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quinta-feira, 21 de maio de 2015

A PURIFICAÇÃO DO SER HUMANO

Denomina-se purificação do ser humano ao processo 
pelo qual os corpos externos – o físico-etérico, o emocional
 (ou astral) e o mental – se liberam dos elementos espúrios 
que lhes foram agregados no decorrer das encarnações
e transcendem as leis regentes da vida material.

No princípio, a purificação é lenta e conta com pouca participação consciente do indivíduo; porém, quanto mais 
ele avança na acesse, mais colabora e mais rapidamente 
ela se dá. Essa colaboração inclui a busca de alinhamento
e sintonia com leis superiores da existência.

No transcurso da purificação, o indivíduo deixa de agir 
em proveito próprio para servir ao mundo.
 Ao devotar-se à Lei Suprema, é dado ao ser 
conhecer a real necessidade dos demais.
 Quedas fazem parte da purificação;
têm raízes em aspectos humanos ainda não superados.

Não temer erros e reconhecê-los com serenidade permite-lhe utilizá-los como lições, cujo aprendizado facilita 
a penetração da energia divina na personalidade.
Dos planos internos do ser flui a energia que é o verdadeiro agente purificador; leva-o a provas nas quais os obstáculos 
ao seu desenvolvimento são transformados ou eliminados.

Nesta época, a organização rítmica da vida cotidiana 
constitui elemento para a purificação dos corpos.
Também o constitui a higiene, que abrange 
a abstenção de carnes de toda espécie,
fumo e álcool. Os cuidados com a purificação,
apesar de preparatórios para o caminho ascensional,
vão-se sutilizando à medida que nele se avança;
por isso, vigilância é sempre requerida.

Para propiciar a purificação intelectual,
o indivíduo dispõe-se a obter ensinamentos em seu próprio interior. O que lhe chega externamente, seja um conselho 
ou um livro, é visto como meio para a intuição emergir. 
O relacionamento que ele assim estabelece com o eu profundo
 é imprescindível para a evolução e para os contatos com 
o mundo espiritual fluírem sem dificuldades.

A purificação intelectual muito se intensifica 
a partir dessa opção pelo conhecimento direto.
A análise, a pesquisa, as deduções e o raciocínio
 vão-se tornando instrumentos – e não senhores;
deixam de prevalecer sobre o silêncio interior.
 O indivíduo escuta o eu profundo,
que para alcançá-lo pode até falar
por intermédio de outrem.

  Transcorrida a purificação em nível humano através 
de diversas vidas, ela se torna mais abrangente. 
Ao mudar o próprio estado mental, o homem supera
 o envolvimento com forças da matéria e com seus aspectos humanos e psicológicos. Enquanto polarizado 
na mente comum, vive em luta e em desarmonia, 
enredado em questões pessoais; mas quando muda a forma 
de pensar, quando se descentraliza do ego e passa 
a perceber necessidades reais e amplas, de grupos 
ou da humanidade, atinge vibração mais sutil.

Só então é efetivamente útil ao Plano Evolutivo. 
No início, a purificação inclui sofrimento.
 A ideia que o homem comum tem dela está ligada à privação,
 à dor, à miséria e ao castigo. Mais tarde, compreende-a 
como libertação de vínculos com a matéria.

Importante para a purificação é a descoberta do altruísmo.
Ocorre por graus: no princípio, o indivíduo doa o tempo vago em benefício de outros e, também, uma porção dos bens que 
lhe sobram, o que é apenas treino para chegar à inteira doação.
Na primeira etapa do processo de purificação, 
o altruísmo apenas desponta; pouco a pouco, 
o indivíduo aceita ir ao encontro de áreas obscuras 
da consciência, a fim de regenerá-las.

Aí começa o serviço. Ao assumir tarefas evolutivas,
 nem sempre é compreendido pelos demais, que ainda vivem autocentrados. Apesar da descrença dos que o circundam,
 parte em auxílio ao mundo e atua sem esforço. Pela intuição, percebe que, ao remover obstáculos, a obra se faz por si; aprende que, para sua atividade ser frutífera, precisa estar desinteressado de qualquer resultado e manter-se sintonizado
com níveis superiores de consciência.

  A segunda etapa da purificação propicia conhecimento 
das leis cósmicas. A obediência a elas é essencialmente necessária nessa etapa delicada, em que o eu consciente 
percebe estar protegido, controlado e guiado pelos seus níveis profundos. A terceira etapa tem início quando o homem liberta-se da ilusão da morte, não só como entendimento filosófico da verdade, mas como experiência vivida.

A quarta etapa é a da transcendência da lei 
do nascimento físico, da maneira como essa lei
 se exprime na superfície da Terra hoje.
 É conseguimento avançado para a humanidade terrestre atual, mas, em ciclos futuros do planeta, será a normalidade.

  A porta está aberta, sempre esteve,
 porém o Caminho que conduz à Ressurreição 
e a Vida Eterna é estreito e difícil, pois só o atravessa 
aqueles que  realmente vivem no mundo sem a ele pertencer.


Trigueirinho




Quando despertamos desse grande sono da ignorância das leis divinas, tomamos consciência de diversas 'dificuldades' para encontrar Deus; o caminho, antes largo e fácil, torna-se estreito e longo, pois é necessário transcender muitos aspectos que nos prendem às ilusões do mundo material, entretanto nenhum empecilho nos detém, talvez a princípio, mas com o tempo - encarnações após encarnações, sofrimentos após sofrimentos - compreendemos, através do exercício incondicional do amor, da tolerância e do respeito às Leis superiores, que apesar da palavra divina ser silenciosa, todavia poderosa, ecoa todo tempo no nosso interior e quanto mais a aceitamos e a compreendemos, sentimo-nos atraídos a seguir Suas indicações. KyraKally













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