QUANDO VOCÊ SE SENTE SOLITÁRIO, É HORA DE DESCOBRIR A SOLITUDE
"A primeira coisa a perceber é que, quer você queira ou não, você está só. Estar só é sua própria natureza. Pode até tentar esquecer isso, pode tentar não ficar só, fazendo amigos, tendo amantes, misturar-se na multidão... Mas qualquer coisa que fizer só vai fazer você permanecer na superfície. Lá no fundo sua solitude é inatingível, intocável".
Momentos com Osho
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Você poderia explicar a diferença entre solidão e solitude?
A solidão é um estado mental negativo. A solitude é positiva, não obstante o que dizem os dicionários. Nos dicionários, a solidão e a solitude são sinônimos. Eles são sinônimos; na vida eles não são. A solidão é um estado de espírito quando você está constantemente sentindo falta do outro; solitude é o estado de espírito quando você está constantemente encantado consigo mesmo. A solidão é miserável, a solitude é cheia de êxtases. A solidão está sempre preocupada, faltando alguma coisa, ansiando por algo, desejando algo. A solitude é uma realização profunda, não indo para fora, não saindo de si, tremendamente contente, feliz, celebrando. Na solidão você está fora do centro, na solitude você está centrado e enraizado. A solitude é linda. Tem uma elegância ao redor, uma graça, um clima de tremenda satisfação. A solidão é mendicante. Em toda a sua volta há mendicância e nada mais, não há graça em torno dela. Na verdade, é feia. A solidão é uma dependência; solitude é pura independência. É como se alguém fosse o mundo inteiro, o todo, toda a existência.
Quando estou só me sinto separada, solitária e miserável. Eu me amo somente quando estou com os outros. Quando estou sozinha me sinto envergonhada e não gosto de mim mesma e me julgo como se fosse através dos olhos dos outros.
Quando estou só me sinto separada, solitária e miserável. Eu me amo somente quando estou com os outros. Quando estou sozinha me sinto envergonhada e não gosto de mim mesma e me julgo como se fosse através dos olhos dos outros.
Não é só você. A maneira como as crianças são criadas é a causa de toda essa miséria. Nenhuma criança é aceita como ela é. Ela é recompensada se seguir as instruções dos pais, dos professores e dos anciãos. Essas instruções podem ir contra a sua natureza, porque essas diretivas não foram feitas por ela ou para ela. Alguém cinco mil anos antes fez esses princípios e eles ainda estão sendo usados para criar os filhos.
Naturalmente, toda criança é deslocada. Ele não está enraizada em si mesma. Ele não é ela mesma; ela é outra pessoa. Que alguém deu a ela pela sociedade, pelos outros.
Então, quando você está solitário e não há ninguém para mandar em você, simplesmente relaxe em sua natureza. Não há necessidade de realizar nada, porque não há ninguém que esteja vendo. E esse relaxamento em sua própria natureza faz com que você se sinta culpado. Você está indo contra seus pais, contra o padre, contra a sociedade; e eles lhe disseram que você, em si mesmo, não está certo. E você aceitou. Isso se tornou uma coisa condicionada em você.
Toda vez que você está só, essa solidão entra em erupção, ela emerge. De repente, você começa a se sentir um estranho em um vasto mundo, um mundo abismal, infinito. E você está lá, apenas uma pequena partícula de poeira - embora consciente, mas tão pequena, tão indefesa, tão impotente e sozinha. Isso cria dor, pânico, angústia. Você corre de volta para alguma atividade; você começa a fazer alguma coisa ou outra que possa mantê-lo longe dessa verdade.
A solidão é semelhante à escuridão. Você não conhece sua solitude. Você não experimentou sua solitude e sua beleza, seu tremendo poder, sua força. Nos dicionários, a solidão e a solitude são sinônimos, mas a existência não segue seus dicionários - e, no entanto, ninguém jamais tentou criar um dicionário existencial que não seja contraditório com a existência.
Solidão é ausência. Porque você não conhece a sua solitude, há medo e você se sente solitário, então você quer se apegar a algo - a alguém, a algum relacionamento - apenas para manter a ilusão de que você não está solitário. Mas você sabe que é, daí vem a dor.
Mas a dor da solidão dói. O que posso fazer sobre isso?
Se a pessoa começa permitindo essa dor ... Deixe-a doer. Note que há dor, mas não faça nada a respeito. Deixe-a doer. Um velho hábito está desaparecendo… dói. Lentamente, pouco a pouco, você verá seu céu interior mudando - da escuridão para a luz, da solidão para a solitude. Solitude é a alegria de ser você mesmo. A solidão é a miséria de sentir falta do outro. A solitude é positiva, a solidão é negativa.
A solidão é uma solitude incompreendida. Uma vez que você entenda mal sua solitude como solidão, todo o contexto muda. A solitude tem uma beleza e grandeza, uma positividade; a solidão é pobre, negativa, sombria, nebulosa.
Todo mundo está fugindo da solidão. É como uma ferida; ela dói. Para fugir disso, o único caminho é estar na multidão, fazer parte de uma sociedade, ter amigos, criar uma família, ter maridos e esposas, ter filhos. Nesta multidão, o esforço básico é que você será capaz de esquecer sua solidão.
Mas ninguém jamais conseguiu ser bem sucedido em esquecê-la. Aquilo que é natural para você, você pode tentar ignorar - mas você não pode esquecê-lo; ele vai se afirmar mais e mais, de novo e de novo. E o problema se torna mais complexo porque você nunca viu isso como ele realmente é; você tomou como certo que você nasceu solitário.
