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quinta-feira, 13 de agosto de 2015

MALEDICÊNCIA - 
NÃO FALES MAL DE NINGUÉM

Toda pessoa não suficientemente realizada em si mesma 
tem a instintiva tendência de falar mal dos outros
Qual a razão última dessa mania de maledicência?
 
É um complexo de inferioridade 
unido a um desejo de superioridade.
Diminuir o valor dos outros dá-nos a grata ilusão 
de aumentar o nosso valor próprio.
 
A imensa maioria dos homens não está em condições 
de medir o seu valor por si mesma. 
Necessita medir o seu próprio valor 
pelo desvalor dos outros.
 
Esses homens julgam necessário apagar 
as luzes alheias a fim de fazerem brilhar
 mais intensamente a sua própria luz.
 
São como vaga-lumes que não podem luzir 
senão por entre as trevas da noite, 
porque a luz das suas lanternas fosfóreas é muito fraca.
Quem tem bastante luz própria não necessita 
apagar ou diminuir as luzes dos outros 
para poder brilhar.
 
Quem tem valor real em si mesmo 
não necessita medir o seu valor pelo desvalor dos outros.
Quem tem vigorosa saúde espiritual 
não necessita chamar de doentes os outros 
para gozar a consciência da saúde própria.
 
As nossas reuniões sociais, os nossos bate-papos são, 
em geral, academias de maledicência.
 
Falar mal das misérias alheias é um prazer 
tão sutil e sedutor – algo parecido com whisky,
 gin ou cocaína – que uma pessoa de saúde moral precária facilmente sucumbe a essa epidemia.
 
A palavra é instrumento valioso para o intercâmbio 
entre os homens. Ela, porém, 
nem sempre tem sido utilizada devidamente.
Poucos são os homens que se valem 
desse precioso recurso para construir esperanças, 
balsamizar dores e traçar rotas seguras.
 
Fala-se muito por falar, para “matar tempo”. 
A palavra, não poucas vezes, converte-se em estilete 
da impiedade, em lâmina da maledicência 
e em bisturi da revolta.
 
Semelhantes a gotas de luz, as boas palavras 
dirigem conflitos e resolvem dificuldades.
Falando, espíritos missionários reformularam 
os alicerces do pensamento humano.
Falando, não há muito, Hitler hipnotizou multidões, enceguecidas, que se atiraram sobre outras nações, transformando-as em ruínas.
 
Guerras e planos de paz sofrem 
a poderosa influência da palavra.
Há quem pronuncie palavras doces, 
com lábios encharcados pelo fel.
Há aqueles que falam meigamente, 
cheios de ira e ódio. São enfermos 
em demorado processo de reajuste.
 
Portanto, cabe às pessoas lúcidas e de bom senso, 
não dar ensejo para que o veneno da maledicência 
se alastre, infelicitando e destruindo vidas.
Pense nisso!
 
Desculpemos a fragilidade alheia,
 lembrando-nos das nossas próprias fraquezas.
Evitemos a censura.

A maledicência começa na palavra 
do reproche inoportuno.
Se desejamos educar, reparar erros, 
não os abordemos estando o responsável ausente.
 
Toda a palavra torpe, como qualquer censura contumaz,
 faz-se hábito negativo que culmina por envilecer 
o caráter de quem com isso se compraz.
 
Enriqueçamos o coração de amor 
e banhemos a mente com as luzes da misericórdia divina.
Porque, de acordo com o Evangelho de Lucas, 
“a boca fala do que está cheio o coração”.



Texto extraído do livro “A Essência da Amizade”
 de Huberto Rohden




Convém observar o que pensamos, sentimos e fazemos antes de apedrejar o outro. "... quem dentre vós não tiver nenhum pecado, que atire a primeira pedra... " Estamos aqui para nos tornar melhores, mais amigos, mais fraternos... sempre mais e mais positivos. Comecemos conosco essa mudança, olhemos para nós mesmos frente ao espelho da vida... somos totalmente evoluídos sem nenhuma sombra de dúvidas ? Ora, ora, temos, sim, muito trabalho pela frente. KyraKally

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