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sábado, 20 de junho de 2015

PERCEPÇÕES DE
NISARGADATTA MAHARAJ
Desista de todas as outras perguntas 
menos uma: quem sou eu? 
Aprenda a viver sem auto-preocupações. 
Para isso você tem que conhecer seu verdadeiro ser 
como indomável, destemido e sempre vitorioso. 
Assim que você souber com certeza absoluta 
que nada pode lhe preocupar além da sua própria imaginação,
você vai desprezar seus desejos e medos, 
conceitos e ideias e viver somente pela verdade.

Conheça a si mesmo como sendo a testemunha 
imutável da mente mutável. Isto é suficiente.
Observe seus pensamentos como você observa 
as pessoas na rua. As pessoas vão e vêm; 
você registra isso sem resposta.
 Pode não ser fácil no começo, 
mas com alguma prática você descobrirá 
que sua mente pode funcionar em muitos níveis 
ao mesmo tempo, e que você pode ser Ciente 
de todos eles ao mesmo tempo. 

É apenas quando você tem um interesse específico
 em um nível em particular, que a sua atenção 
fica presa nele e você bloqueia os outros.
A transitoriedade é a melhor prova da irrealidade.
Ambas fé e razão lhe dizem que você 
não é nem o corpo, nem seus desejos e medos, 
nem você é a sua mente com suas ideias fantásticas,
 nem o seu papel social lhe compele a representar 
a pessoa que você supõe que é. 

Abandone o falso e o verdadeiro
 aparecerá por si mesmo.
Este é o ponto central do assunto. 
Enquanto você acreditar que apenas 
o mundo externo é real, você continua seu escravo.

A menos que você conheça a si mesmo, 
como você pode conhecer o outro? 
E quando você conhece a si mesmo, você é o outro.
Seja Ciente de ser consciente 
e busque a fonte da Consciência. Isso é tudo.
Não tenha medo de um mundo 
que você mesmo criou. 

Deixe de procurar pela bem-aventurança 
e pela realidade em um sonho e você acordará.
A causa do sofrimento é a auto-identificação 
com o limitado. As sensações em si mesmas, 
não importa o quão fortes, não causam sofrimento. 
É a mente, confundida por ideias erradas, 
viciada em pensar 'Eu sou isso, eu sou aquilo', 
que teme a perda, deseja o ganho 
e sofre quando frustrada.

Auto-interesse e auto-preocupação 
são os pontos focais do falso. 
O seu dia-a-dia vibra entre o desejo e o medo. 
Observe [esse dia-a-dia] intensamente 
e você verá como a mente assume 
inumeráveis nomes e formas, como um rio 
espumando entre as pedras. 

Trace cada ação até seu motivo egoísta 
e olhe intensamente para esse motivo 
até que ele se dissolva. 
Descarte cada motivo egoísta 
tão logo ele apareça e você não precisará 
procurar pela verdade; a verdade te encontrará.

A vida em si mesma não tem desejos. 
Mas o eu falso quer continuar - prazerosamente. 
Por essa razão, está sempre trabalhando 
para garantir a sua continuidade. 
A vida é destemida e livre.
 Enquanto você tiver a ideia de estar 
influenciando os eventos, 
a libertação não é para você; 
a própria noção de ser o autor, de ser uma causa, 
é um laço que prende. 

Quando você se senta silenciosamente 
e observa a si mesmo, todo o tipo de coisas vem à superfície.
Não faça nada sobre elas, não reaja a elas; 
assim como elas vieram elas irão, por si mesmas. 
Tudo o que importa é a atenção total, a Ciência total 
de si mesmo, ou melhor, da própria mente.

Há apenas imaginação. Ela o absorveu tão completamente, 
que você simplesmente não consegue perceber 
o quanto você já se afastou da realidade. 
Não há dúvidas de que a imaginação 
seja altamente criativa. Universos sobre universos 
são construídos sobre ela. Todos eles estão no espaço
 e no tempo, passado e futuro, 
os quais simplesmente não existem.

Todos os desejos devem ser abandonados, 
porque, ao desejar, você toma a forma de seus desejos. 
Quando não restar nenhum desejo, 
você se reverte a seu estado natural.

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