Existem apenas dois tipos de pessoas: uma, que foge de sua solidão - A maioria, os noventa e nove ponto nove por cento, que escapa de si mesmo; e o ponto 1 por cento restante é o meditador, que diz: "Se a solidão é uma verdade, então é uma verdade; então não há sentido em fugir dela. É melhor entrar, encontrar, ver cara a cara, o que ela é.
Meditação significa entrar em sua solidão de todo coração, descobrir, investigar, inquirir. É disso de que se trata a meditação.
Todo esse esforço - seja de relacionamentos ou de permanecer ocupado em mil e uma coisas - é apenas para escapar da ideia de que você está solitário. E eu quero que seja enfaticamente claro para você que é aí que o meditador e a pessoa comum se separam.
Naturalmente, toda criança é deslocada. Ele não está enraizada em si mesma. Ele não é ela mesma; ela é outra pessoa. Que alguém deu a ela pela sociedade, pelos outros.
Então, quando você está solitário e não há ninguém para mandar em você, simplesmente relaxe em sua natureza. Não há necessidade de realizar nada, porque não há ninguém que esteja vendo. E esse relaxamento em sua própria natureza faz com que você se sinta culpado. Você está indo contra seus pais, contra o padre, contra a sociedade; e eles lhe disseram que você, em si mesmo, não está certo. E você aceitou. Isso se tornou uma coisa condicionada em você.
Toda vez que você está só, essa solidão entra em erupção, ela emerge. De repente, você começa a se sentir um estranho em um vasto mundo, um mundo abismal, infinito. E você está lá, apenas uma pequena partícula de poeira - embora consciente, mas tão pequena, tão indefesa, tão impotente e sozinha. Isso cria dor, pânico, angústia. Você corre de volta para alguma atividade; você começa a fazer alguma coisa ou outra que possa mantê-lo longe dessa verdade.
A solidão é semelhante à escuridão. Você não conhece sua solitude. Você não experimentou sua solitude e sua beleza, seu tremendo poder, sua força. Nos dicionários, a solidão e a solitude são sinônimos, mas a existência não segue seus dicionários - e, no entanto, ninguém jamais tentou criar um dicionário existencial que não seja contraditório com a existência.
Solidão é ausência. Porque você não conhece a sua solitude, há medo e você se sente solitário, então você quer se apegar a algo - a alguém, a algum relacionamento - apenas para manter a ilusão de que você não está solitário. Mas você sabe que é, daí vem a dor.
Mas a dor da solidão dói. O que posso fazer sobre isso?
Se a pessoa começa permitindo essa dor ... Deixe-a doer. Note que há dor, mas não faça nada a respeito. Deixe-a doer. Um velho hábito está desaparecendo… dói. Lentamente, pouco a pouco, você verá seu céu interior mudando - da escuridão para a luz, da solidão para a solitude. Solitude é a alegria de ser você mesmo. A solidão é a miséria de sentir falta do outro. A solitude é positiva, a solidão é negativa.
A solidão é uma solitude incompreendida. Uma vez que você entenda mal sua solitude como solidão, todo o contexto muda. A solitude tem uma beleza e grandeza, uma positividade; a solidão é pobre, negativa, sombria, nebulosa.
Todo mundo está fugindo da solidão. É como uma ferida; ela dói. Para fugir disso, o único caminho é estar na multidão, fazer parte de uma sociedade, ter amigos, criar uma família, ter maridos e esposas, ter filhos. Nesta multidão, o esforço básico é que você será capaz de esquecer sua solidão.
Mas ninguém jamais conseguiu ser bem sucedido em esquecê-la. Aquilo que é natural para você, você pode tentar ignorar - mas você não pode esquecê-lo; ele vai se afirmar mais e mais, de novo e de novo. E o problema se torna mais complexo porque você nunca viu isso como ele realmente é; você tomou como certo que você nasceu solitário.
Existem apenas dois tipos de pessoas: uma, que foge de sua solidão - A maioria, os noventa e nove ponto nove por cento, que escapa de si mesmo; e o ponto 1 por cento restante é o meditador, que diz: "Se a solidão é uma verdade, então é uma verdade; então não há sentido em fugir dela. É melhor entrar, encontrar, ver cara a cara, o que ela é.
Meditação significa entrar em sua solidão de todo coração, descobrir, investigar, inquirir. É disso de que se trata a meditação.
Todo esse esforço - seja de relacionamentos ou de permanecer ocupado em mil e uma coisas - é apenas para escapar da ideia de que você está solitário. E eu quero que seja enfaticamente claro para você que é aí que o meditador e a pessoa comum se separam.
O que acontecerá se eu me deparar com a minha solidão?
Meditação significa que você não está mais escapando. Embora doa, mas você não está escapando. É doloroso, mas você não está escapando. Se está aí, você tem que encará-la, inquirir o mais profundamente possível, porque essa é a sua realidade. E, conhecendo-a profundamente, você se tornará uma pessoa de sabedoria.
O que você está sentindo é o primeiro passo da meditação. Você está confrontando sua solidão. Se você continuar a confrontá-la, se for corajoso o suficiente e continuar confrontando-a e não começar a fugir, a solidão um dia muda de cor: torna-se solitude. E esse é o momento de grande mutação, quando a solidão se torna solitude.
Meditação significa que você não está mais escapando. Embora doa, mas você não está escapando. É doloroso, mas você não está escapando. Se está aí, você tem que encará-la, inquirir o mais profundamente possível, porque essa é a sua realidade. E, conhecendo-a profundamente, você se tornará uma pessoa de sabedoria.
O que você está sentindo é o primeiro passo da meditação. Você está confrontando sua solidão. Se você continuar a confrontá-la, se for corajoso o suficiente e continuar confrontando-a e não começar a fugir, a solidão um dia muda de cor: torna-se solitude. E esse é o momento de grande mutação, quando a solidão se torna solitude.
Textos de Osho
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