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quarta-feira, 21 de dezembro de 2016

A CHAVE DO DISCERNIMENTO



Impessoalidade na Auto-observação



A autoimagem correta de um buscador da verdade não é uma imagem simples dele próprio como “um”. Se ele pensa que é apenas um, está enganando a si mesmo.


Ele deve ter uma imagem de si que inclui tanto uma visão da sua unidade como da sua multiplicidade. Ele tem muitos “eus” em si. Alguns destes “eus” procuram pela verdade universal, e outros boicotam esta busca.


Uma visão realista das suas contradições possui importância decisiva para a eficiência do estudante ao longo do Caminho. A busca da verdade universal acelera a luta interna em sua alma: seu combate principal é com ele mesmo.


A prática da observação das suas próprias falhas e contradições permite ao estudante não só compreender melhor a si próprio, mas também compreender melhor os outros. Deve levar em conta que as pessoas ao seu redor são tão contraditórias quanto ele, quer saibam disso ou não.


A vida do estudante de filosofia exige um grau de impessoalidade. Ele deve concentrar sua consciência no ponto mais nobre possível – situado no coração – e atuar a partir deste ponto. Cabe estimular o melhor nos outros, enquanto aprende a observar, compreender e eliminar o que haja nele próprio capaz de boicotar seu progresso espiritual, ou o progresso espiritual de seus companheiros.


Uma armadilha clássica consiste em pensar excessivamente nos erros dos outros; e, na verdade, tais falhas podem ser reais ou imaginárias. O peregrino não deve esquecer que os seus colegas de caminhada têm eus superiores, e que as almas espirituais deles devem ser trazidas para uma atuação mais forte através da constante ajuda mútua. Para alcançar a vitória, a boa vontade para com os outros deve ser impessoal, incondicional, e constante.


Carlos Cardoso Aveline


Fonte: Fonte: http://www.filosofiaesoterica.com
 

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