A HORA É ESTA
Temos uma necessidade imperiosa de um psicoterapeuta, que é incondicional amigo das nossas necessidades.
Ninguém pode realizar-se a sós, por mais pleno que suponha ser.
Temos necessidade de viver no grupo social e promovê-lo, experimentando
os efeitos positivos do grupo que estamos em promoção, para resolvermos o
imenso número de conflitos que aturdem a sociedade tecnológica, a
sociedade cibernética e biônica dos nossos dias.
Mas a Doutrina Espírita equipa-nos com esses recursos sem pressa, mas com decisão. Sem desespero e com tranquilidade.
Passaremos a vencer as nossas paixões inferiores, passo a passo, sem
pretender a perfeição com um salto. Iremos limando as nossas arestas,
até o momento em que possamos compreender que estamos engajados num
contexto, para promover a renovação social.
E a hora é esta, dizem os benfeitores do mundo maior que confraternizam
psiquicamente conosco, que convivem conosco, que nos convidam a ascender
a eles sem estarmos a exigir-lhes que desçam sempre até nós.
Esses amigos, que ainda continuam descendo até nós, vêm hoje, mais uma
vez, chamar-nos a uma mudança de atitude perante a vida, a uma atitude
positiva diante da nossa consciência, iluminada pela fé. Este momento,
meus amigos, vamos encontrar na proposta de O Evangelho segundo o
Espiritismo. A lição da solidariedade, a lição do trabalho, a lição da
tolerância, que são o tripé sobre o qual assenta a verdadeira caridade.
Por isso, conhecer o Espiritismo é uma grande responsabilidade.
Ontem, podíamos permitir-nos o luxo de nos equivocarmos, porque não
havíamos encontrado a Revelação lógica e clarificadora da palavra de
Jesus, que pode enfrentar o cientificismo sem dobrar-se às imposições do
dominante Materialismo terrestre.
Ontem, falamos de Jesus e sobre Jesus, diante dos céus estrelados. Mas,
logo de imediato, descemos às praias do prazer, para gozar, para
extorquir e para perseguir aqueles a quem submetíamos, com o estridor da
guerra, com as armas da destruição.
Ontem, durante a noite medieval, impusemos a mensagem do Evangelho de
uma forma apaixonada e cega, para que o nosso ego dominador, em um
sentido degenerativo, dominasse as almas tíbias.
Não hoje! Hoje mudou a paisagem.
Jesus, a quem amamos, desceu da cruz, veio às ruas, adentrou-se em nosso
lar. Age pelas nossas mãos, fala pela nossa voz, move-se em nossos
passos. Ele segue conosco pelas ruas, recolhendo os que foram vítimas da
ventania, para que lhes ofereçamos agasalho.
Hoje, descrucificado o Mestre, Ele toma conta da nossa realidade
interior, do nosso ser, e produz o milagre da transformação destes dias,
prenúncio de uma Nova Era.
Não nos escusemos, não procuremos mecanismos de autojustificação, para
fugirmos ao nosso dever. Não nos deixemos engolfar pelas ilusões que
encantam e que passam.
Permitamos que o Mestre, tomando conta de nossas vidas, nos proporcione o
avanço, Ele que é integérrimo tornando-nos íntegros e ligados ao Divino
Pensamento.
Espíritas, erguei-vos da postura de vítima e compreendei que estais na
Terra por misericórdia do amor, para reparardes, para desenvolver o
Cristo interno que jaz como a seiva da semente de vida, aguardando os
fatores propiciatórios da germinação.
Estes são dias de muita importância para vossa realização.
Não tergiverseis, não postergueis, adiando a oportunidade de serviço.
Examinai a mensagem, estudai-a, incorporando-a ao vosso comportamento e
sem a presunção de ter a importância que se projeta no cenário do mundo.
Sede importantes para vós mesmos. Sede vitais para o vosso
desenvolvimento.
Hoje, sabeis e não tendes mais mecanismos de desculpas. Conheceis a
reencarnação e ela vos conclama a aproveitar o momento que passa.
Aprendestes, nesses dias, equipaste-vos de recursos, valores e tesouros
inalienáveis. Não os deixeis armazenados na mente ou esquecidos na
memória, apagados no inconsciente. Ponde-os no coração e facultai que
escorram pela vossa ação.
Ide! Saí daqui levando-O convosco e, diante dos desafios, amai. Não
aceiteis a injúria, não aceiteis a agressão sem serdes superiores.
Tornai-vos indenes à pedrada, ao contágio dos fatores que perturbam a
criatura humana e amai.
Hoje, sabeis, a nossa proposta tem o sabor dos nossos amigos
espirituais, e a trazemos para que mediteis na vossa responsabilidade,
de quem conhece o caminho e deve segui-lo, sem margem para as veredas
nem os desvios.
E, em qualquer circunstância, quando tiverdes dificuldade para discernir
ante o apelo da consciência, estabelecei como bandeira de
comportamento, não fazer a outrem o que não desejar que outrem lhe faça.
Aí estareis psicologicamente maduros, de consciência adquirida.
Que nos abençoe, meus filhos, a todos, o Senhor Jesus.
Que nos abençoe, nosso Pai.
Bezerra de Menezes, Psicofonia de Divaldo Pereira Franco
Nenhum comentário:
Postar um comentário