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quinta-feira, 5 de janeiro de 2017

O QUE É MAYA, 
A ILUSÃO DO MUNDO MATERIAL


Por atrativo que seja o mundo, por atrativas que sejam suas posses, por atrativos que sejam seus amigos e parentes, tudo isso não passa de um espetáculo passageiro, são meras figuras cinematográficas que como chegam, saem. São figuras temporárias e fugazes. Não têm nenhum poder real, permanente.

A vida, o universo, a existência humana nada mais são do que um sonho, um fantasma, uma ilusão. Assemelham-se a cenas de um filme: não têm realidade própria. São precisamente quadros mentais atravessando vossa consciência. Todo este mundo que nos rodeia tem o mesmo valor que o que sonhastes na última noite, e nada mais. Quando acordastes soubestes que foi um sonho, mas até antes de acordardes, para vós era uma realidade.

Parece espantoso dizer que este mundo, que parece tão sólido, tão substancial e tão real, seja realmente feito de sonho, mas tomai o conjunto de vossa vida até esta manhã. Onde está ele? Para onde foi? Penetrou na memória. Tornou-se uma memória.

Os anos em que vivestes tão intensamente em meio das maiores exaltações, das mais dolorosas emoções, das mais fortes paixões e dos mais terríveis sofrimentos: onde estão eles agora? São apenas uma memória. Uma memória é um simples pensamento, uma ideia em vossa mente, nada mais que isso; quando muito um quadro mental.

Se todos os anos passados foram uma exibição de fugitivos e transitórios pensamentos, o que será de vossos futuros anos e do presente em que agora viveis? O presente se tornará passado, e o futuro igualmente se tornará passado. Desde que o presente, passado e futuro constituem o conjunto de vossa existência humana, o que sobra de vossa vida? Nada a não ser uma série de pensamentos que vêm e vão; portanto, do mais elevado ponto de vista, são ilusórios.

O homem deixa de ser enganado por Maya, a ilusão, apenas quando compreende a Realidade Eterna, que o aguarda em seu próprio Coração.
 
 
Paul Brunton
 
 
 
 
 
 
Diz Oscar Wilde que 'é a incerteza que nos fascina. Tudo é maravilhoso entre brumas'. Porém, Mario Quintana nos retira dessa 'bruma' ao poetizar: "Das ilusões Meu saco de ilusões, bem cheio tive-o. Com ele ia subindo a ladeira da vida. E, no entretanto, após cada ilusão perdida... Que extraordinária sensação de alívio!"
 
 

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