Translate

sexta-feira, 1 de maio de 2015

DOR


Grande e maravilhosa lei de equilíbrio e de justiça esta pela qual a dor, quando cumpriu sua função de levar a alma até a superação da animalidade,  afasta-se em silêncio!

O mistério da redenção é um mistério de dor e de amor.  A dor é o cansaço da ascensão, que laboriosamente leva à felicidade, que assim deve ser conquistada. Mas, se a dor faz a evolução, a evolução anula progressivamente a dor. Então, a anulação da dor se processa através da dor. 

Com seu exemplo, Cristo nos veio mostrar estes profundos aspectos da Lei. A dor é uma característica de determinada fase de nossa evolução, em que funciona necessariamente como agente de transformação; desaparece quando preenchida a sua finalidade, apenas seja alcançado um alto plano de vida. 

A dor é uma condição de vida inerente à matéria, durante a fase humana. Na desmaterialização do ser essa condição desaparece. A dor é uma dissonância que vem reabsorvida na harmonização; é uma densidade que se vaporiza na espiritualização.

Cristo veio ensinar o caminho da superação da dor, através da dor e da espiritualização. Antes de Cristo a dor era feroz, terrível, sem piedade. Cristo fez dela a via mestra da ascensão, da liberdade, da redenção. Fez dela uma força amiga, indispensável para a conquista do nosso bem e da nossa felicidade. 

A fera inimiga suavizou-se, domesticou-se, é útil colaboradora: a coisa temida e maldita se faz santa e amada e nós a apertamos ao coração como um salva-vidas. Cristo derrubou e refez a concepção humana, fazendo do vencido um santo, um herói, um vencedor. Cristo desceu e se fez presente e sensível no fundo das almas que sofrem, irmanando-se com elas no Seu amor, tomando própria a sua dor, a cada dia, justamente como o fez sobre a cruz.

É lógico que a dor, sendo um instrumento de ascensão, se destaque do eu quando a ascensão é terminada. É necessário, na ordem do universo, que a dor caia quando for superada a função evolutiva de prova e de lição. Quando tivermos compreendido tudo e com isso houvermos esgotado sua função de escola e de expiação equilibradora na ordem dos impulsos morais, ela cai, como as outras ilusões da vida. 

Então, não só não se verificam mais - por haver sido alcançada a medida do débito - as condições exteriores da dor, mas advém um fato novo: mesmo que a dor permaneça como fato exterior, advém por evolução uma tão profunda transformação de personalidade, que ela lhe escapa. 

A evolução, levando-a a uma fase nova, deu-lhe um novo modo de ser no qual a dor não repercute com as mesmas reações do nível humano; em outros termos, a ascensão levou o espírito a tal grau de harmonização (amor divino), que não existe mais dissonância que tenha força para a penetrar e alterar. 

Então, mesmo que permaneçam idênticas as condições ambientes, o choque daquela força não encontra mais impulsos antagônicos nem reações contra as quais se assanhe por sua expansão — e desaparece sem resistência. O instrumento receptivo mudou e bastou esta mudança de natureza, para que se transformasse completamente a gama de suas ressonâncias.


Pietro Ubaldi



Sofremos porque estamos mascarados pela ilusão. Quando permitimos que a vontade de Deus se faça presente em nossa vida e comande as nossas atitudes, pensamentos e sentimentos, sem nenhuma restrição, então, só então iniciaremos o nosso caminho evolutivo com compreensão e sabedoria. A 'dor' é o resultado do nosso afastamento das leis divinas. Nossas decisões geralmente nos conduzem a consequências normalmente danosas, porque não são tomadas em consonância com o Amor e a Sabedoria, são na maioria das vezes egoístas e prejudicam a harmonia da vida. Enquanto não permitirmos que a vida 'seja', enquanto não a aceitarmos como é e trabalhar os pontos obscuros que ela nos apresenta, estaremos sempre enfermos e com dores, haverá solidão, ressentimentos... seremos como guerreiros cegos empunhando uma espada afiada e danificando o que encontrarmos pela frente, pois, é bem provável que vejamos todos como inimigos. Esta máscara precisa ser tirada! KyraKally


Nenhum comentário:

Postar um comentário