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domingo, 1 de novembro de 2020


 C O M P A I X Ã O

A compaixão | Pratique o bem hoje 

Paixão significa um estado de febre biológica – ela é quente, você fica quase possuído por energias biológicas inconscientes. Você não é mais senhor de si mesmo, é só um escravo.

Compaixão significa que você transcendeu a biologia, que você transcendeu a fisiologia.
Você não é mais um escravo, você se tomou um mestre.
Agora você vive conscientemente.

Não é mais dirigido, puxado para lá e para cá por forças inconscientes; você pode decidir o que quer fazer com as suas energias. Você é totalmente livre. Portanto, a mesma energia que se torna paixão é transformada em compaixão.

Paixão é luxuria, compaixão é amor.
Paixão é desejo, compaixão é ausência de desejo.
Paixão é ganância, compaixão é compartilhar.

A paixão quer usar o outro como um meio, a compaixão respeita o outro como um fim em si mesmo.

A paixão mantém você preso à terra, ao lodo, e você nunca se toma um lótus. A compaixão faz de você um lótus. Você começa a se elevar acima do mundo lodoso dos desejos, da ganância, da raiva. A compaixão é a transformação das suas energias.

Normalmente você vive disperso, fragmentado. Um pouco de energia é absorvida pela sua raiva, outro tanto é absorvido pela sua ganância, outro tanto pela sua luxúria e assim por diante.

E existem tantos desejos à sua volta que você fica sem energia nenhuma; você acaba oco, vazio.

Lembre-se do que disse William Blake – há uma grande sabedoria nisto -; ele disse: “Energia é alegria“. Mas não lhe resta nenhuma energia; toda a sua energia vive descendo pelo ralo.

Quando todas essas energias não são mais desperdiçadas elas começam a encher o seu lago interior, o seu ser interior. Você fica repleto. Uma grande alegria brota em você.

Quando começa a transbordar, você se toma um buda e passa a ser uma fonte inesgotável.

Só quando for um buda você provará o que é a compaixão.
A compaixão é um amor sereno – não frio, veja bem – sereno.
É um compartilhar da sua alegria com toda a existência.

Você passa a ser uma bênção para si mesmo e uma bênção para toda a existência. Isso é compaixão.

Seja menos um juiz e você ficará surpreso que quando você se torna uma testemunha e não julga a si mesmo, você para de julgar os outros também. E isso lhe torna mais humano, mais compassivo, mais compreensivo.

Osho
https://oshoemportugues.wordpress.com 
 
 
A essência da compaixão é feita de amor e nos vem pela alma
 
A compaixão provém de um nível elevado do ser, e é feita de amor. De fato, a energia do amor-sabedoria é sua origem. Diz respeito a um perfeito equilíbrio, no ser e no universo; portanto, nada tem a ver com lamúrias.
 
Aprendemos a compaixão na escola da vida. Nessa escola, só compreendemos o que sucede com os demais quando já passamos pelo que estão atravessando. Em realidade, existimos para nos tornar seres de amor e de compaixão. E o caminho para isso é o do trabalho, do sofrimento e do esforço, bem como o da observação do que ocorre quando alguém o trilha, especialmente os exemplos deixados por Grandes Consciências.
 
Especialmente hoje, precisamos da compaixão bem viva em nós. E ela vai-se ampliando e confirmando na proporção em que buscamos o contato com a alma. Para manifestá-la, o nosso ser externo precisa estar permeado e imbuído da energia da alma que, em essência, é compaixão.
 
Essa compaixão verdadeira, a da alma, é tão forte e profunda que por meio dela chegamos a nos identificar com os semelhantes e nos tornamos capazes de ajudar de maneira efetiva sua evolução. É só no nível da alma que podemos atingir tal estado. E nossas almas estão, elas mesmas, sendo preparadas para isso, nos mundos internos, pela descida das energias divinas da Virgem Maria e de Cristo.
 
Em geral, conhecemos o amor em relacionamentos que enlaçam e restringem. No entanto, quando a compaixão começa a desenvolver-se, outro tipo de amor, muito mais amplo, se desvela. E vamos então descobrir que a essência da compaixão é o amor. E que, sem compaixão, não se pode conhecer o amor que liberta. Isto Jesus Cristo e a Virgem Maria têm nos instruído regularmente em Suas mensagens e Aparições.
Tudo deveríamos encarar como oportunidade de nos libertar de alguma coisa que nos tolhe ou, sobretudo, de nós mesmos. Desse modo, de nada do que acontece seríamos vítimas. A compaixão transcende o raciocínio e o conhecimento teórico. Por isso temos de buscar diligentemente a vida da alma para irmos conhecendo a compaixão.Quando a compaixão está presente, usamos tudo para o bem, não apenas o que é agradável, bom e positivo. Só a compaixão é capaz de transformar em bem mesmo o que é negativo. Para descobrir o bem em tudo e tornar bem o que quer que seja, precisamos dessa energia despertada.
 
A consciência e o coração nos quais a compaixão já despertou são aqueles que sofreram com gratidão e fizeram esforços abnegadamente. E quanto mais tenham sofrido e se esforçado nesse sentido, mais capazes de compaixão se tornaram. A base desse caminho é passar pelas experiências sem lamentos. É vivê-las com alegria – mostrando assim grande compaixão por si mesmo, pelos outros e por tudo acontecer como acontece.
 
Mas não é pela mente que se chega a isso. A mente é apenas um elemento para que se tenha a devida força de concentração, a devida decisão de entrar em si mesmo em busca da essência. E, à medida que o ser toma conhecimento dessa necessidade, ele se destaca da consciência humana geral, em que o sofrimento é evitado. Passa a percebê-lo não como algo ruim e negativo, mas como algo que o levará a uma compreensão maior e o capacitará a ajudar os demais. Deixa, assim, de estar em conflito com o que lhe sucede e assume finalmente as instruções do amor crístico.
 
 
José Trigueirinho Netto
https://www.fraterinternacional.org
 

Khalil Gibran e a arte de dar

Vocês dizem: “eu dou, mas para quem merece”.

“As árvores não falam assim, e nem os rebanhos. Eles dão para que possam continuar vivendo; reter é morrer. Quem é digno de ganhar de Deus os dias e as noites, é digno também de receber de vocês tudo que precisa. Quem mereceu beber do oceano da vida, merece também encher sua taça no pequeno córrego de cada um”.

“Porque exigir que um homem exponha seu íntimo, e desnude seu orgulho, a fim de que possam decidir se ele merece ajuda? Procurem, isto sim, ver se vocês merecem dar”.

“E vocês, que recebem, não assumam nenhuma dívida de gratidão, para que não se crie um laço de domínio com os seus benfeitores”.

“Porque, se ficarem demasiadamente preocupados com estas dívidas terminarão duvidando da generosidade da terra e do Pai – que foi de onde estas dádivas realmente vieram”.

http://g1.globo.com
 

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