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sexta-feira, 13 de dezembro de 2019

NADA A ESPERAR, 
NADA A TEMER



Todos os pensamentos, sentimentos, emoções, percepções, sensações, estados da mente, conceitos e tudo mais são como nuvens no céu, momentaneamente se reunindo e depois dispersando, se dissolvendo de volta exatamente nesse mesmo espaço. Que bem pode haver em se apegar a isso? Que bem pode haver em tentar se afastar disso?

Tudo é a exibição ilusória, milagrosa, como um sonho, da própria mente de alguém. Não há nada especial a se fazer sobre isso, exceto reconhecer sua natureza verdadeira, sua vacuidade, e ser livre dentro do que quer que pareça surgir.

Não é necessário julgar experiências e pensamentos como bons ou ruins, como desejáveis ou indesejáveis, proveitosos ou não proveitosos. Deixe apenas ir e vir do modo como é, sem se envolver demais, sem se identificar com nada, nem cedendo nem seguindo, nem suprimindo nem inibindo. Simplesmente deixe todas as coisas internas e externas aparecerem e desaparecerem à sua própria maneira, apenas como nuvens no céu, e permaneça acima e além disso tudo, mesmo no meio das atividades e responsabilidades diárias.

Há tantas coisas para se fazer neste mundo, mas há apenas uma coisa que uma pessoa precisa conhecer, e isso é a sua própria natureza. Esse é o medicamento universal, a panaceia que cura todos os males e doenças. O que quer que vem, também vai. A própria natureza, o ser fundamental de alguém, está além — não se afeta pelas manchas que surgem ou por fenômenos temporários. Não vem nem vai: permanece imutável. Ao reconhecer isso, a transcendência inata é vivenciada. Então, samsara e nirvana não significam nem esperança nem medo para o praticante; a dualidade não mais prevalece. Não há nada a esperar, nenhuma queda a temer.


Nyoshul Khen Rinpoche
https://obudaemmim.blogspot.com


Ser como nada é essencial. Assim como um copo só é útil quando vazio, assim somente quando se é como nada, é possível receber a graça de Deus, a Verdade, o que você quiser. Jidu Krishnamurti está profundamente correto. Enquanto necessitamos de alguém ou algo que nos complete ainda estamos tateando numa busca inerte. Quando nos diluímos nesse alguém ou nesse algo estamos inteiros: o universo está em nós; nós estamos no universo. Ao percebermos que não somos mais um ser fracionado, e sim um ser inteiro... rimos de júbilo... então é assim; simples assim! Talvez seja por isso que essa expressão está sendo tão usada: SMPLES ASSIM !

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