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domingo, 12 de fevereiro de 2017

PROFUNDAS REFLEXÕES



O Amor
 
Para realmente entender o que é o Amor é preciso perceber que ele não é um sentimento, pois o sentimento obrigatoriamente está sujeito a variações conforme ele é dirigido a esta ou àquela pessoa. Ele é então um Estado de Consciência que não depende das pessoas e das circunstâncias.

Amar não é, então, ter um sentimento por alguém, mas fazer todas as coisas com Amor: falar com Amor, andar com Amor, comer com Amor, respirar com Amor, estudar com Amor. É ter harmonizado todos os órgãos, todas as células e todas as funções para que Vibrem em uníssono com a Luz e a Paz.

Todas as manifestações do nosso ser estão, então, impregnadas de ondas, de fluidos Divinos. O Amor é um Estado de Consciência permanente: de dia, à noite, o homem vive neste Estado, ele está pronto para fazer tudo com alegria, e tudo o que ele faz é uma melodia.
 
 
O Silêncio
 
Está muito enganado quem pensa que o silêncio é necessariamente o deserto, o vazio, a ausência de toda a atividade, de toda a criação, numa palavra, o nada! Na realidade, há silêncio e silêncio… mas, de uma maneira geral, podemos dizer que existem duas espécies de silêncio: o da morte e o da vida superior. 
 
É precisamente este último que é necessário compreender e é dele que falamos aqui. Este silêncio não é uma inércia mas sim um trabalho, uma atividade intensa que se realiza no seio de uma harmonia perfeita. Também não é um vazio, uma ausência, mas uma plenitude comparável àquela que experienciam os seres unidos por um grande amor e que vivem algo tão intenso que não conseguem exprimi-lo por gestos nem por palavras. O silêncio é uma qualidade da vida interior.
 
 
O Pensamento 

O verdadeiro criador é o homem do pensamento; é no pensamento que as coisas se criam. No plano físico nada se cria, copia-se, imita-se, fazem-se uns pequenos trabalhos. A verdadeira criação tem lugar no mundo espiritual. Portanto, mesmo que comandem a matéria, a dirijam e a obriguem a trabalhar para eles, os materialistas perdem o reino do espírito: nivelam-se com a matéria, descem ao seu plano e, portanto,perdem o poder de comandar, perdem a sua força mágica.
É por isso que eu digo para vocês: se souberem utilizar a sua vontade, o seu pensamento, o seu espírito, para dar forma a todos os impulsos que vêm de dentro de vocês, tornar-se-ão criadores, serão grandes forças. Mas não tenham ilusões! Lá porque o seu pensamento obedece vocês, lá porque são capazes de fazer um trabalho de transformação interior, não imaginem que o plano físico também obedecerá a vocês! Muitas pessoas não veem a diferença e perdem a cabeça porque misturam os dois mundos. Há pouco falei dos enamorados, para os quais, quando têm um encontro marcado, o inverno se transforma em primavera. Essa primavera é real neles, mas no exterior continua a haver inverno. Se eles imaginarem que basta estender a mão e pronto, os pássaros virão cantar... 

Bem, podem esperar! Pois bem, é o que fazem alguns espiritualistas... Eles imaginam! Alguns até acreditam que, se pronunciarem certas palavras mágicas, se abrirá um rochedo como no conto "Ali-Babá e os Quarenta Ladrões", acreditam que lhes bastará dizer "Abre-te Sésamo!" para encontrarem tesouros que lhes permitirão viver na abundância até o fim da vida. Não, é muito mais razoável trabalhar do que estar assim à espera de tesouros.

Aliás, de uma maneira geral, as pessoas nunca devem iniciar uma atividade espiritual estando demasiadamente seguras de si próprias, pois essa segurança desencadeia outras forças que se opõem à realização. Já deveis ter notado isso. Comprometam-se a fazer determinado trabalho num certo dia e, passado algum tempo, já não têm qualquer desejo de o fazer. Contudo, se na altura em que se comprometerem estiverem sendo sinceros, estarão decididos a manter a sua resolução. Portanto, daqui para o futuro, não prometam muito intensamente, não anunciem os seus projetos a toda a gente, guardem os seus votos e os seus desejos só para vocês; assim, surgirão menos obstáculos a sua idealização. Eis uma questão que é muito importante conhecer.
 
