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quinta-feira, 22 de setembro de 2016

NOTAS SOBRE A VIDA


Parte II

 
A imperfeição, o conflito, cria a eu-consciência, o sentimento da individualidade.

O ser liberto não vive nem no futuro nem no passado, porém sim no presente, que contém todo o tempo.

A verdadeira piedade destrói a distinção entre “tu” e “eu”.

Libertação é estar isento da causa do egoísmo.

Quando o homem perceber que ele é o criador da tristeza, então, compreenderá a Verdade.

Deuses, Mestres, aparições e mistérios, não podem libertar o homem.

A sabedoria pertence à vida.

Para compreender a vida tendes em vista aquilo que é morte. Desse modo a vida passa por vós e vai adiante. A morte não pode pavimentar a estrada do entendimento.

Em absoluto não presteis culto.

Todo o momento de pensamento, todo o sopro de emoção, torna-se um degrau para chegar a essa verdade que é vida eterna.

A perfeição é divisível ao infinito, porém a imperfeição, a individualidade, é indivisível.

Para vos transformardes, renovai a mente.

Em vossa pesquisa pela verdade, buscai o essencial.

A individualidade não constitui um fim em si mesma. No frutífero contato com a vida ela perde sua separatividade.

Contra a autoridade, a razão não pode prevalecer.

O homem glorifica sua individualidade e deseja que ela continue após a morte. Assim, pois, ele a identifica com um Mestre, com um guru ou com um Deus. Toda a ilusão, porém, cessa, com a dissolução da individualidade.

Para o homem de tristeza, não há futuro.

A Verdade não tem discípulos, porém vós tendes que vos tornar discípulos da Verdade.

No vale dos grandes desejos eu fui apanhado.

A sabedoria não é botão que desabroche em uma só noite.

Não vos é possível realizar a imortalidade através de outrem.

O conhecimento direto é a porta da Verdade.

A afeição desapegada age sempre, porém jamais reage. As reações pertencem à limitação.

O amor do homem é maior do que o amor da pessoa.

O homem apega-se aos muitos no uno. O uno nos muitos será demasiado para ele.

Estar em íntimo contato convosco próprios, é Vida criativa.

Não tomeis a lagoa pelo oceano. Os encrespados do lago não são as vagas do mar.

Amai e libertai-vos do amor.

Não tomeis o perfume de uma flor única, porém, recolhei o perfume da flor da vida.

Sede ardentemente impassíveis.

O fardo das posses e crenças traz tristeza. Na plenitude da tristeza nasce o entendimento. Pelo entendimento criativo o homem se liberta.

Abri o desejo.

No agir, sois colhidos pelo conflito.

Não cultiveis vossa planta em um vaso, porém, deixai que toda a terra seja o seu solo.

Ação sem reação é harmonia.

A verdade se revela a si própria no libertar-se da eu-consciência, e não por meio de milagres e profecias.

O essencial é sempre simples.

Não adoreis a flor aberta de ontem.

Não vivais para vós mesmos. Assim, sereis capazes de resistir.

A inspiração da ambição é o sutil engano da mente.

Estranhas ideias exigem estranhos deuses.

Feliz o homem que está liberto de toda a conformidade.

A Verdade é sua própria espontaneidade.

Compreendei a vida e compreendereis a morte. Vencei a vida e vencereis a morte. Não temais a vida e não temereis a morte.

Sede independentes, sem particularidades.

Não vos é possível ocultar o perfume do amor.

Pelo comportamento sem esforço, julga-se a virtude do homem. Se houver esforço, não mais será virtude.

Não ameis com a mente.

A Verdade jamais pode ser conhecida, ela só pode ser realizada.     


 
Extraído do livro de notas de Krishnamurti
 


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