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sexta-feira, 30 de janeiro de 2015

COMO PODEMOS ACEITAR 
O SOFRIMENTO DO MUNDO ?



Quando confrontados com “imagens” como esta
podemos nos sentir tão fracos, tão instáveis
como se estivéssemos vivendo num mundo 
que enlouqueceu e está fora de controle.
Parece que tudo é um pesadelo...  como se um demônio 
ou alguma força negra estivesse dominando.


Alguns começam a falar da proximidade do Apocalipse. Realmente se parece com o fim do mundo daquele conto de ficção que um dia imaginamos. De nossa frustração e decepção,
a raiva pode aparecer, a tentativa final do ego
de controlar as coisas.


  Essa é a hora de cantar mais alto nossas músicas de amargura, derrota e fúria desenfreada? É a hora de desistir?
A filosofia do niilismo estava correta, no fim das contas?
 É o mundo um engano sem significado,
uma aberração da consciência,
um desperdício do tempo de todo mundo?


No meio da devastação procuramos respostas, 
causas, alguém ou algo a quem culpar,
uma saída para toda essa confusão,
essa energia de vida não processada.
Culpamos os assassinos? Os pais deles?
Toda a sociedade? O cérebro humano?
A comida que comemos? Químicos? 
As estrelas? Nossos governos? Religiões? 


Reduzimos os assassinos a loucos doentes, 
desenganados e malignos?
 Vamos à guerra com eles como eles vieram 
à guerra conosco, desejando mais mortes
 sobre eles e seus parentes? Entramos naquela 
velha história de bem versus mal,
nós contra eles? Nós avançamos na solidificação 
de nossa identidade com
 um senso de eu construído pela mente?


Voltamo-nos para mestres espirituais 
a fim de nos confortar com conversas sobre a natureza ilusória da vida e da não-realidade de tudo que vemos?
Nós regurgitamos palavras como “nada importa”, 
“é tudo um jogo inocente de maya” e 
“ninguém tem escolha mesmo”? 
Nós chamamos o que vemos de “ilusão”,
nos poupando da dor de ter que confrontar
 a confusão e o aparente descontrole dessa 
manifestação relativa e impermanente?


Fingimos que os eventos do mundo não tem nada a ver conosco,
que tudo está desconectado e que somos
 ilhas em nós mesmos?
Descemos ao solipsismo? À anarquia?
Fechamos nossos corações de maneira ainda mais forte 
do que ele já está (fechado), construímos muros ainda mais altos e vivemos em um estado protegido do medo?
Desistimos deste mundo e sonhamos
com uma vida perfeita após a morte?


Nós buscamos conclusões sobre quão bom ou mal é o universo, fixando uma visão otimista ou pessimista? 
Usamos a “realidade” do noticiário como uma desculpa 
para desistir, para nos fechar, para esquecermos 
quem realmente somos? Deixamos os “terroristas” vencerem 
ao viver nós mesmos em terror e aterrorizando 
os outros que classificamos como “maus”?
 Nós acrescentamos problemas aos que vemos?


Ou usamos a aparência dos problemas para olhar
 mais profundamente para nós mesmos e o jeito
 que vivemos e tratamos os outros?
Vemos a loucura como um chamado para a claridade?
A violência como um chamado para o amor? 
A dor como um chamado para a compaixão?
 O terror como um chamado para lembrar e expressar 
mais profundamente e com mais convicção
 aquela infinita inteligência que nós somos?

 
Que “notícias” estamos ensinando às nossas crianças? 
Estamos lhes ensinando que elas nasceram num mundo essencialmente assustador, mau e doente e que  
deveriam viver com medo e ódio? 
Ensinamos que a violência é inevitável,
que está “embutida” em nossa natureza? 
Ou lhes ensinamos que os assassinatos e as torturas  
que vemos no noticiário todos os dias brotam de um profundo esquecimento de quem somos, de uma crença falsa 
e desorientada de separação?


Estamos lhes ensinando a desistir de seus sonhos 
porque existem pessoas más lá fora que desejam lhes impedir? Estamos lhes ensinando a desistir do amor,
 a desistir da compaixão, a desistir da mudança, 
a desistir da humanidade, a desistir da alegria 
por causa de todas as “notícias”? Estamos lhes ensinando 
a focar no que está errado com o mundo, a se apegar ao negativo, a cantar músicas de derrota e desilusão?
 Estamos lhes cegando para o “negativo” ao focá-los exclusivamente no “positivo”? 


Ou estamos lhes ensinando a reconhecer a violência do mundo,
a dor dele, mas a ver que toda essa tristeza é parte de uma realidade infinitamente maior, uma realidade onde tudo está interconectado e tudo importa e tudo está em equilíbrio 
e nada está escrito em pedra? 

 

Não use as “notícias” como uma desculpa para parar
de viver sua verdade, nem por um momento sequer.
 Não acredite, nem por um segundo, que há uma força chamada “maldade” capaz de vencer a Vida.
O terror não pode vencer, porque ele nasce de um engano grosseiro a respeito de nossa natureza.
Nós estamos apenas nos machucando,
nos esfaqueando, nos matando...  e lá no fundo 
sabemos disso e sempre soubemos.


Uma onda nunca pode estar separada do oceano nem 
de nenhuma outra onda, e para além de nossas diferenças 
de opiniões e crenças, somos todos movimentos
de uma Única Vida, da verdadeira Força que vai além da força mundana das armas e de machados pingando sangue. 
Ensine a seus filhos a realidades do mundo, sim, 
porém, mais importante que isso, ensine-os 
a reconhecerem a realidades de seus corações
e dos corações daqueles que chamamos de “outros”.


Deixe a onda atual de violência servir, na verdade, 
para aprofundar sua convicção na eterna e inatingível bênção da Presença que você sempre soube, e reconfirmar sua intenção de acabar com toda violência em você mesmo, 
a viver como você sabe que pode viver. Não permita que as “notícias” ou as  histórias selecionadas e apresentadas a você como notícias lhes distraiam da Verdade.
                
 Mantenha seus olhos no prêmio.

Jeff Foster


Se não estivermos em constante conexão com a Realidade Superior não conseguiremos entender nem aceitar o sofrimento do mundo. "Mantenha seus olhos no prêmio", diz Jeff Foster. Suponho que ele está nos convidando para sermos mais tolerantes, mais amorosos, mais compreensivos, mantendo, assim, nossos olhos no prêmio, que é o merecimento divino. Que importa se outros queiram continuar a respirar essa poeira contagiante que resulta dos confrontos, da angústia, do sofrimento ... Todos esses movimentos, aparentemente negativos, é o resultado do reajustamento do planeta se curando daquilo que erradamente fizemos para ele ao longo dos anos. Nada conhecemos dos "Mistérios de Deus", então acreditemos e respeitemos o que está destinado para a humanidade, que certamente é o melhor, pois Deus é puro amor. Lembrei-me agora do velho ditado que diz: "Deus escreve certo por linhas tortas". KyraKally



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