Translate

quinta-feira, 14 de maio de 2020

INSTRUMENTOS QUE MUDAM NOSSO CARMA E TRANSFORMAM NOSSAS VIDAS

Revista Savoir Faire: Ideologia do ganha-ganha 


Todo indivíduo tem um carma básico, de que fazem parte a data do seu nascimento e a da sua morte, os encontros e acontecimentos importantes durante a encarnação, a ausência ou a presença de doenças congênitas, acidentes graves e outras ocorrências marcantes. A partir do carma básico, que preexiste ao próprio nascimento físico, o indivíduo vai construindo a trama da própria vida e, como consequência, tornando sua trajetória mais árdua ou mais fácil. O carma básico deve ser, em princípio, totalmente aceito; só depois de aceito é possível melhorá-lo.
 
No aprendizado que a lei do carma oferece, as dádivas são também provas: precisamos saber usar com correção os dons e bens que nos são entregues pela vida. Quando desperdiçamos recursos, sejam eles materiais, intelectuais ou espirituais, geramos carma restritivo, o que redunda em escassez de recursos na mesma vida ou numa futura, em prejuízo das tarefas que nos cabem.
 
Na Consciência Única, fonte de toda manifestação, não há detalhe que não deva ser considerado na busca de equilíbrio e da harmonia. Tudo o que nos cerca e tudo o que somos precisa converter-se em instrumento de serviço e ser utilizado de maneira adequada.
 
O ser humano cria débitos cármicos por aparentemente desligar-se da Consciência Única e identificar-se com a temporalidade. Em princípio, a maioria das pessoas não se liberta do condicionamento terrestre devido ao despreparo em lidar com duas forças antagônicas à evolução: a força do desejo pelo supérfluo e a da ilusão de que o nível físico é a realidade única ou a mais importante. Só com a neutralização dessas forças a vida pode ser menos restringida pelo carma e tornar-se mais livre.
 
Há indivíduos que viviam com grandes restrições materiais e as tiveram resolvidas ao ingressar abnegadamente no caminho espiritual e prestar serviço em grupos altruístas; sabemos de outros que ficaram liberados de laços cármicos pessoais para servir em âmbitos maiores, como, por exemplo, o de um país e o do planeta. Pessoas que se mantinham limitadas por deveres básicos e circunscritas ao âmbito familiar veem-se de repente em processos de transformação, livres para dedicar tempo e energia a causas universais. Não se quer negar o valor do dever cumprido em todos os círculos, até mesmo os mais restritos e pessoais, mas contas cármicas podem ser remanejadas, e novos fatores e elementos podem surgir para suprir a falta de pessoas que antes eram imprescindíveis em dados ambientes, deixando-as disponíveis para tarefas maiores.
 
É importantíssimo notar o valor da cooperação. O serviço universal não se realiza por um só indivíduo, mas por um grupo ou por vários grupos. Tais serviços dependem da participação de seres mais evoluídos do que a média da humanidade, seres que podem ou não estar encarnados no momento.
 
Os mais belos casos de comunhão espiritual de seres superiores com homens comuns dão-se em razão do carma positivo gerado por algum trabalho benéfico que tenham feito em cooperação noutros tempos, em encarnações em que estiveram juntos positivamente.
 
O ato de cooperação é, pois, valioso para a eternidade; por isso é sempre bom aperfeiçoar-nos. Um modo de fazê-lo é dispormo-nos a desempenhar as tarefas o melhor possível, estejamos sós ou não. Não podemos saber somente com a percepção humana o que de fato é melhor, mas podemos desejar sabê-lo, o que já produz profundo efeito positivo.
  
José Trigueirinho Neto
https://www.otempo.com.br
 

Nenhum comentário:

Postar um comentário