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quinta-feira, 26 de outubro de 2017

UM LUGAR QUE FAZ ECO



O Amor não deveria ser exigente senão, ele perde as asas e não pode voar, torna-se enraizado na terra e fica muito mundano. Então ele é sensualidade e traz grande infelicidade e sofrimento.   
 
O amor não deveria ser condicional, nada se deveria esperar dele. Ele deveria estar presente, por estar presente, e não por alguma recompensa, e não por algum resultado. 
 
Se houver algum motivo nele, novamente o seu amor não poderá se tornar o céu. Ele está confinado ao motivo, o motivo torna-se a sua definição, a sua fronteira. 
 
Um amor não motivado não tem fronteiras: É a fragrância do coração. E o fato de não haver desejo de algum resultado não quer dizer que não haja resultados. Há sim, e eles acontecem mil vezes mais, porque tudo o que damos ao mundo retorna e ressoa. 
 
O mundo é um lugar que faz eco. Se atirarmos raiva voltará; se dermos amor, o amor voltará. Mas, esse é um fenômeno natural, e não precisamos pensar sobre ele. Podemos confiar: isso acontece por si mesmo. Esta é a lei do Karma: Tudo o que semeia, colhe; tudo o que dá, recebe. 
 
Assim, não há necessidade de pensar a respeito, é automático. Odeie e será odiado; ame e será amado. É possível amar o mundo inteiro… O amor nunca deveria ser possessivo… Não deveria ser exclusivo, e sim inclusivo… Quando o amor é inclusivo, é capaz de reconhecê-lo como tal… Quando um amor é exclusivo, dedicado exclusivamente a uma pessoa, restringe tanto que acabará matando-o. Você estará destruindo sua infinitude… 
 
As pessoas deveriam amar… O amor não deveria ser apenas um relacionamento: deveria ser um estado do ser… E sempre que se ama uma pessoa, através dela, ama-se a todos…
 
Não se preocupe com a perfeição. Substitua a palavra “perfeição” por “totalidade”. Não pense que tem de ser perfeito, pense que tem de ser total. A totalidade dá-lhe uma dimensão diferente. 
 
Ame algo mais elevado, algo maior, algo no qual se perderá e que não possa controlar; pode ser possuído por ele, mas não pode possuí-lo. Então o ego desaparece e, quando o amor não tiver ego, ele será prece. 
 
Se tiver que ser um dançarino, a vida virá por aquela porta, porque ela pensa que é um dançarino. Ela bate na porta, mas não está lá; é um bancário. E como a vida vai saber que se tornou um bancário? Deus vem a si da maneira que ele quer que tu sejas; ele conhece apenas aquele endereço. Mas nunca é encontrado lá, está sempre em algum outro lugar, escondendo-se atrás da máscara de alguém que não é, com os trajes de alguém que não é você e usando o nome de alguém que não é você. 
 
Como espera que Deus possa encontra-lo? Ele segue procurando por você. Ele sabe o seu nome, mas você abandonou aquele nome. Ele conhece o seu endereço, mas você nunca morou lá; permitiu que o mundo lhe desviasse.

 
Osho
Fonte:https://portaldobudismo.org 
 

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