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quarta-feira, 20 de março de 2019

A ARTE DE ESTAR ATENTO


A Luz da Compreensão Brilha em Todas
As Direções, Mas Não se Apega a Coisa Alguma


Cabe a cada caminhante combinar da maneira mais correta possível o hábito estabelecido com a inovação inesperada, a estabilidade com a transcendência, a firmeza com a flexibilidade.

O que permite ao peregrino combinar corretamente ingredientes tão distintos e tão opostos é a Atenção.

Estar Atento, teosoficamente, não é um verbo transitivo. Não se trata, no plano mais abrangente e universal, de estar atento a isso ou aquilo. Trata-se de Estar Atento como verbo intransitivo. Estar Atento, apenas, Atento ao Todo, atento ao Nada, Atento ao Silêncio, e não atento a isso ou aquilo.

A Atenção ultrapassa as circunstâncias. A Atenção produz força de vontade, mas também pode-se dizer que a força de vontade produz a Atenção.

Hábito e inovação, estabilidade e transcendência, firmeza e flexibilidade, são aptidões e qualidades que permitem responder aos diferentes desafios da maré sempre oscilante da vida. O dia-a-dia incerto é governado pela Lua.

A Atenção ultrapassa a maré. Ela nos permite transcender, não esta ou aquela circunstância agradável ou desagradável, mas todas as oscilações.

Esta Atenção interna é uma função do Sol, o ponto fixo em nosso sistema solar. O eixo da roda da vida.

A luz da compreensão é imparcial. Ela não se altera com os processos cíclicos. Ela não conhece apego nem o seu oposto.

A luz do sol, como o Logos, brilha para todos.

Ela ilumina e inspira a cada um conforme o seu Carma. Ela é percebida na vida de cada um conforme o seu Dharma – sua vocação, sua natureza essencial.

Como a luz do sol, a atenção correta brilha em todas as direções sem fazer ruído.

 
Carlos Cardoso Aveline
https://www.filosofiaesoterica.com 
 
 
Osho nos diz que se nos tornarmos um pouco mais atentos encontraremos o amor, a luz e o riso por toda parte; então não banquemos o tolo achando que estamos atentos somente porque nossos olhos estão abertos. A menos que os olhos interiores se abram - a menos que o nosso interior fique cheio de luz, a menos que consigamos ver a nós mesmos, quem realmente somos - não pensemos que estamos acordados. Eckart Toole, através da sua visão do viver no agora, ressalta que a vida é agora; nunca houve um momento em nossas vidas que não fosse agora, nem nunca haverá. Seja qual for o conteúdo do momento presente devemos aceitá-lo como se o tivéssemos escolhido. Trabalhemos sempre com ele, não contra ele. Tornemos-lhe amigo e aliado e não inimigo, pois, agindo assim, nossas vidas vão se transformar milagrosamente. Onde quer que estejamos, estejamos por inteiro.
 
 

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