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sábado, 2 de maio de 2015

O SOFRIMENTO É A CONDIÇÃO COMUM POR NÃO SE SABER O QUE O AMOR

 
É bem óbvio que todos somos desiguais. 
Há uma diferença enorme entre um homem e outro, 
entre uma mulher e outra. Mas há diferença quando 
você ama alguém? Há desigualdade? Há nacionalidade? 
 
Quando o coração está vazio, tornam-se muito importantes 
os tipos; dividimos então os seres humanos em classes,
 cores, raças. Mas quando amamos, há alguma diferença? Quando há generosidade em seu coração, você faz distinção? Você se dá. Só o homem que não é generoso, 
que vive preocupado com sua conta bancária, 
só a esse interessa manter essas diferenças e divisões. 
 
 Para o homem que busca a verdade, não há divisões. 
Buscar a verdade é estar ativo, é ter sabedoria, 
é conhecer o amor. O homem que está seguindo 
por um determinado caminho não pode nunca conhecer 
a verdade, porque esse caminho é, para ele, exclusivo.  

Todos nós sofremos, todos temos problemas, 
estamos carregados de preocupações e em 
conflitos incessantes; a morte, a aflição e o sofrimento são nossos companheiros constantes. Uma vez que todos
 estamos sofrendo em diferentes níveis de consciência, 
o que digo é para todos. Todos nós — ricos, 
pobres remediados — queremos ficar livres 
do sofrimento. O sofrimento é nossa condição comum; 
e como todos buscamos uma saída do sofrimento,
 o que digo é para todos. 

Pois bem, visto que sofremos, nada se ganha
 em querermos apenas fugir a essa condição. 
O sofrimento não pode ser compreendido se fugimos dele, 
mas, sim, se o amamos e compreendemos. 
Você compreende sua esposa quando a ama, 
compreende seu próximo quando o ama — o que não 
significa deixar-se arrebatar pela palavra "amor". 

 A maioria de nós foge ao sofrimento por meio dos inúmeros artifícios engenhosos da mente. 
O sofrimento só pode ser compreendido quando estamos 
frente a frente com ele, e não quando buscamos incessantemente dele fugir. 
Por causa do nosso desejo de evitar o sofrimento, 
criamos uma civilização de distrações, 
de religião organizada, com suas cerimônias e práticas; 
e amontoamos riquezas, explorando os outros. 
 
Todas essas coisas são indicativas do nosso empenho 
de evitar o sofrimento. Sem dúvida, vocês e eu,
 "o homem da rua", qualquer um pode compreender 
o sofrimento, bastando que lhe dê atenção. 
Mas, por desventura, a civilização moderna nos ajuda 
a fugir por meio de divertimentos, de distrações, 
de ilusões, de repetições de palavras, etc. 
Tudo isso nos leva a evitar o que é, e por isso 
precisamos estar cônscios dessas inumeráveis fugas. 

Só quando o homem estiver livre das suas fugas, 
dissolverá a causa do sofrimento. Para o homem feliz, 
o homem que ama, não há divisões; ele não é brâmane, 
nem inglês, nem alemão, nem hindu. Para esse homem 
não há divisões de "altos e baixos". É porque não amamos 
que temos todas essas odiosas divisões. 
 
Quando você ama, tem um sentimento de riqueza 
que lhe perfuma a vida e você está pronto a dividir 
seu coração com outro. Quando o coração está cheio, 
as coisas da mente fenecem.

 
 
 
Krishnamurti
 
 
 

A pessoa amorosa, que sabe amar tanto nos bons como nos maus momentos, é um ser feliz, realizado, rico em sabedoria divina e justiça espiritual. São tão poucos, mas fazem uma grande diferença, pois onde estão ou por onde passam sua luz atrai e vivifica aqueles que o cercam. Fico imaginando como seria ter estado ao lado de Jesus; sendo tocada e curada por Ele, pois até hoje Suas palavras ecoam no profundo do nosso ser: "Amai a teu próximo assim como Eu os amo". KyraKally 

 

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