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sábado, 7 de novembro de 2020

 ENTREGUE-SE AO AMOR

ENSINANDO A CULTIVAR O AMOR: Maio 2013 

Não será que o amor é Deus e o coração, a transbordar de amor, é o templo? E não estará a procurar em vão a pessoa que abre mão do amor e procura Deus noutro lado?   

Em tempos costumava fazer-me esta pergunta, agora faço-a a si. Quem procura Deus está a anunciar que ainda não alcançou o amor, porque quem alcançou o amor também alcançou a piedade.

A procura de Deus está profundamente enraizada na necessidade de ter amor, mas a verdade é que é impossível encontrar Deus sem ter antes experimentado o amor. E assim sendo, a pessoa que começa por procurar Deus não o encontrará e será também privada de encontrar o amor. Mas a pessoa que procura o amor irá, em última análise, encontrar o amor e, no final, Deus também. 

O amor é o caminho, o amor é a porta, o amor é a energia que faz os pés andarem; o amor é a sede de vida e, no final de contas, o amor é a grande conquista da vida. Na verdade, o amor é Deus.

Eu digo: esqueça Deus e procure o amor. Esqueça os templos e procure no seu coração - pois, se Deus existir, é lá que está. Se existe alguma imagem de Deus, essa imagem é o amor.   

Todavia, essa imagem perdeu-se no meio dos ídolos feitos de pedra. Se existe algum templo de Deus, esse templo é o coração. Todavia, o templo do coração foi completamente coberto pelos templos feitos de barro. Perdemos Deus nos ídolos e nos templos feitos para ele. É difícil conhecê-lo por causa dos seus sacerdotes. Tornou-se impossível ouvir a sua voz por causa dos cânticos e orações entoadas para ele.   

Se o amor regressar às vidas dos homens, Deus também regressará.

Um homem culto foi visitar um santo. Carregava sobre a cabeça tamanha pilha de escrituras que quando finalmente chegou à cabana do santo quase tinha morrido. Mal lá chegou, perguntou ao santo:   

"- Do que é que preciso para encontrar Deus?" -Ainda tinha sobre a cabeça o fardo que carregava.   

"- Amigo, antes de mais, pousa esse fardo." - foi a resposta do santo.   

O homem culto sentiu-se muito relutante. No entanto, arranjou coragem e pousou o fardo. Não há dúvida de que é preciso uma coragem inabalável para nos aliviarmos do peso que carregamos na alma. Mas mesmo assim ele manteve uma mão a agarrar a sua carga.  

"- Amigo, afasta essa mão também." - disse o santo.   

Aquele homem devia ser muito corajoso porque, reunindo toda a sua energia, retirou a mão de cima da sua carga. Então o santo disse:   

"- Estás familiarizado com o amor? Os teus pés já alguma vez percorreram o caminho do amor? Se não, vai e entra no templo do amor. Vive o amor e conhece o amor, depois volta. Garanto-te que, depois disso, levar-te-ei a Deus."

O homem culto regressou a casa. Tinha partido um homem erudito mas já não o era. Deixara o conhecimento que colecionara para trás. Aquele homem era decerto pouco comum e abençoado, tendo em conta que é mais fácil abdicar de um trono do que do conhecimento - afinal de contas, o conhecimento é o derradeiro pilar do ego. Mas é necessário perdê-lo para amar.   

O oposto do amor é o ódio. O maior inimigo do amor é o ego, sendo o ódio um dos seus filhos. Apego, desapego, desejo, falta de desejo, ganância, ódio, ciúme, inimizade: são todos filhos dele. A família do ego é muito extensa.   

O santo acompanhou o homem até aos arredores da povoação e despediu-se dele. O homem merecia-o: o santo estava satisfeito com a coragem que demonstrara. Onde existe coragem, o nascimento da religião é possível. A coragem conduz à liberdade e a liberdade coloca-nos frente a frente com a verdade.

Mas os anos foram-se passando. O santo fartou-se de esperar que o homem regressasse, e ele não o fez. Por fim, o santo partiu à sua procura e um dia encontrou-o. Encontrou-o, perdido dentro dele próprio, numa povoação a dançar. Até era difícil reconhecê-lo. A felicidade tinha-o rejuvenescido. O santo parou junto dele e perguntou-lhe:   

"- Por que não voltaste ? Estava farto de esperar por ti, decidi vir ao teu encontro. Não queres procurar Deus? " 

O homem respondeu:   

"- Não, de todo. No preciso momento em que descobri o amor encontrei Deus também. "

Osho, em 'Candeias de Barro'

 

 

Compromisso Mais Profundo do Amor

Não nos vamos comprometer com um futuro juntos. O futuro é tão desconhecido, e somos tão fluidos, e estamos cansados ​​de fingir que sabemos.
 
