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sábado, 1 de agosto de 2015

O PODER DA UNIDADE

 Disse Jesus:
"Se duas pessoas fazem a paz
na mesma casa,
dirão a uma montanha: "afasta-te"
e ela afastar-se-á"

Eis o poder da paz, da unidade!
Que se pode fazer contra um homem tranquilo, unificado?
Que se pode fazer contra duas ou três pessoas 
bem harmonizadas?
 
As montanhas, as dificuldades, afastam-se. 
É como se tivessem o apoio de toda Natureza,
 do Uno que se manifesta em sua harmonia.

Antes de desejar levar a paz para a casa dos outros
 é necessário começar em sua "casa", fazer a paz 
com as partes "inimigas" de si mesmo, seja o instinto,
 a emoção ou o intelecto. Enquanto houver divisão
 em nós mesmos, não serão os obstáculos que encontramos expressões de nosso próprio caos?

'Encontra a paz interior, dizia São Serafim de Sarov,
 e uma multidão será salva ao teu lado". 
Um homem tranquilo, um homem feliz
 é fonte de paz e de felicidade para toda a humanidade.
 O que não fariam dois ou três?

Para Clemente de Alexandria, "transportar" montanhas significa nivelar as desigualdades entre os homens, 
tornar possível o encontro. A Paz permite que a Unidade 
 de todos os seres se manifeste no momento em que a temos 
ou então, a cobiça ergue montanhas entre eles...
 
A "fé é que transporta montanhas". 
Ora o que é a fé senão a Unidade da inteligência 
com o coração? A paz realizada entre esses "dois" que, 
muitas vezes, se opõem na mesma casa: 
o discernimento e a afetividade?

A fé é indissociavelmente, um movimento 
da inteligência para a Verdade e um ato de confiança. 
A fé é aderir com todo o seu ser ao que é reconhecido 
 como verdadeiro e justo. Essa adesão íntima e total
 implica uma grande potência assim como 
uma grande lucidez: " Vai além da razão,
 mas não contra a razão". E o que tinha a aparência 
de montanha revela-se à luz dessa força clarividente 
e viva como um simples ninho de toupeira."
 


Jean-Yves Leloup 



Deus não mostra o Caminho, mas nos conduz através da fé. Se não confiarmos naquilo que não vemos, certamente não encontraremos o Caminho e,  para encontrá-lo teremos que abandonar o supérfluo, aquelas coisas as quais nos apegamos, nos agarramos supondo serem essenciais para nos suprir, para nos manter vivos, pois é justamente o contrário: o que nos mantém vivo não é deste mundo. KyraKally

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