Translate

segunda-feira, 23 de janeiro de 2017

A RENOVAÇÃO PLANETÁRIA 

 

 

Ensinamentos do Espiritismo 

 

No Apocalipse de João, previa-se que após uma prisão de mil anos, Satanás seria solto, por um pouco de tempo, mas era conveniente que ele fosse solto. E nesses fins de tempos, o Satanás bíblico não é uma besta com chifres, rabo e corpo caprino: é o sexo desenfreado, o uso de drogas e alucinógenos, os alcoólicos, a violência, a ganância, o individualismo, o egoísmo desmedido. E a isto tudo soma-se o ataque planejado das sombras, seduzindo os incautos, arrastando os débeis, acorrentando os invigilantes.
 

A Humanidade caminha a passos largos para seu destino, e como a semeadura é livre e a colheita é obrigatória, estaremos, em breve, conhecendo os frutos do que semeamos nos Tribunais de Justiça da Natureza, segundo o qual a cada um será dado conforme as suas obras. Foi aberto o sétimo selo. As furnas e cavernas, os lugares tenebrosos, já estão recebendo o bafejo salutar das Luzes da Nova Era.
 

Os Espíritos recalcitrantes que por ali demoram estão sendo trazidos ao convívio da humanidade para uma última tentativa de regeneração, antes de serem lançados, caso não aceitem essa renovação, para a Grande Noite que representará o expurgo dos rebeldes e recalcitrantes."E o Senhor virá do céus, julgar os vivos e os mortos".

Com esta afirmação estais diante da realidade do momento: o julgamento. Durante séculos tivestes, como tribunal de justiça, apenas vossa própria consciência. Nada além dela vos julgou: as Leis espirituais apenas se cumpriram, a Lei do Retorno se cumpriu dentro dos princípios da Reencarnação; vossa consciência, auxiliada pelo Evangelho do Mestre, iluminada pela Codificação de Kardec, açulada pela Lei da Ação e Reação, tem vos impulsionado para uma ascensão espiritual. Apesar de todos esses recursos utilizados pela evolução vosso progresso moral tem sido relativamente pequeno e muito aquém das expectativas, se considerardes o número de vidas que já tivestes. Automatismos, meros choques de retorno e muito raramente ações conscientes.

Durante o desenrolar dos séculos, fostes infratores da Lei, jamais cooperadores. E, se tivésseis espontaneamente aprendido a cooperar com a Lei, vossa evolução dar-se-ia de maneira mais rápida e principalmente de maneira mais indolor. Contudo, preferis, graças à proverbial teimosia humana, seguir a via demorada e dolorosa. E como sempre existiu a Lei, e é de Lei que haja o Livre Arbítrio, vossa escolha é respeitada. Cada qual tem liberdade para optar pelo caminho que melhor lhe aprouver.

Raros escolhem, contudo, o caminho da resignação à Lei, a atitude de cooperadores com o grande Plano Evolutivo, oculto atrás das grandes dores e tragédias que assolam a humanidade na forma de retificação. Forjando vosso próprio destino, vossas vidas sucessivas têm sido um desencadear de fracassos, uma sequência trágica de loucuras, nas quais querendo talvez imitar o Criador, vos julgais acima das contingências e cometestes descalabros que terminaram por comprometer seriamente vosso equilíbrio espiritual. E a Lei, sempre magnânima e justa, tem permitido ao homem criar para si mesmo o leito de dor no qual ele deverá deitar-se mais tarde, quando do retorno às paragens terrestres.

Entretanto, está chegando o momento em que a Lei deverá intervir, como medida de profilaxia espiritual. Para o benefício da própria humanidade terrestre, a Lei Espiritual deverá intervir e proceder uma triagem espiritual, via expurgo.

Importante anotar que, falando de expurgo, tem-se a errônea noção de que a Lei punirá os delinquentes e infratores, num processo sádico de vingança contra aqueles que se negaram à obedecer às Leis e princípios evangélicos. Nada mais falso que essa ideia. O expurgo que se processará, o julgamento dos vivos e dos mortos, nada mais é que uma seleção natural das espécies, pelo critério de sobrevivência, neste Orbe, dos mais aptos a permanecerem aqui.

Quando se lança sementes ao solo, dá-se a todas elas iguais condições de luz, umidade, adubo, etc. Quando estas germinam, são transplantadas para os canteiros as que têm mais condições de se desenvolver, e as mais fracas são postas de lado. O mesmo critério está sendo adotado na atualidade. A todos foram dadas iguais oportunidades de se desenvolverem espiritual e moralmente. A todos têm sido prodigalizados ensinamentos "às mãos cheias". Porém, poucos têm realmente aproveitado esse maravilhoso manancial de ensinamentos, confirmando as proféticas palavras do Mestre na parábola do banquete, onde muitos são os chamados, mas poucos são os escolhidos. Poucos os que poderão envergar as vestes brancas exigíveis para o banquete celestial.

