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segunda-feira, 3 de agosto de 2020

A VERDADEIRA VITÓRIA É VENCER A SI
PARA TRANSFORMAR O MUNDO

"Quem conhece os outros é inteligente.
Quem conhece a si mesmo é iluminado.
Quem vence os outros é forte.
Quem vence a si mesmo é invencível".
(Lao Tsé)

Como se viu até aqui, o desenvolvimento de Hércules é acompanhado por um grande Ser que preside aos valores internos dos homens. Responsável por seguir o crescimento de grande número de almas, no nível em que vive e em que tem sua consciência, esse Ser irradia o que é necessário para o herói nesse período de sua vida sobre a Terra, a fim de que ele possa realizar-se como indivíduo espiritualmente consciente. O grande Ser percebe, então, que Hércules precisa vencer uma prova que evoque seu equilíbrio e discernimento. Assim, nova tarefa o espera: a de capturar um javali devastador de terras.

O que se constata aqui é que, até certo ponto da evolução do homem, a tarefa de dominar e transformar o desejo é considerada difícil, pesada e triste, além de preocupante. Depois de determinado momento, quando o ser está habituado a entregar-se à purificação, o trabalho sobre o desejo humano arraigado torna-se peso leve, encarado com jovialidade e alegria. À medida que o homem alinha sua personalidade com as energias do próprio eu interno, usufrui da alegria desse núcleo, que não conhece as penas comuns do emocional e do mental.

Sabe-se que o desejo não pode ser controlado pela força física e, tampouco, apenas pelo pensamento. E o desejo sempre retorna, se não é tratado por meio de outros processos.

Tomemos, como exemplo, a comida. A princípio, o homem, ainda instintivo, come por gula, e assim passa inúmeras encarnações, até que seu corpo físico dê sinais de cansaço, ou de doenças trazidas pelo excesso de ingestão alimentar e pela má digestão. Em seguida, decorre uma série de vidas nas quais ele se alimenta não mais por gula, mas para manter-se sadio, condição que já aprendeu a valorizar. Depois, num novo ciclo, o homem come para melhorar a vibração do próprio corpo, a fim de usá-lo no serviço da alma que o habita.

Em tempos passados, quem se sentisse culpado permanecia corroído por isso e, assim, passava até mesmo por estágios de purificação. Hoje, porém, o sentimento de culpa não tem mais razão de ser na vida do homem.

A forma real de se olhar para uma ação passada é encará-la como já efetuada. Em si, ela não pode ser desfeita, pois não é possível, na verdade, voltar atrás. Não se apaga nem se altera um ato já praticado. O que se pode fazer é reconhecê-lo bem claramente, ver suas consequências (até o ponto em que isso pode ser feito) e, em seguida, dispor-se a não mais repeti-lo. Com essa energia, que é o poder de decisão, meio caminho está percorrido na trajetória de se eliminar o sentimento de culpa. O restante vem em seguida: após decidir não mais repetir um ato negativo, a pessoa passa a praticar um oposto. Assim, o universo se reequilibra. Não há culpa, não há erro, mas experiência, que gera um comportamento mais maduro.

Conforme tivemos já a oportunidade de afirmar, seres de evolução superior estão mesclando sua consciência à consciência da Terra, e esta, como planeta, está sendo imbuída de consciência solar. Não há, por enquanto, como comprovar tal afirmativa, apesar de a maioria dos seres terrestres já sentir sua verdade no profundo do próprio ser. Quando os Trabalhos de Hércules foram revelados ao mundo, já continham, nas suas etapas finais, a alegria que prenunciava os tempos de hoje: agora, o homem ajusta seus padrões vibratórios aos do Espírito Único. Começa a erguer-se, após tanto tempo em que esteve “caído” na culpa.

José Trigueirinho Netto
https://www.otempo.com.br


Lembre-se: somente aquilo que não pode ser tirado de você é seu. Qualquer coisa que possa ser tirada de você não é sua. Não se agarre a ela, porque isso trará sofrimento a você. Não seja possessivo com relação a nada que possa ser tirado a você, porque sua possessividade criará angústia para você. Atenha-se ao que é realmente seu, àquilo que ninguém pode tirar de você. Isso não pode ser furtado, não pode ser roubado de você. Você não pode ir à bancarrota no que diz respeito a isso. Nem a morte pode levar. Se você conquistou sua consciência, então o corpo será queimado, voltará as cinzas, mas você não será queimado. Você permanecerá para sempre - você é eterno. Mas essa eternidade só pode ser conhecida quando você se tornar um mestre por sua própria conta.

Osho 
http://blogdoosho.blogspot.com


Para compreender a si mesmo profundamente, a pessoa precisa de equilíbrio  Muito poucas pessoas têm a inclinação ou o desejo de compreender profundamente este processo de dor e sofrimento. Temos mais oportunidades de dissipar nossas energias com absurdas diversões, conversas fúteis e ocupações inúteis, do que pesquisar, penetrar profundamente em nossas próprias demandas psicológicas, necessidades, crenças e ideais. Mas isto envolve vigoroso esforço de nossa parte, e como não queremos nos extenuar, preferimos fugir de todas as maneiras para satisfações fáceis. Se não fugimos através das diversões, fugimos pelas crenças, pelas atividades de organizações com suas lealdades e compromissos. Estas crenças se tornam um escudo, nos impedindo de conhecer a nos mesmos. As sociedades religiosas prometem nos ajudar a compreender a nós mesmos, mas, infelizmente, somos explorados e meramente repetimos suas frases e sucumbimos à autoridade de seus líderes. Assim essas organizações, com suas crescentes restrições e promessas secretas, nos levam a complicações posteriores que nos tornam incapazes de compreender a nós mesmos. Uma vez que nos comprometemos com uma sociedade particular, seus líderes e amigos, começamos a desenvolver lealdades e responsabilidades que nos impedem de ser completamente honestos conosco mesmos. Naturalmente existem outras formas de fuga, através de várias atividades superficiais. Para compreender a si mesma profundamente, a pessoa precisa de equilíbrio. Ou seja, a pessoa não pode abandonar o mundo, esperando compreender a si mesma, ou estar tão enredada no mundo que não há ocasião para compreender a si mesma. Deve haver equilíbrio, nem renúncia nem aceitação. Isto requer vigilância e profunda consciência. Devemos aprender a observar nossas ações, pensamentos, ideais, crenças, silenciosamente e sem julgamento, sem interpretar, de modo a sermos capazes de discernir sua verdadeira significação. Devemos primeiro estar cientes de nossos próprios ideais, buscas, desejos, sem aceitar ou condenar como sendo certos ou errados. Presentemente não podemos discernir o que é verdadeiro e o que é falso, o que é duradouro e o que é transitório, porque a mente está tão mutilada com seus próprios desejos autocriados, ideais e fugas que é incapaz de verdadeira percepção.

J. Krishnamurti
http://ww.jkrishnamurti.org

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