E, mesmo quando obtiverem uma vitória, não se deixem adormecer, fiquem ainda mais vigilantes, porque o outro lado poderá atacá-los e, se deixarem surpreendê-los, poderão perder todas as vantagens que já adquiriram. São leis; como tudo está ligado, um movimento produzido numa região desencadeia outro movimento na região oposta. É por isso que, quando um Iniciado está a fazer um trabalho muito luminoso para toda a humanidade, mesmo sem querer ele desperta, suscita o outro lado, as trevas. Mas, como sabe isso, toma precauções. Não é por se despertar a hostilidade das forças tenebrosas que se deve renunciar a trabalhar para a luz. Também neste caso é necessário saber como não sucumbir, mas há que continuar o trabalho até à vitória e, ao mesmo tempo, aprender a utilizar as dificuldades como estimulantes.
 
 
A Palavra 

Ponha sua maior atenção em cada palavra que pronunciais, porque sempre existe na natureza um dos quatro elementos, a terra, a água, o ar e o fogo, que esperam o momento exato e propício para poder revestir com matéria tudo aquilo que expressais.

A realização do fato, comumente se produz muito longe da pessoa que tiver lançado as sementes, mas isso se produz infalivelmente.

Assim como o vento transporta as sementes e as semeia a distancias, as vossas palavras voam e produzirão em algum lugar do espaço os seus resultados bons ou maus, que no futuro retornarão sobre os seus emitentes.

Acostumem-se pois a falar com muito Amor para as flores, aos pássaros, as arvores, aos animais e aos seres humanos, seus irmãos, pois isto é uma prática divina.

Aquele que sabe pronunciar palavras que reconfortam, vivificam, inspiram e acendem o fogo sagrado, possui uma varinha mágica na sua boca.


O Trabalho  

Cada um deve estar comprometido, mobilizado para um trabalho. A Inteligência Cósmica não aceita que uma criatura fique desocupada: é preciso que se torne útil participando de um conjunto, de um sistema onde encontre o seu lugar. Porquê? Porque aqueles que vagueiam sem orientação, sem objetivo, acabam se tornado presas de forças obscuras, e logo chegam para eles a desagregação e a morte, primeiro no plano psíquico e depois também no plano físico. Então, cada um deve escolher uma direção precisa, comprometer-se com ela e, de algum modo, decidir por trabalhar.

O sentido da vida está no trabalho. Alguns dizem que está no amor, outros no poder, ou no estudo, ou no prazer. Não deixam de ter razão, mas desde que se tenha presente a ideia do trabalho, isto é, de orientar cada atividade para um objetivo benéfico para todos, um objetivo divino. Desconfiem de tudo o que não é orientado para um objetivo divino, pois por toda parte onde não entram a ordem e a harmonia, o que entra é o caos.

 
A Solidão
 
Mesmo tendo uma família, vizinhos, relacionamentos, muitas pessoas se queixam de solidão. Quanta ingratidão em relação à Inteligência Cósmica que povoou a Terra com tantas criaturas! Mesmo quando estão fisicamente sozinhos, elas deveriam sentir que, na realidade, têm uma família imensa: a sua família espiritual. Mas a consciência delas é tão limitada, enevoada, que elas não percebem isso. E este é o caso de milhões de seres no mundo: sentem-se sós, mas…

...O verdadeiro remédio para a solidão está na expansão da consciência. Mesmo que vocês não tenham pai, nem mãe, nem irmão ou irmã, nem qualquer outra família de sangue, e nem ninguém próximo com quem possam se comunicar, tudo isso ainda não seria um bom motivo para acharem que estão sós. Quando souberem e compreenderem que os seres humanos são irmãos e irmãs, filhos e filhas do mesmo Pai – o Espírito Cósmico – e da mesma mãe – a Natureza Universal – nunca mais se sentirão abandonados e nem infelizes.


A Abundância 

Para se viver na abundância, é preciso saber se privar: foi essa a compreensão do sábio. Ele diz para si mesmo: «Eu me privarei de alguns grãos de trigo, e isso me permitirá colher milhares». Em vez de comer esses grãos, ele os semeia, e logo há todo um campo para ceifar. Mas quem não tem essa sabedoria come todos os grãos e, após algum tempo, não lhe resta mais nada e está na miséria. É preciso comer, mas não tudo: deve-se semear o resto. 

Os grãos de que lhes falo são os seus pensamentos e os seus sentimentos que devem aprender a semear. Os pensamentos e os sentimentos podem, de fato, trabalhar para o bem de todos, mas desde que não sejam ‘comidos’, ou seja, que não sejam colocados a serviço de interesses egoístas. Quem sabe se privar faz colheitas tão abundantes que não só nunca mais lhe falta nada, como também pode alimentar um grande número de criaturas no mundo.


 
 Omraam Mikhaël Aïvanhov
 Textos extraídos da internet
 
 

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