É FUNDAMENTAL E NECESSÁRIO RECONHECER A LUZ QUE HÁ EM SI
Este é um tempo no qual quem é capaz de reconhecer a verdade saberá
seguir sua luz; haverá, porém, os que se lançarão contra ela. A
tentativa de expô-la aos que não a querem ver é perda de preciosa
energia, que deveria estar dedicada ao trabalho de exprimir essa verdade
e construir seus caminhos.
Se, hoje, certo tipo de trabalho é
adequado, amanhã poderá não ser, pois a vida é transformação contínua e a
hierarquia espiritual revela a disposição à mudança como meio de
transcender as forças retrógradas. Que se esteja pronto para deixar-se
transformar e para ver além dos opostos; que se saiba cultivar o
silêncio, pois ele é o mensageiro da verdade para cada instante.
Muitas
vezes, um novo ensinamento é mais bem acolhido e aproveitado pelos que
externamente nada sabiam a respeito; os indivíduos ditos conhecedores,
se não estiverem abertos à transformação, resistem ao que é inesperado e
inusitado, porque percebem nele uma ameaça aos padrões já conseguidos.
Segundo os Evangelhos, os chamados doutores da lei eram os que mais
opunham resistência à revelação que, naquela época, era apresentada ao
mundo.
No decurso desta transição planetária, poderá ocorrer
maior intercâmbio interno e externo entre grupos. Assim sendo, a meta
evolutiva e de serviço deve sobrepujar as diferenças e idiossincrasias
que inevitavelmente emergem nos planos materiais.
Enviar energias
de auxílio à humanidade é conduzi-la ao despertar espiritual, levando
os indivíduos à descoberta das potencialidades superiores ocultas em seu
interior. Por outro lado, a idolatria, em qualquer nível, é uma
tendência oposta ao trabalho evolutivo e revela que ainda não se
reconheceu o que há no âmago de si mesmo e de todos. A adesão a ideias
puramente intelectuais, que muitas vezes não correspondem ao que a
essência do ser tenciona realizar, é também uma forma de idolatria aos
preconceitos formados nas mentes.
Corretamente vividas, as provas
que surgem ao longo da evolução podem proporcionar grandes avanços. Por
isso, um dos primeiros passos para um grupo é compreender e aceitar as
provas. O próprio desenvolvimento dos trabalhos, o relacionamento entre
os membros e destes com as circunstâncias trazidas pelo carma produzem
as provas necessárias, às vezes até duras para alguns. Mas é assim que
se chega ao ponto de poder confrontar as leis da evolução humana com as
da evolução superior e de acolher a energia supramental, sem a qual não
há avanço significativo, por mais laboriosa que seja a vida externa.
As
provas pelas quais indivíduos e grupos passam repetidamente confirmam
se a vibração do ensinamento interno se integrou realmente aos seus
corpos externos.
Neste ciclo, as lutas mentais nos seres humanos
são implacáveis. Isso se deve ao fato de o despertar das qualidades do
hemisfério direito do cérebro anular o controle exercido, até hoje, pelo
hemisfério cerebral esquerdo. Essa luta está se dando e se dará, ainda
mais especialmente, em todos os que se encontram em tarefas de caráter
espiritual. Portanto, as demandas involutivas chegam tanto do mundo
externo quanto do interno: algumas vêm do subconsciente e do mundo
mental do próprio indivíduo, e outras provêm do mental coletivo. No
plano mental do planeta, estabelece-se o confronto que conduzirá as
forças e energias terrestres à transformação e à reorientação. No
decorrer desse confronto, é preciso aprender a servir à humanidade,
irradiando o poder interior aos lugares onde se está e, também, aos
próprios corpos.
José Trigueirinho Netto
https://www.otempo.com.br
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