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sábado, 16 de maio de 2015

VIVENDO PARA DEUS


Viver para Deus não significa se retirar do mundo.
Ao contrário, significa ser devolvido ao mundo, 
com um novo olhar, uma nova percepção. 
Viver para Deus é descobrir novas luzes em tudo que fazemos,
por meio da satisfação da consciência plena.

O maior milagre é sentar-se em silêncio consigo mesmo 
e simplesmente perceber que as coisas são como elas são, 
como realmente são. Isso faz a vida ser suficiente. 
Talvez tenha sido o que o inspirado apóstolo 
Paulo de Tarso quisesse nos dizer quando afirmou: 
 "Aprendi a contentar-me com o que tenho".


Se não conseguimos descobrir o sentido da vida num
 simples ato da nossa rotina diária, como por exemplo, 
lavar pratos, certamente este sentido não será descoberto 
em lugar algum, pois aquilo que é aparentemente 
finito-comum está cheio do infinito-divino. 

Vivemos sob a égide de opostos aparentemente antagônicos:
falso-verdadeiro, finito-infinto, aceitação-rejeição, vida-morte, ódio-amor, etc. E não nos damos contade que essa aparente polarização ou dualidade  é apenas uma faceta da unidade.

Uma unidade que permeia tudo e todos
 e torna os opostos complementares.


Neste sentido, a experiência direta - do tipo 
"faça você mesmo" - pode conciliar em nós a aparente contrariedade dos opostos que a vida nos apresenta. 
Para isso é preciso viver a plenitude 
de cada momento sem expectativas.


Viver cada minuto, cada hora, cada dia, 
como se fosse o último: esse é o segredo do viver para Deus.

E isso ocorre quando compreendemos 
que o tempo é meramente uma ilusão.

A preocupação com a noção de tempo (hoje, amanhã, ontem)
dá início a uma prática egoísta. Passamos a viver 
das experiências acumuladas na memória por meio 
de comparações, expectativas e ansiedades. 

Não conseguimos observar a natureza real das coisas sem pré-julgamentos e nem preconceitos. A partir daí nasce o sentimento de separatividade, de diferença entre nós, os outros e as coisas que nos rodeiam. Esse é o mundo da mente-ego, gerador da ilusão que nos aprisiona na roda viva do Carma.

Quando nos libertamos dos grilhões dessa falsa percepção
 do tempo e passamos a viver o momento presente – aqui 
e agora – surge então o reto agir fluindo sem obstáculos,
levando-nos sempre adiante e transformando 
nossas vidas em instantes de beleza e bem-aventurança.

Esse é o estado da mente de principiante, a mente em sua pureza original, livre dos reflexos e hábitos milenares do ego.

Somente assim, saboreando intensamente a beleza 
presente em cada instante nos tornamos nós mesmos. 
Certamente não é uma prática fácil, devido aos
condicionamentos milenares herdados do ego. 
É preciso um grande esforço.

No entanto se formos perseverantes e disciplinados, 
sem desejos a alcançar e sem renúncias a fazer, 
dia virá em que essa percepção se estenderá 
a todos os momentos da nossa vida e não apenas 
durante momentos de reflexão ou meditação. 

O ego se esvai à medida que a consciência
 se torna plena no agora.

 Observar continuamente a atuação ( agitação ) 
do ego no palco do dia a dia é um grande antídoto contra
 a ilusão e uma grande prática para viver com Deus. 

Quem está com raiva? Quem está angustiado? 
Quem está feliz? Quem deseja isso?
Quem se alegra com esse elogio? Quem sou eu? 
A observação de sentimentos e pensamentos leva ao enfraquecimento da ação do ego sobre nossas vidas,

na medida em que já não agimos mais de forma inconsciente, ao sabor das ondas do impulso e do desejo. 
Tomar consciência da existência do ego significa 
o início da sua absorção pelo Ser, já que em todas essas situações 
a testemunha ou observador é o próprio Ser.

Uma das formas mais básicas utilizadas pelo ego 
é a identificação do ser humano com seu corpo. 
Portanto, o hábito de sentar e observar a energia vital fluindo em todas as partes do corpo (pernas, braços, abdômen, tórax, etc.), curiosamente, de forma paradoxal, faz com que a pessoa, pouco a pouco, deixe de se identificar com a forma (corpo
 e mente) e comece a perceber que sua essência 
transcende o mundo da mente-ego.

  À medida que isso ocorre, insights diários, provocados pela dimensão divina, que sempre esteve presente em nós, 
vão dissipando as brumas da ilusão do ego, guiando-nos em direção à plenitude do vazio, ao sem forma, ao Ser, à essência divina que realmente somos. Tomar consciência do corpo durante a meditação e também ao longo do dia, não apenas 
nos ancora no momento presente, como também 
é uma passagem para fora da prisão do ego.

 
"Mantendo a harmonia em meio as atribulações...
Vivendo no mundo sem pertencer ao mundo...
Isso é viver para Deus"!
 
 
Texto extraído do site “Aos que buscam”




Ao ler esta postagem um grande amigo disse para ele mesmo, olhando-se no espelho: "Você quer prestar ? Então preste de verdade porque indicações não faltam. Ou você espera que outros façam o caminho  e as mudanças para si" ? Já esperamos bastante tempo. Já perdemos muitas oportunidades. Os profetas já nos instruíram, os enviados já nos contaram suas experiências. E nós sentados à beira do caminho olhando a vida passar... KyraKally







 


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