Assim também, com a germinação das sementes. Embora dando iguais condições a todas, nem todas têm germinado como era de se esperar, em face das condições que o Divino Jardineiro lhes oferece. E assim como as sementes não germinadas e os brotos raquíticos são lançados fora, também é chegado o momento de averiguação dos ensinamentos que germinaram no coração dos homens e estão frutificando. Mais de uma vez o Mestre vos advertiu da necessidade de frutificar. Falando da figueira que não frutificava e que foi cortada e lançada fora, queria Ele simbolizar vossa conduta frente aos Evangelhos e às Leis.

Na natureza tudo é parcimonioso e tudo tem uma utilidade e uma razão para existir. Vós na ignorância da grandiosidade do esquema evolutivo, não conseguistes captar a sequência lógica dos fatos; considerastes supérfluos os aspectos que estão inextricavelmente ligados ao todo. O mesmo sucede ao homem. E, se após tanto conhecimento e oportunidades, ele continua refratário à evolução, impermeável às exortações superiores, fechado a qualquer renovação interior, resta à Lei apenas um recurso extremo, o recurso do choque.

Por esse recurso queremos dizer que, com o choque resultante da primitividade das futuras novas moradas, o homem provavelmente poderá despertar para a sua dolorosa realidade de pária, não porque o Pai o deserdou, mas antes pela sua própria incúria e teimosia.

Esse julgamento já está sendo feito paulatinamente. Muitos seres têm sido trazidos de furnas e cavernas, lançados em redes magnéticas, quase que sob coação, para receberem o bafejo salutar da renovação. Os duros, os empedernidos, os recalcitrantes enfim, aqueles que perseveram em suas posições retrógradas, estão sendo preparados para essa Longa Noite. Reencarnarão em orbes de aspecto primitivo e, à maneira dos capelinos, os terráqueos terão que se defrontar com um planeta primitivo, rude, em fase de evolução ainda muito primária.

A adaptação às condições da nova morada, exigirá um esforço muito doloroso. O processo será realmente severo se considerardes o nível de avanço moral do vosso orbe, as facilidades da moderna tecnologia e da vida que o homem vem desfrutando, em face da conquista da natureza, em seu aspecto forma. E, privado de tudo isso, terá o expatriado que recomeçar. Recomeçar por dominar a natureza que será bastante inóspita nesses orbes ainda selvagens. Recomeçar por estabelecer a ordem e os princípios da civilização onde predomina o instinto animal de sobrevivência do mais forte. E o "olho por olho" será então o princípio vigente nas novas condições de vida.

No entanto tudo isso poderá ser evitado se o homem entender, embora às últimas horas, que deverá processar a sua reforma íntima, deverá buscar os valores do espírito e aceitar que é necessário controlar o animal, para que nasça o anjo.

Névoas densas, brumas, tempestades climáticas, solo inóspito, violência, ausência de recursos de toda sorte, serão os acicates que esse planeta inóspito utilizará para despertar os recalcitrantes, os calcetas da Lei. E, no entanto, essa é a Lei do Amor, por paradoxal que possa vos parecer. A Lei quer o crescimento do espírito, a evolução que é a transformação em realidade ativa, daquilo que sois potencialmente: seres perfeitos.

Esse alerta é justamente para que possais compreender a gravidade da hora que passa. Momento decisivo na história de vossa evolução. Uma oportunidade de ouro em que os minutos se contam como se fossem séculos. É preciso não deixar passar essa preciosa oportunidade.

É momento de renovação interior, de mudança de rota, de modificações drásticas no roteiro para que possais estar entre aqueles que ficarão à direita do Cristo.
 

Importante também é não esquecer que, se nessas horas decisivas, as forças da Sombra atuam no sentido de vos alcançardes com suas malhas, também a Espiritualidade Superior está trabalhando para redimir aqueles que estão dispostos a aceitar o Cristo em seus corações, inaugurando uma nova fase em suas vidas, onde haja mais amor e compreensão. É preciso apenas que estejais predispostos a aceitar essa renovação. Que estejais prontos a aceitar o Cristo, a aceitar a renovação dos costumes, dentro de uma linha de maior simplicidade, de maior desprendimento, de uma vida sem os desregramentos do sexo, sem obsessão pelo consumo, sem a corrida egocêntrica pelo acumular, ter, possuir, em detrimento do irmão que morre à míngua de recursos.
 

O excesso que sobra em vossas mesas é o essencial que falta na mesa do próximo. As roupas que acumulais no guarda-roupas, resulta no corpo nu de vosso irmão. As propriedades que tendes e não podereis quase desfrutar, resulta na falta de moradia do próximo. Nunca a ganância atingiu um nível tão sórdido como neste século de grandezas e misérias. Pedimos ao Pai que abençoe a todos vós, nessa hora apocalíptica que estais passando. Que cada um possa aproveitar a oportunidade que o momento apresenta. Cada passo dado em direção à renovação interior, significa uma enorme economia de tempo no plano evolutivo. A Lei não quer punir, mas educar. E cada um aprende da maneira que melhor lhe aprouver. Ou pelo amor, ou pela dor.

Que as Luzes do Terceiro Milênio se derramem sobre todos vós...


Fonte: yoga-ensinamento

 

Nenhum comentário:

Postar um comentário