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terça-feira, 23 de março de 2021

PARA SEGUIR O CAMINHO DA VIDA 
GUIADO PELA VONTADE DA ALMA

 

As escolhas mais decisivas para o curso da vida partem do centro do ser, da nossa alma. Mas, embora seja ela que determine os rumos básicos que temos de seguir, a personalidade, o eu externo, também possui certo poder de decisão.

Como personalidade, usamos o livre-arbítrio e, por meio dele, aprendemos a escolher. É pelo exercício de inumeráveis escolhas que vamos aprendendo a abandonar o que prejudica a evolução, até o momento em que começamos a perceber a voz da alma e a sermos atraídos por ela.

A capacidade de decisão da personalidade varia segundo os graus evolutivos que vamos atingindo, varia de acordo com nossa receptividade ao mundo da alma, um mundo espiritual.

Essa capacidade de decisão é bastante forte e dominante enquanto nos deixamos conduzir pelos aspectos materiais do nosso ser: o físico, o emocional e o mental.

Redimensiona-se gradualmente, todavia, à medida que optamos pela evolução, crescimento superior. A partir dessa opção, a vontade da alma vai prevalecendo nas nossas escolhas. Passamos a aceitar razoavelmente essa orientação que vem de dentro de nós. Passamos a permitir que conduza nossos atos.

Quando transferimos nossas decisões para a alma, dela começam a vir oportunidades para evoluirmos. A personalidade então vai-se tornando mais flexível e obediente e, por fim, compreendemos qual é a tarefa que nos cabe como um ser neste planeta.

Para cumprir essa tarefa necessitamos de indicações do nosso interior, provindas da alma, que conhece as Leis Maiores, Evolutivas, e o nosso destino. Assim, quando nos entregamos à vontade da alma, quando é ela que nos guia os atos, consuma-se o que está previsto para nossa vida sobre a Terra.

Um período de purificações e ajustes antecede a vida regida pela vontade da alma. Desse período pode fazer parte o que se costuma chamar de “fase do arrependimento”.
 

No sentido espiritual, arrependimento é a predisposição para reconhecer erros e imediatamente agir de modo a equilibrá-los. Não é apenas lamentação e não deve ser confundido com a tendência de chorar pela dor que causamos ou de pedir desculpas sem que nada se transforme em nós.

O arrependimento verdadeiro é um impulso para sanar as desarmonias que causamos no passado. Se nos arrependemos dessa maneira, isto é, se passamos a agir equilibradamente, preparamo-nos de fato para novas etapas da vida.

Importante saber que quando estamos sendo guiados pela alma, amplia-se mais e mais a nossa capacidade de servir, de ajudar os semelhantes. Vemos dentro de cada ser uma essência espiritual. Sabemos que todos vêm de uma única fonte criadora, e que o amor é a primeira lei do sistema solar. Assim, a todos tratamos naturalmente com amor.

O amor é a capacidade de coesão, de união. Se não existisse, prevaleceriam no universo as forças contrárias à unidade, e este se desintegraria.

Pela lei do amor, todo ser tem seu lugar no universo, onde melhor pode desenvolver sua aptidão, sua forma de doar-se. Mas ninguém é capaz de reconhecer esse lugar usando apenas a mente ou o desejo de servir. Só no profundo do ser sabemos onde está.

O fundamental é buscar nosso ser interior como prioridade na vida. É a partir disso que nossos dias se vão tornando puro serviço da alma, em benefício de qualquer pessoa que precise de auxílio.

José Trigueirinho Netto 
https://www.otempo.com.br

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