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quinta-feira, 18 de outubro de 2018

PEDIR NÃO É EXIGIR



Nós não somos leitores dos pensamentos uns dos outros. Nós não conseguimos ler as mentes uns dos outros.

Se eu quiser ou precisar de algo, posso sempre pedir. Eu tenho o direito de pedir. Pedir não é um ato egoísta, desagradável ou narcisista. Pedir também pode ser uma expressão de amor. Uma forma de conectar através da nossa vulnerabilidade.

Eu não espero que ninguém consiga ler o meu pensamento para saber, por artes mágicas, o que eu quero, preciso ou sinto, para me satisfazer automaticamente, sem que eu precise de falar. Eu não vou confundir o amor com a leitura do pensamento. (Esta é uma ferida profunda da infância).

Eu posso sempre pedir. Pedir não é o mesmo que exigir. (Não importa o que nos ensinaram).

Ao pedir, eu dou liberdade à outra pessoa para me dar o que eu quero, ou não. Para me ouvir, ou não. Para me levar a sério, ou não. Para ser empático e amoroso, ou para me envergonhar por pedir. No pedir, eu descubro o outro. Passo a conhecê-lo mais profundamente.

No exigir, há a ameaça de punição. No exigir, faço da outra pessoa meu escravo. 
 
No pedir, há espaço. Há espaço para o sim e para o não. No pedir, há amizade, respeito, confiança.
 
Eu próprio não pretendo ser um leitor de pensamentos! Eu não finjo que consigo saber, por magia, o que alguém está a sentir, a querer ou a necessitar. Em vez disso, eu posso perguntar. Respeitando o outro por perguntar. Ou dar-lhes espaço para falarem por si próprios. De qualquer maneira, eu posso ouvir os seus desejos. Mesmo se eles provocarem desconforto em mim.  
 
E eu aceito que às vezes eu possa estar preso nas minhas próprias projeções. Eu não sou um leitor de pensamentos. Por isso eu nunca tenho que me sentir culpado por não compreender na totalidade, a experiência da outra pessoa. Por mais que eu realmente me importe.
 
E ninguém mais é um leitor de pensamentos. Por isso eu não tenho que punir ninguém, ou tentar fazer que se sintam mal, por não me verem, por não me conhecerem, por não me preencherem.
 
Que alívio!

Por ser totalmente responsável pela minha própria felicidade. E por dizer a verdade. E para ser totalmente aberto para receber.


Jeff Foster
http://ventosdepaz.blogspot.com

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