Translate

terça-feira, 17 de novembro de 2020


 A INFLUÊNCIA DOS PENSAMENTOS

Qual é a qualidade dos seus pensamentos? 

"Qual é a qualidade dos seus pensamentos?"

Se você refletir sobre o incalculável número de pensamentos emitidos a cada dia no mundo, verá surgindo perante sua imaginação uma cena terrível, agitada e complexa na qual todas essas formações se entrecruzam e colidem, batalham entre si, sucumbem e triunfam num movimento vibratório que é tão rápido que dificilmente podemos imaginá-lo.

Agora você pode perceber como pode ser a atmosfera mental de uma cidade como Paris, onde milhões de indivíduos estão pensando – e que pensamentos! Você pode imaginar essa fervilhante e instável massa, esse emaranhamento inextricável. Apesar de todas as tendências, vontades e opiniões contraditórias, um tipo de unidade existe entre estas vibrações, pois todas elas, com poucas exceções, expressam desejo, desejo em todas as suas formas, todos os seus aspectos, em todos os planos.
 
Todos os pensamentos de pessoas de mente mundana, cujo único objetivo é o gozo e diversão do corpo, expressam desejo. Todos os pensamentos de criadores intelectuais ou artistas sedentos por fama, consideração e honra, expressam desejo.

Todos os pensamentos de milhares de empregados e trabalhadores, de todos os oprimidos, os desafortunados, que lutam por alguma melhora em sua existência, expressam desejo.

Todos, ricos e pobres, poderosos e fracos, privilegiados e oprimidos, intelectuais e obtusos, todos querem riqueza, sempre mais riqueza para satisfazer todos os seus desejos.

Se em algum lugar ocasionalmente brilha um pensamento puro e desinteressado, da vontade de fazer o bem, de uma busca sincera pela verdade, ele é rapidamente engolido por essa inundação que rola como um mar de lodo.

No futuro os pensamentos luminosos iluminarão a noite desse planeta, mas no momento estamos vivendo nessa escuridão, pois tanto no domínio físico quanto no mental, nos encontramos num estado de contínuas trocas com o meio ambiente. Isso é para mostrar a você como somos contaminados a cada dia, a cada minuto.

Existem duas vitórias possíveis para serem alcançadas, uma coletiva e outra individual. A primeiro é, digamos, positiva e ativa, e a segunda negativa e passiva. Para se ganhar a vitória positiva é necessário declarar uma guerra aberta de ideia contra ideia, para que os pensamentos que são desinteressados, elevados e nobres batalhem contra aqueles que são egoístas, básicos e vulgares.

Essa é uma luta corpo a corpo, uma batalha de cada minuto que demanda considerável poder e clareza mentais. Para lutar contra pensamentos é necessário, em primeiro lugar, recebê-los, admiti-los dentro de si mesmo, deliberadamente permitir-se ser contaminado
 
É uma verdadeira guerra na qual a pessoa corre o perigo de perder seu equilíbrio mental a cada minuto – e uma guerra exige guerreiros. Não recomendo essa prática a ninguém. Ela pertence por direito aos iniciados que se prepararam para ela durante longa e rigorosa disciplina, e assim devemos deixar essa luta para eles.

De nossa parte, devemos nos contentar em nos purificar para estarmos livres de toda infecção. Devemos aspirar a uma vitória individual, e se vencermos descobriremos que fizemos mais pela coletividade do que suspeitamos no início. Acendamos dentro de nós mesmos o fogo das antigas vestais, o fogo que simboliza a inteligência divina, que é nosso dever manifestar. É um trabalho que não pode ser conseguido num dia, num mês ou num ano, é um trabalho que exige perseverança.

Mira Alfassa (A Mãe)
http://yoga-ensinamentos.blogspot.com 
 

Pensar é uma atividade que, na maior parte da humanidade, fixa a mente em coisas concretas, externas e visíveis.

Quando a pessoa ainda não aprendeu que pode controlar o pensamento, este se torna desenfreado. E, quanto mais desenfreado, mais a mente se fixa em coisas externas e concretas e mais difícil se torna concentrá-la em coisas abstratas, elevadas. Assim, a mente se distrai, se dispersa e se mantém voltada para o que os sentidos apresentam. E muitas vezes a pessoa nem se dá conta da própria dispersão.

Quem está consciente do próprio estado de dispersão e está em uma busca espiritual, quer concentrar-se, porque só assim consegue centralizar a energia mental e direcioná-la para os níveis mais elevados da existência.

Entretanto, para conseguir concentrar-se, não basta simplesmente querer, nem mesmo fazer exercícios sistemáticos. A concentração só ocorre de fato quando a pessoa renuncia àquilo que a atrai, agrada ou contenta e se volta prioritariamente para a busca espiritual.

No passado foram criados muitos exercícios de concentração adequados para a mente daqueles tempos. Mas em geral os que faziam os exercícios tinham uma vida organizada, harmoniosa, sadia e disciplinada.

Não é o caso da maioria das pessoas de hoje. Atualmente nossa civilização estimula o consumismo e uma forma de vida desordenada, comandada pelos desejos. Se alguém fizer hoje os exercícios de concentração criados no passado e viver como a maioria vive em nossos dias, cedendo aos apelos dos desejos, não conseguirá concentrar-se porque lhe faltará certo ascetismo na vida diária, imprescindível para a concentração.

Além disso, com o passar dos tempos, a consciência e a mente humanas se desenvolveram e os vários níveis de consciência na mente se aproximaram. Portanto, os antigos exercícios de concentração não são mais adequados à mente atual.

Quando se pratica o ascetismo, ou seja, quando se renuncia a tudo o que dispersa, quando se repele tudo o que não leva aos níveis espirituais, quando se controlam os próprios impulsos no dia a dia, a concentração pode finalmente ocorrer.

Trigueirinho, “Trabalho Espiritual com a Mente”
https://www.progresso.com.br 
 
 
DESACELERE, AMIGO

Frequentemente nos sentimos tão distantes de casa, do amor, das respostas, dos “amanhãs” que secretamente esperamos. Nos sentimos tão longe da vida…Mas a vida nunca está realmente longe. A vida nunca pode estar à distância. A vida está sempre aqui, onde nós estamos, e somos inseparáveis do seu brilhante esplendor de luz e sombra.

Não há urgência. O verão não corre em direção ao outono. Uma pequena folha de grama não está tentando crescer mais rápido do que a sua vizinha. Os planetas giram lentamente em suas órbitas. Este universo antigo não tem pressa.

Mas a mente, sentindo-se tão dividida da totalidade, quer respostas agora, querer soluções hoje, querer saber tão desesperadamente. Quer alcançar suas preciosas conclusões. E, no fim, quer estar no controle das coisas.

Mas você não é a mente. A mente é um aspecto do todo, mas não consegue capturar o todo…

Então desacelere, amigo. Faça uma profunda e consciente inspiração. Confie  no lugar que você está, no lugar do “ainda sem respostas”, o precioso lugar de não saber. Este lugar é sagrado, porque é 100% vida. Está repleto de vida, saturada com a vida, transbordando vida.

Não tente se apressar para a próxima cena do filme de “mim”. Esteja aqui, nesta cena, Agora, a única cena que existe.

Agora é o lugar onde as perguntas descansam e as respostas crescem, nos seus próprios tempos…”

Jeff Foster, “Slow Down, Friend”
https://dharmalog.com

Nenhum comentário:

Postar um comentário