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quarta-feira, 10 de junho de 2015

TODOS NASCEM LIVRES, 
PORÉM MORREM EM CATIVEIRO

No início da vida cada um é totalmente desprendido e natural mas, depois, entra a sociedade, surgem as regras e os regulamentos, a moralidade, a disciplina e muitos tipos de treinamento. Assim, o desprendimento e a naturalidade, bem como o ser espontâneo, estão perdidos.

Cada qual começa a reunir em torno de si 
uma espécie de armadura.

Cada qual começa a tornar-se mais rígido. A suavidade interior já não mais é visível. Na fronteira do ser cada qual cria um fenômeno parecido a uma fortaleza para se defender, para não ser vulnerável, para reagir, para ter segurança: a liberdade de ser está perdida.

Cada qual começa a olhar nos olhos do outro: sua aprovação, suas negações, suas condenações, suas apreciações vão se tornando cada vez mais valiosas.

“Os outros” tornam-se o critério e todos passam a imitar e a seguir os outros, porque todos temos de viver uns com os outros.

A criança é muito maleável, pode ser modelada de qualquer maneira e a sociedade começa a modelá-la: os pais, os professores, a escola.

Aos poucos, ela se torna um caráter, e não um ser. Aprende todas as regras, ou se torna um conformista, o que também é cativeiro, ou se faz rebelde, o que é uma outra espécie de cativeiro. Se transformar-se num conformista, ortodoxo, quadrado, estará presa a uma qualidade de cativeiro, pode reagir, tornar-se um hippie, ir ao outro extremo, mas ainda permanecerá preso a outro um tipo de cativeiro - porque a reação depende da mesma coisa contra a qual reage.

Você pode ir ao mais longínquo ponto do mundo, mas, bem no fundo da mente,estará se  rebelando contra as mesmas regras. Outros as seguem, você reage, mas o foco permanece centrado nelas. Reacionários ou revolucionários, todos viajam no mesmo barco. Podem estar uns contra os outros, costas contra costas, mas o barco é o mesmo.


 
Osho





O verdadeiro rebelde não deseja mudar a sociedade, quer mudar a si próprio, não faz oposição ao que existe, pois é impossível mudar no outro aquilo que ele ainda não compreende. O  verdadeiro rebelde observa tudo em sua volta e reflexiona: não está certo, não há harmonia, não existe fraternidade; não posso continuar condicionado por esse modelo de vida. Declara-se revolucionário, porém, em silêncio e assume outro tipo de comportamento: procura agir compassivamente, harmoniosamente, amorosamente; atua de outra forma. Assim, vai atraindo aqueles que interiormente já estão despertando e juntos, tal qual semeadores, atiram as sementes de luz iluminando o caminho de quem precisa realmente ver. Que todos possamos ver, sentir, compreender e seguir livres dos cativeiros que a sociedade impõe - viver no  mundo sem pertencer ao mundo. KyraKally

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