PERCEPÇÕES DE
NISARGADATTA MAHARAJ
Desista de todas as outras perguntas
menos uma: quem sou eu?
Aprenda a viver sem auto-preocupações.
Para isso você tem que conhecer seu verdadeiro ser
como indomável, destemido e sempre vitorioso.
Assim que você souber com
certeza absoluta
que nada pode lhe preocupar além da sua própria
imaginação,
você vai desprezar seus desejos e medos,
conceitos e ideias e
viver somente pela verdade.
Conheça a si mesmo como sendo a testemunha
É apenas quando você tem um interesse específico
Abandone o falso e o verdadeiro
A menos que você conheça a si mesmo,
Deixe de procurar pela bem-aventurança
Auto-interesse e auto-preocupação
Trace cada ação até seu motivo egoísta
A vida em si mesma não tem desejos.
Quando você se senta silenciosamente
Há apenas imaginação. Ela o absorveu tão completamente,
Todos os desejos devem ser abandonados,
Conheça a si mesmo como sendo a testemunha
imutável da mente mutável. Isto é suficiente.
Observe seus pensamentos como você observa
as pessoas na rua. As pessoas vão e vêm;
você registra isso sem resposta.
Pode não ser fácil no começo,
mas com alguma prática você descobrirá
que sua mente pode funcionar em muitos níveis
ao mesmo tempo, e que você pode ser Ciente
de todos eles ao mesmo tempo.
É apenas quando você tem um interesse específico
em um nível em particular, que a sua atenção
fica presa nele e você bloqueia os outros.
A transitoriedade é a melhor prova da irrealidade.
Ambas fé e razão lhe dizem que você
não é nem o corpo, nem seus desejos e medos,
nem você é a sua mente com suas ideias fantásticas,
nem o seu papel social lhe compele a representar
a pessoa que você supõe que é.
Abandone o falso e o verdadeiro
aparecerá por si mesmo.
Este é o ponto central do assunto.
Enquanto você acreditar que apenas
o mundo externo é real, você continua seu escravo.
A menos que você conheça a si mesmo,
como você pode conhecer o outro?
E quando você conhece a si mesmo, você é o outro.
Seja Ciente de ser consciente
Seja Ciente de ser consciente
e busque a fonte da Consciência. Isso é tudo.
Não tenha medo de um mundo
que você mesmo criou.
Deixe de procurar pela bem-aventurança
e pela realidade em um sonho e você acordará.
A causa do sofrimento é a auto-identificação
com o limitado. As sensações em si mesmas,
não importa o quão fortes, não causam sofrimento.
É a mente, confundida por ideias erradas,
viciada em pensar 'Eu sou isso, eu sou aquilo',
que teme a perda, deseja o ganho
e sofre quando frustrada.
Auto-interesse e auto-preocupação
são os pontos focais do falso.
O seu dia-a-dia vibra entre o desejo e o medo.
Observe [esse dia-a-dia] intensamente
e você verá como a mente assume
inumeráveis nomes e formas, como um rio
espumando entre as pedras.
Trace cada ação até seu motivo egoísta
e olhe intensamente para esse motivo
até que ele se dissolva.
Descarte cada motivo egoísta
tão logo ele apareça e você não precisará
procurar pela verdade; a verdade te encontrará.
A vida em si mesma não tem desejos.
Mas o eu falso quer continuar - prazerosamente.
Por essa razão, está sempre trabalhando
para garantir a sua continuidade.
A vida é destemida e livre.
Enquanto você tiver a ideia de estar
influenciando os eventos,
a libertação não é para você;
a própria noção de ser o autor, de ser uma causa,
é um laço que prende.
Quando você se senta silenciosamente
e observa a si mesmo, todo o tipo de coisas vem à superfície.
Não faça nada sobre elas, não reaja a elas;
assim como elas vieram elas irão, por si mesmas.
Tudo o que importa é a atenção total, a Ciência total
de si mesmo, ou melhor, da própria mente.
Há apenas imaginação. Ela o absorveu tão completamente,
que você simplesmente não consegue perceber
o quanto você já se afastou da realidade.
Não há dúvidas de que a imaginação
seja altamente criativa. Universos sobre universos
são construídos sobre ela. Todos eles estão no espaço
e no tempo, passado e futuro,
os quais simplesmente não existem.
Todos os desejos devem ser abandonados,
porque, ao desejar, você toma a forma de seus desejos.
Quando não restar nenhum desejo,
você se reverte a seu estado natural.
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