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terça-feira, 13 de julho de 2021

O PODER DA BOA VONTADE

A Intenção Correta Tem, em Si Mesma, Um Valor Decisivo
 
Nem neste mundo nem fora dele, nada é possível pensar que possa ser considerado como bom sem limitação, a não ser uma só coisa: boa vontade.

A argúcia de espírito, a capacidade de julgar ou como queiram chamar os talentos do espírito, ou ainda a coragem valorosa, a decisão, a firmeza de propósito, como qualidades do temperamento, são, sem dúvida, em certos aspectos, qualidades boas e desejáveis; mas também podem se tornar extremamente más e perniciosas, se a vontade que deve usar estes dons naturais, e cuja constituição natural, por isso, se chama caráter, não for boa.

O mesmo acontece com os dons da fortuna. O poder, a riqueza, a honra, mesmo a saúde, e todo o bem-estar e contentamento com a sua sorte, conferem, sob o nome de felicidade, um ânimo que muitas vezes, por isso mesmo, desanda em orgulho, caso não exista também a boa vontade capaz de corrigir a sua influência sobre a alma e, ao mesmo tempo, o princípio complexo da ação.

Acrescente-se a isso que um espectador sensato ou imparcial, diante dos sinais de ininterrupta prosperidade de uma pessoa totalmente desprovida de qualquer traço de uma pura e boa vontade, jamais poderá sentir satisfação. A boa vontade parece assim constituir a condição indispensável do próprio fato de sermos dignos de felicidade. (….)

A boa vontade não é boa só pelo que promove ou realiza, pela aptidão para alcançar qualquer finalidade proposta, mas é boa somente pelo querer, isto é, em si mesma. E considerada em si mesma, deve ser avaliada em grau muito mais elevado do que tudo o que por meio dela puder ser alcançado em proveito de qualquer inclinação ou, se quiser, da soma de todas as inclinações.
 
Immanuel Kant 
 
Nota Editorial:  As ideias kantianas fazem parte das propostas humanistas apoiadas pela filosofia esotérica autêntica. O ensaio de Kant “A Paz Perpétua”, de 1795, é profético e inspirador em relação à criação da Organização das Nações Unidas, que ocorreu em 1945. Um dos principais filósofos do período Iluminista, Immanuel Kant (1724-1804) é citado várias vezes em “Cartas dos Mahatmas para A.P. Sinnett”. (CCA) 
 
https://www.filosofiaesoterica.com

 

O amor é perigoso

Como pode o homem viver sem amor? Nós só podemos existir, e existência sem amor é controle, confusão e dor – e é isso que a maioria de nós está criando. Nós organizamos a existência e aceitamos o conflito como inevitável porque nossa existência é uma incessante demanda por poder. Certamente, quando amamos, a organização tem seu próprio lugar, seu lugar correto; mas sem amor, a organização se torna um pesadelo, meramente mecânica e eficiente, como o exército; mas como a sociedade moderna se baseia em mera eficiência, temos que ter exércitos e o propósito de um exército é criar guerra. Mesmo na chamada paz, quanto mais intelectualmente somos, mais cruéis, mais violentos, mais insensíveis nos tornamos. Por isso há confusão no mundo, por isso a burocracia é mais e mais poderosa, por isso mais e mais governos se tornam totalitários. Nós nos submetemos a tudo isto como sendo inevitável porque vivemos em nossos cérebros e não em nossos corações e, assim, o amor não existe. O amor é o elemento mais perigoso e incerto na vida; e porque não queremos ter incerteza, porque não queremos ficar em perigo, nós vivemos na mente. Um homem que ama é perigoso, e não queremos viver perigosamente; queremos viver eficientemente, queremos viver meramente na estrutura da organização porque pensamos que as organizações trarão ordem e paz para o mundo. Organizações nunca produziram ordem e paz no mundo. Só o amor, só a boa vontade, só a clemência pode produzir ordem e paz no final e, portanto, agora.

J. Krishnamurti, The Book of Life 

http://legacy.jkrishnamurti.org

 

Boa-vontade descobre trabalho. Trabalho opera a renovação. Renovação encontra o bem. O bem revela o espírito de serviço. O espírito de serviço alcança a compreensão. A compreensão ganha humildade. A humildade conquista o amor. O amor gera a renúncia. A renúncia atinge a luz. A luz realiza o aprimoramento próprio. O aprimoramento próprio santifica o homem. O homem santificado converte o mundo para Deus. Caminhando prudentemente, pela simples boa-vontade a criatura alcançará o Divino Reino da Luz.
 
Emmanuel, por Francisco Cândido Xavier
http://disticoespirita.blogspot.com

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