AS PESSOAS SÁBIAS
NÃO PROCURAM MUDAR NADA
A pessoa sábia, portanto, não procura mudar nada —
Apenas a realidade existe e você é Ela.
Apenas a consciência existe e você é Ela.
Apenas o amor existe e você é Ele.
Se você apenas percebesse quem você é você iria ser a pessoa mais feliz que jamais existiu, e eu digo feliz, totalmente feliz, de felicidade imutável.
Uma coisa dessas existes? Sim, existe.
Paz imutável.
Amor imutável.
Apenas a consciência existe e você é Ela.
Apenas o amor existe e você é Ele.
Se você apenas percebesse quem você é você iria ser a pessoa mais feliz que jamais existiu, e eu digo feliz, totalmente feliz, de felicidade imutável.
Uma coisa dessas existes? Sim, existe.
Paz imutável.
Amor imutável.
Mas você escolheu se identificar com maya (ilusão), com a irrealidade, e por isso você acha que sofre.
Você acredita que sua vida não é o que deveria ser.
Você se compara aos outros.
Você quer fazer mudanças.
Como você deve saber a essa altura, quando você faz essas mudanças elas duram pouco, e então você volta ao que era antes.
Você acredita que sua vida não é o que deveria ser.
Você se compara aos outros.
Você quer fazer mudanças.
Como você deve saber a essa altura, quando você faz essas mudanças elas duram pouco, e então você volta ao que era antes.
A pessoa sábia, assim, realmente não busca mudar nada. Elas se tornam
quietas. Elas tem paciência. Elas trabalham sobre si mesmas. Elas
observam seus pensamentos, suas ações e se veem ficando com raiva,
observam-se entrando em depressão, observam-se ficando com ciúmes e
inveja e todo o resto. Aos poucos elas percebem, “isso não sou eu. Isso é
hipnose, é uma mentira”. Elas não reagem ao condicionamento. Quanto
mais elas não reagem às condições, mais elas se tornam livres. Elas não
se importam com que os outros estão fazendo. Não se comparam a ninguém.
Não competem com ninguém. Simplesmente tomam conta de si mesmas. Atentas
a si mesmas. Elas veem a confusão mental. Elas não correm por aí
gritando, “Eu sou a realidade absoluta. Eu sou Deus. Eu sou
consciência”. Ao invés disso, elas veem de onde estão vindo e deixam
todos os demais em paz.
Um ser assim se abre muito rápido. Não faz diferença que categoria
essa pessoa é. Não importa, porque tal ser já está livre. Quando a mente
descansa no coração, isso significa que a mente não se projeta pra fora
e não se identifica mais com o mundo, quando a mente descansa no
coração há paz, há harmonia, há puro ser. Quando você permite à sua
mente sair fora de Si mesmo, ela começa a comparar, a julgar, começa a
se sentir ofendida, e não há paz. Não há descanso.
Como começar? Bem, primeiro você percebe o lugar em que está
exatamente agora, não importa se acha que é bom ou mau, feliz ou triste,
rico ou pobre, doente ou saudável, o lugar onde você está neste
momento é o lugar certo. Esse é o começo. Pare de querer ser alguém
diferente. Pare de querer mudar sua vida. Você está no lugar certo,
agora, exatamente como você é. Se você consegue ficar feliz e em paz no
lugar onde você está agora, de repente você vai ver que as
circunstâncias vão mudar a seu favor, e novamente você estará no lugar
certo. Qualquer mudança que vier na direção do seu corpo e mente, você
está no seu lugar certo. Quanto mais você observar isso, mais conseguirá
ver o que eu falei intelectualmente, inteligentemente, mais pacífico
você se torna, mais padrões kármicos começam a se dissolver e você
começa a acordar.
Pode ser gradual no começo. Você nota que as coisas que geralmente te
incomodavam não mais te incomodam. Você nota que as pessoas com as
quais você convive, os conflitos que tinham, eles param porque você
parou. Não há mais tentativas de compensar nada. Não há mais tentativa
de vencer nada. Não há mais tentativa de achar o livro certo, o
professor certo ou a coisa certa. Você se mantém centrado. Você se
mantém livre. Quando algo aparece, seja bom ou mau, você simplesmente
senta onde você está e pergunta, “Para quem isso está vindo?”, e você
ri, porque você se separou de sua mente-corpo e começou a perceber que
sua mente-corpo vai passar pela experiência mas não você.
Então não há nada com o que se preocupar. Nada a temer. Nada pode lhe
perturbar. Nada pode lhe machucar. Você percebe que qualquer coisa que
alguém faça ao seu corpo, fisicamente, ou com palavras, ou de outra
maneira, não pode jamais, jamais lhe machucar, porque você não é seu
corpo. Não importa o que alguém lhe diga, não importa o que você veja
com seus olhos, não pode lhe afetar, porque você não é sua mente. Na
verdade você separa a Si mesmo de seu corpo e da sua mente.
Isso é só o começo. Conforme você avança, sua mente e seu corpo caem.
Não significa que você morre. Significa que eles se tornam menos e
menos importantes pra você, e você não se identifica mais com elas. Você
sabe, e sente, e experimenta, que seu corpo e sua mente não existem, e
ainda assim você existe. Você não existe como seu corpo ou sua mente.
Você existe como realidade absoluta, como consciência, e não mais
acredita que seu corpo e sua mente são uma modificação da consciência.
Você simplesmente sabe que não há corpo nem mente. Você é sem ego. Não
há razão para seu corpo, mente e o mundo existirem.
Você pode primeiro sentir isso levemente, mas notará que quanto
maior a sensação, maior a felicidade. Você estará começando a se fundir
na consciência. Você está começando a sentir a realidade. O mundo vai em
frente, as pessoas fazem o que sempre fazem, e ainda assim você vê tudo
diferentemente. Você não vê mais o mundo que costumava ver. É como ler
uma revista. As imagens na revista estão na sua frente mas você não é a
revista nem as imagens. Quem você é ainda pode ser um mistério.
Lembre-se, enquanto você puder expressar algo, não é isso. Portanto você
não sai por aí dizendo a todo mundo, “Eu sou realidade pura”, ou “Eu
sou a consciência”. Você se mantém em silêncio. Pelos frutos você os
conhecerá. Você se torna uma luz num mundo de escuridão. As pessoas
automaticamente cercam você e se sentem bem ao seu redor. Você encontrou
a paz. Sempre foi você. Na verdade você não achou nada. Você
simplesmente se tornou você mesmo.
Robert Adams
Fonte: http://dharmalog.com
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