O QUE É MAYA,
A ILUSÃO DO MUNDO MATERIAL
Por atrativo que seja o mundo, por
atrativas que sejam suas posses, por atrativos que sejam seus amigos
e parentes, tudo isso não passa de um espetáculo passageiro, são
meras figuras cinematográficas que como chegam, saem. São figuras
temporárias e fugazes. Não têm nenhum poder real, permanente.
A vida, o universo, a existência
humana nada mais são do que um sonho, um fantasma, uma ilusão.
Assemelham-se a cenas de um filme: não têm realidade própria. São
precisamente quadros mentais atravessando vossa consciência. Todo
este mundo que nos rodeia tem o mesmo valor que o que sonhastes na
última noite, e nada mais. Quando acordastes soubestes que foi um
sonho, mas até antes de acordardes, para vós era uma realidade.
Parece espantoso dizer que este mundo,
que parece tão sólido, tão substancial e tão real, seja realmente
feito de sonho, mas tomai o conjunto de vossa vida até esta manhã.
Onde está ele? Para onde foi? Penetrou na memória. Tornou-se uma
memória.
Os anos em que vivestes tão
intensamente em meio das maiores exaltações, das mais dolorosas
emoções, das mais fortes paixões e dos mais terríveis
sofrimentos: onde estão eles agora? São apenas uma memória. Uma
memória é um simples pensamento, uma ideia em vossa mente, nada
mais que isso; quando muito um quadro mental.
Se todos os anos passados foram uma
exibição de fugitivos e transitórios pensamentos, o que será de
vossos futuros anos e do presente em que agora viveis? O presente se
tornará passado, e o futuro igualmente se tornará passado. Desde
que o presente, passado e futuro constituem o conjunto de vossa
existência humana, o que sobra de vossa vida? Nada a não ser uma
série de pensamentos que vêm e vão; portanto, do mais elevado
ponto de vista, são ilusórios.
O homem deixa de ser enganado por
Maya, a ilusão, apenas quando compreende a Realidade Eterna, que o
aguarda em seu próprio Coração.
Paul Brunton
Diz Oscar Wilde que 'é a incerteza que nos fascina. Tudo é maravilhoso entre brumas'. Porém, Mario Quintana nos retira dessa 'bruma' ao poetizar: "Das ilusões Meu saco de ilusões, bem cheio tive-o. Com ele ia subindo a ladeira da vida. E, no entretanto, após cada ilusão perdida... Que extraordinária sensação de alívio!"
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