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quinta-feira, 31 de março de 2022

 A NOVA EXTERIORIZAÇÃO DE CRISTO 
NA ATUAL TRANSAÇÃO PLANETÁRIA
 

O amor-sabedoria - energia crística - se expressou na superfície terrestre por meio de seres de elevada evolução. A cada encarnação, sua presença foi consolidando a capacidade de união na consciência do planeta e de seus habitantes.

Os centros espirituais, ao se materializarem na Terra, têm, entre outras funções, a de manifestarem concretamente essa energia cósmica; serem exemplos vivos do retorno do Cristo ao mundo, cuja presença já é perceptível nos níveis interiores do planeta. Para isso, indivíduos que mantêm a expressão externa desses centros e ali prestam serviços deveriam suprimir vínculos com sua natureza humana buscando suas raízes no cosmos, na vida imaterial.

Na consciência crística, as tarefas assumidas por indivíduos têm amplitude cósmica. Libertos de conceitos para manter cristalina a própria energia, desapegados de perspectivas humanas, mais facilmente chegarão a reconhecer sua integração ao cosmos. São indescritíveis a docilidade e o poder que revestem os estímulos recebidos quando se está diante do movimento da energia que permite a integração de universos. A perfeição brota desse movimento como simples decorrência de ele ser feito em amor ao Divino, e nada mais.

O homem um dia irá perceber interiormente as necessidades que podem ser supridas por meio dos atributos de que dispõe e, sem colocar obstáculos, ir ao encontro delas. Havendo amor e doação, o que por ele se manifestar terá perfeição e harmonia, por ter sido realizado numa busca sincera de aproximar-se de padrões espirituais. A intensa pressão positiva que tem sido percebida por muitos é um sinal dos tempos em que a energia crística estará claramente expressa nessa humanidade.

A encarnação do Cristo há 2.000 anos veio estabelecer um vínculo entre a humanidade e os níveis mais internos da regência do planeta. Esse vínculo deveria aprofundar-se, possibilitando aos seres que habitam os estratos mais densos contatarem energias sublimes. Para que esse contato possa um dia efetivar-se, o Cristo e a hierarquia estimulam a emersão do núcleo interno de cada ser, berço onde se encontra, quase sempre adormecida, a chispa de luz que o une à fonte de vida.

A nova exteriorização do Cristo é essencialmente a revelação plena da energia do amor cósmico ao mundo consciente do reino humano. Sendo o propósito dessa consciência levar os indivíduos a polarizarem-se nos níveis internos, seria um retrocesso para a evolução se continuassem a esperar a manifestação dessa energia sob as vestes de um ser, como no passado.

A materialização de um novo tempo está ligada à possibilidade de a energia interior exprimir-se no mundo material. O novo é por natureza um impulso transformador, que se revela espontaneamente quando o centro da vida é contatado. Por sua total ausência de compromisso com o que já está estabelecido, a vibração desse centro é renovadora. Fornece ao ser bases para que nele possam ser purificados os aspectos retrógrados que tolhem sua ascensão.

A humanidade poderá ter sua expressão espiritual quando ao menos parte dela reconhecer o amor que sua própria essência nutre pela luz e pela verdade, e a esse amor abrir-se. Não é o número de indivíduos, mas a qualidade da sua entrega ao Supremo, que promoverá a mudança de polarização da consciência humana como um todo. Por isso, pensamentos, sentimentos e ações daqueles que despertaram devem estar permeados por essa entrega, a qual não só mantém sua própria conexão com a realidade, mas a irradia aos semelhantes, auxiliando-os a atingi-la.

José Trigueirinho Netto
https://www.otempo.com.br

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