalmente esquece de si e se volta para o todo universal.

Deste modo ele se identifica com a Lei Una. O processo está descrito, entre outros textos, em “Diagrama de Meditação”, de H. P. Blavatsky. O autoconhecimento não é fácil de obter e só pode ser alcançado gradualmente.

Quando o eu inferior olha para o mundo terrestre desde o ponto de vista terrestre, está quase sempre desejando que algo ocorra e desejando que algo não ocorra.

Quando o eu inferior olha para o mundo terrestre do ponto de vista do mundo espiritual, ou quando olha para o mundo espiritual sem egoísmo, ele já não torce nem distorce. Já não olha para os fatos do ponto de vista das suas expectativas pessoais, e nem tem motivos para isso. Ele se identifica com a Realidade e atua sem medo ou cobiça em relação a resultados de curto prazo. Ele encontra a paz porque amplia o contato com a sua própria essência, e sua essência compreende o tempo eterno e o espaço infinito.

Carlos Cardoso Aveline

NOTA:
[1] Veja o texto “Para Alcançar o Autoconhecimento”, de Helena P. Blavatsky, que está disponível em nossos websites associados.

https://www.filosofiaesoterica.com 

O autoconhecimento é o início da sabedoria

O autoconhecimento é cultivado através da busca individual de si mesmo. Não estou colocando o indivíduo em oposição à massa. Eles não são antitéticos. Você, o indivíduo, é a massa, o resultado da massa. Em nós, como você descobrirá se entrar nisso profundamente, estão os muitos e o particular. É como uma correnteza que está constantemente fluindo, deixando pequenos rodamoinhos e esses rodamoinhos chamamos de individualidade mas eles são resultado deste constante fluxo de água. Seus pensamentos-sentimentos, aquelas atividades mentais e emocionais, não são o resultado do passado, do que chamamos muitos? Você não tem pensamentos-sentimentos semelhantes ao seu vizinho? Assim, quando falo do indivíduo, não o estou colocando em oposição à massa. Ao contrário, quero remover este antagonismo. Este antagonismo entre a massa e você, o indivíduo, cria confusão e conflito, crueldade e miséria. Mas se podemos compreender como o indivíduo, você, é parte do todo, não só misticamente mas realmente, então podemos nos libertar feliz e espontaneamente da maior parte de nosso desejo de competir, ter sucesso, enganar, oprimir, ser cruel, ou virar um seguidor ou um líder. Então consideraremos o problema da existência de modo totalmente diferente. E é importante compreender isto profundamente. Enquanto nos considerarmos como indivíduos separados do todo, competindo, obstruindo, em oposição, sacrificando os muitos pelo particular ou o particular pelos muitos, todos aqueles problemas que surgem deste antagonismo conflitante não terão solução feliz e duradoura; porque eles são resultado deste pensar-sentir errado.

J.Krishnamurti 

http://legacy.jkrishnamurti.org

 

Você só é responsável pelo seu autoconhecimento

Você tem de ser um investigador. E a sua única responsabilidade deve ser conhecer a si mesmo.

Ensinaram-lhe tantas responsabilidades menos essa! Disseram-lhe que você devia prestar conta aos seus pais, à sua mulher, ao seu marido, aos seus filhos, à nação, à igreja, à humanidade, à Deus. A lista é praticamente interminável. Mas a responsabilidade mais importante não está nessa lista.

Eu gostaria de queimar essa lista toda! Você não tem de prestar contas a nação nenhuma, a igreja nenhuma, a Deus nenhum. Você só é responsável por uma coisa: o seu autoconhecimento. E o maior milagre é que, se você cumprir com essa responsabilidade, conseguirá cumprir com muitas outras sem fazer nenhum esforço.

No momento em que você encontra o seu próprio ser, uma revolução acontece na maneira como você vê as coisas. Toda a sua visão de vida passa por uma mudança radical. Você começa a se dar conta de novas responsabilidades - não como se fossem algo que tem de ser feito, mas algo que se faz por prazer.

Você nunca mais fará nada por dever, por se sentir responsável, porque isso é algo que esperam de você. Você fará tudo pela felicidade que isso lhe dá, por um sentimento de amor e compaixão. Não é uma questão de dever, é uma questão de compartilhar. Você sente tanto amor e tanta felicidade que gostaria de compartilhar.

Por isso eu só ensino uma responsabilidade, que é para consigo mesmo. Todo o resto virá naturalmente sem nenhum esforço da sua parte. E, quando as coisas acontecem sem que seja preciso fazer esforço, elas se revestem de uma grande beleza.

Osho, em "O Livro da Sua Vida"
http://conscienciaearesposta.blogspot.com

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