A PURIFICAÇÃO DO SER HUMANO
Denomina-se purificação do ser humano ao processo
pelo
qual os corpos externos – o físico-etérico, o emocional
(ou astral) e o
mental – se liberam dos elementos espúrios
que lhes foram agregados no decorrer
das encarnações
e transcendem as leis regentes da vida material.
No princípio, a purificação é lenta e conta com pouca
participação consciente do indivíduo; porém, quanto mais
ele avança na acesse,
mais colabora e mais rapidamente
ela se dá. Essa colaboração inclui a busca de
alinhamento
e sintonia com leis superiores da existência.
No
transcurso da purificação, o
indivíduo deixa de agir
em proveito próprio para servir ao mundo.
Ao devotar-se à Lei Suprema, é dado ao ser
conhecer a real necessidade dos demais.
Quedas
fazem parte da purificação;
têm
raízes em aspectos humanos ainda não superados.
Não
temer erros e reconhecê-los com serenidade permite-lhe utilizá-los como lições, cujo
aprendizado facilita
a penetração da
energia divina na personalidade.
Dos
planos internos do ser flui a energia que é o verdadeiro agente purificador;
leva-o a provas nas quais os obstáculos
ao seu desenvolvimento são
transformados ou eliminados.
Nesta época, a organização rítmica da vida cotidiana
constitui
elemento para a purificação dos corpos.
Também o constitui a higiene, que abrange
a abstenção de carnes de toda espécie,
fumo e álcool. Os cuidados com a purificação,
apesar de preparatórios para o caminho ascensional,
vão-se sutilizando à medida que nele se avança;
por isso, vigilância é sempre requerida.
Para
propiciar a purificação intelectual,
o
indivíduo dispõe-se a obter ensinamentos em seu próprio interior. O que lhe
chega externamente, seja
um conselho
ou um livro, é visto como meio para
a intuição emergir.
O relacionamento que ele assim estabelece com o eu profundo
é imprescindível para a evolução e para os contatos com
o mundo espiritual
fluírem sem dificuldades.
A
purificação intelectual muito se intensifica
a partir dessa opção pelo
conhecimento direto.
A
análise, a pesquisa, as deduções e o raciocínio
vão-se tornando instrumentos – e não senhores;
deixam
de prevalecer sobre o silêncio interior.
O indivíduo escuta o eu profundo,
que
para alcançá-lo pode até falar
por
intermédio de outrem.
Transcorrida
a purificação em nível humano através
de diversas vidas, ela se torna mais
abrangente.
Ao mudar o próprio estado mental, o homem supera
o envolvimento com
forças da matéria e com seus aspectos humanos e psicológicos. Enquanto
polarizado
na mente comum, vive em luta e em desarmonia,
enredado em questões
pessoais; mas quando muda a forma
de pensar, quando se descentraliza do ego e
passa
a perceber necessidades reais e amplas, de grupos
ou da humanidade,
atinge vibração mais sutil.
Só então é efetivamente útil ao Plano Evolutivo.
No
início, a purificação inclui sofrimento.
A ideia que o homem
comum tem dela está ligada à privação,
à dor, à miséria e ao castigo. Mais tarde, compreende-a
como libertação de vínculos
com a matéria.
Importante para a purificação é a descoberta do
altruísmo.
Ocorre por graus: no princípio, o indivíduo doa o
tempo vago em benefício de outros e, também, uma porção dos bens que
lhe
sobram, o que é apenas treino para chegar à inteira doação.
Na primeira etapa do processo de purificação,
o
altruísmo apenas desponta; pouco a pouco,
o indivíduo aceita ir ao encontro de áreas obscuras
da consciência, a fim de
regenerá-las.
Aí começa o serviço. Ao assumir tarefas evolutivas,
nem sempre é compreendido
pelos demais, que ainda vivem autocentrados. Apesar da descrença dos que o
circundam,
parte em auxílio ao mundo e
atua sem esforço. Pela intuição, percebe que, ao remover obstáculos, a obra se
faz por si; aprende que, para sua atividade ser frutífera, precisa estar
desinteressado de qualquer resultado e manter-se sintonizado
com níveis superiores de consciência.
A segunda etapa da purificação propicia conhecimento
das leis cósmicas. A obediência a elas é essencialmente necessária nessa etapa
delicada, em que o eu consciente
percebe estar protegido, controlado e guiado
pelos seus níveis profundos. A terceira etapa tem início quando o homem
liberta-se da ilusão da morte, não só como entendimento filosófico da verdade,
mas como experiência vivida.
A quarta etapa é a da transcendência da lei
do
nascimento físico, da maneira como essa lei
se exprime na superfície
da Terra hoje.
É conseguimento
avançado para a humanidade terrestre atual, mas, em ciclos futuros do planeta, será a normalidade.
A porta está aberta, sempre esteve,
porém o Caminho que conduz à
Ressurreição
e a Vida Eterna é estreito e difícil, pois só o atravessa
aqueles
que realmente vivem no mundo sem a ele pertencer.
Trigueirinho
Quando despertamos desse grande sono da ignorância das leis divinas, tomamos consciência de diversas 'dificuldades' para encontrar Deus; o caminho, antes largo e fácil, torna-se estreito e longo, pois é necessário transcender muitos aspectos que nos prendem às ilusões do mundo material, entretanto nenhum empecilho nos detém, talvez a princípio, mas com o tempo - encarnações após encarnações, sofrimentos após sofrimentos - compreendemos, através do exercício incondicional do amor, da tolerância e do respeito às Leis superiores, que apesar da palavra divina ser silenciosa, todavia poderosa, ecoa todo tempo no nosso interior e quanto mais a aceitamos e a compreendemos, sentimo-nos atraídos a seguir Suas indicações. KyraKally
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