Os nossos pensamentos e sentimentos estão sempre a mudar, incontroláveis, como um oceano selvagem de amor.
 
Os nossos desejos aumentam e diminuem; os nossos sonhos nascem e morrem a cada momento.
 
Não nos comprometamos com uma forma de amor. As formas estão sempre a mudar, como as marés.
 
Não precisamos de segurança aqui. Não estamos à procura de conforto, mas da Verdade.
 
Vamos fazer um compromisso mais profundo; Um que não pode ser quebrado ou perdido.
 
À presença. Para o encontro no aqui-e-agora.
 
Para trazermos o todo de nós mesmos. Para conhecer e nos deixarmos conhecer.
 
A dizer a verdade, hoje; Sabendo que a nossa verdade pode mudar amanhã.
 
A fazer uma venia um ao outro, mesmo que os nossos corações estejam quebrados e tenros.
 
Sem promessas, sem garantias.

É preciso coragem para Amar! Sim!
 
Pois o amor é um campo, não uma forma. Vamos comprometermo-nos com o campo, lembre-se do campo em cada momento dos nossos dias preciosos nesta Terra.
 
Daqui a dez anos, talvez estejamos juntos. Podemos ter filhos. Podemos viver juntos ou viver separados.
 
Talvez nunca mais nos vejamos. Este pode ser nosso último dia.
 
Se formos honestos, realmente não sabemos; Não saber é o nosso lar.
 
Podemos ser amigos, ou amantes, ou estranhos, ou família, ou podemos permanecer indefinidos, para além da narrativa, o nosso amor não pode ser captado em palavras.
 
Aqui na borda do conhecido, na linha que divide a sanidade da loucura, e a dúvida da certeza, nós jogamos, nós dançamos, bebemos chá, tocamo-nos, choramos, rimos, encontramo-nos.
 
Sacrificamos conforto e previsibilidade. Mas o que ganhamos é surpreendente: Esse tremendo sentimento de estar vivo. Não mais entorpecido aos mistérios do amor, os mistérios de nossos corpos.
Um pouco cru, talvez. Um pouco trêmulo. Talvez um pouco desorientado, mas talvez este seja o preço de ser totalmente livre.

Talvez uma parte velha em nós ainda procure a mãe ou o pai, aquela Pessoa Mágica que nunca irá embora, que estará lá sempre, que tirará a solidão reprimida nas nossas entranhas. Ame essa parte assustada também; mostre respeito a essa parte também, mas sem mais ser controlado por ela. E vão perguntar:
 
E quanto ao seu futuro?
O que acontece se tiver filhos?
Como se define?
Por que tem medo de compromisso?
Por que foge da segurança? Conforto? Futuro?
Eles vão dizer que você é louco, ou que não entende o amor, ou está perdido, ou mal amado e egoísta, e você vai sorrir, e entender o medo deles, pois o medo deles foi uma vez seu, e você não pode abandonar o seu caminho agora.
E ninguém tem que andar consigo. Nunca!

Chega a uma altura, somente a Verdade satisfará. Uma Verdade viva, renovando-se a cada momento, a Verdade selvagem do coração aberto.
 
Quando o Amor e a Verdade são Um, quando o Compromisso está profundamente enraizado na respiração, podemos finalmente encarar um ao outro sem ressentimento e explodir nos mais melancólicos pores do sol, ficar na mais profunda alegria.
 
A andar sozinhos, juntos, sozinhos.
 
Jeff Foster
 


O Indescritível Amor

Deixe o reino dos nomes e formas
e entre num campo mais refinado e intuitivo.

Veja com os olhos de Krishna,
e ame com o amor de Cristo.

Faça introspecção com a sabedoria de Shiva
e venha para a dimensão por trás do pensamento,
o reino do Ser.

Aqui brilha a presença intuitiva – ‘eu sou’.
Todos os seres naturalmente amam este estado ‘eu sou’.
Sua natureza é paz, alegria, sabedoria e amor.
É o amor de ser, o amor de existir.

Mas em um certo estágio,
mesmo este estado maravilhoso é observado.
Quando você está na posição
para observar o “eu sou” em si,
então você está automaticamente no lugar do Eterno.

É o Supremo.
Nenhuma palavra pode expressar ou defini-lo.
Ele confere luz e alegria à vida.

Foi perguntado a Papaji uma vez:
Há algo além da consciência?
Surpreendentemente, ele disse:
“Amor. O amor está além de tudo”.
Eu descobri o amor como sendo sinônimo de consciência.
Eles são Um.
O amor é a unidade do Ser.
É o sagrado dentro do vazio.
É o Indescritível.
Você é Isso.  

Mooji


Textos recebidos por email sem identificação da fonte

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