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sexta-feira, 10 de fevereiro de 2017

O MISTÉRIO 
DO RELACIONAMENTO


 
Relacionamento significa algo completo,
acabado, fechado. O amor nunca é um relacionamento: amor é relacionar-se
- é sempre um rio fluindo, interminável


O relacionamento é um mistério. E, por existir entre duas pessoas, depende de ambas.
 
Sempre que duas pessoas se encontram, um novo mundo é criado. Justamente pelo encontro, um novo fenômeno vem à existência – o qual não existia antes, o qual nunca existiu. E através desse novo fenômeno, as duas pessoas são mudadas e transformadas.
 
Não relacionado você é de um jeito; ao se relacionar, imediatamente fica diferente. Uma coisa nova acontece.
 
Uma mulher, quando se torna uma amante, não é a mesma. Um homem quando se torna um pai, não é o mesmo.
 
Tente entender... Uma criança nasceu, mas não compreendemos um dos ângulos de modo algum – no momento em que a criança nasce, a mãe também nasce. Ela não existia antes. A mulher existia, mas a mãe, nunca. E uma mãe é algo totalmente novo.
 
Perceba... O relacionamento é criado por você, mas, por sua vez, ele também o cria.
 
Duas pessoas se encontram. Isto significa que dois mundos se encontraram. Não é algo simples – é muito complexo, é o que há de mais complexo. Cada pessoa é um mundo em si mesma – um complexo mistério com um longo passado e um futuro eterno.
 
No começo, apenas as periferias se encontram. Mas, se o relacionamento cresce intimamente, se fica mais próximo, mais profundo, então, pouco a pouco, os centros se encontram. Quando os centros se encontram é chamado de amor.
 
Quando apenas as periferias se encontram, há uma familiaridade - você toca a pessoa pelo lado de fora – só o contorno, então fica familiarizado. Muitas vezes, você começa a chamar essa familiaridade de amor. Então entra numa ilusão, pois familiaridade não é amor.
 
O amor é muito raro. Encontrar uma pessoa em seu centro é passar por uma revolução em si mesmo, porque se você quiser encontrar o centro do outro terá de permitir que o outro também chegue ao seu centro, terá de tornar-se vulnerável, absolutamente vulnerável e aberto.
 
É arriscado. Permitir que alguém chegue ao seu centro é arriscado, perigoso, porque nunca se sabe o que essa pessoa fará. E quando todos os seus segredos forem conhecidos, quando o que está oculto tornar-se visível, quando você tiver se exposto completamente, o que essa outra pessoa fará, nunca se sabe.
 
O medo surge. Eis porque nunca nos abrimos.
 
Basta uma familiaridade e pensamos que o amor aconteceu. As periferias se encontram, e pensamos que nós é que nos encontramos. Mas você não é a sua periferia. Na verdade a periferia é o limite onde você termina, apenas a cerca ao seu redor. Não é você!
 
Até mesmo maridos e esposas que vivem juntos por muitos anos, podem ser apenas familiares. É possível que não tenham conhecido um ao outro.E quanto mais você vive com alguém mais se esquece de que os centros continuam desconhecidos.
 
Portanto, a primeira coisa a ser compreendida é: não tome familiaridade por amor. Você pode fazer amor, pode estar sexualmente relacionado, mas o sexo também é periférico. A menos que os centros se encontrem, o sexo é apenas um encontro entre dois corpos. E um encontro entre dois corpos não é um encontro. O sexo também permanece na familiaridade – física, corporal, mas ainda familiar.
 
Você só se permite que alguém entre em você, em seu centro, quando você não está com medo, quando não está temeroso.

Então, a partir desse momento abra seu coração para o que está vindo, sem expectativas, sem racionalizações, apenas se entregue a essa compreensão e vivencie o amor. 
 
Simplesmente deixe ir...
 
 
Retirado do livro "Meu caminho - O caminho das nuvens brancas", Osho
Fonte: blogdoosho
 
 

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