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terça-feira, 2 de junho de 2020

SABEDORIAS DO CAMINHO INFINITO
 
AntroposofiaZN: O desenvolvimento da autoconsciência 
Última Parte
 
A verdade, como é entendida e descrita, não é a Verdade, exceto "em Deus". Quando alcançamos a conscientização da vida em Deus, aí somos de fato divinos, espirituais e governados por Deus.

A verdade espiritual não é válida para o que é humano, mas para o Espírito e para seu universo. O estado humano é como uma hipnose, e só quando esta ilusão se desfaz é que temos a vida em Deus.  Só podemos alcançar a compreensão da perfeição, da totalidade, e da unidade "em Deus".
 
Só atingimos nosso alvo quando abandonamos todos os conceitos de Verdade, e isso só se dá com a Graça.
 
Despindo todos os conceitos sobre Vida, Verdade e Amor, estaremos "em Deus".
 
A vida além do túmulo não tem relação alguma com a imortalidade; seria apenas a  sobrevivência da personalidade. E esta personalidade morre — ela deve morrer, quer deste como do outro lado do túmulo — para que a imortalidade possa ser atingida. O Eu imortal é sempre presente, mesmo que esteja revestido pela personalidade, e é revelado e vivido só na proporção em que a personalidade, ou o ego humano, desaparece.
 
Nós continuamos preocupados com o nosso bem pessoal — segurança, saúde ou paz de espírito — e isso é o que deve "morrer todos os dias", para que possamos "renascer pelo Espírito", com a conscientização da imortalidade aqui e agora.
 
A prece não é uma atividade da mente humana.
 
Todas as tentativas de contatar Deus através da mente ou do intelecto falharam, e sempre falharão. Deus só pode ser conhecido pela Alma, através das faculdades da Alma.
 
A oração que brota do intelecto só pode dar frutos na medida de nossa crença naquele tipo de prece.
 
A fé em um "Deus desconhecido" só traz a harmonia de uma crença cega. Deus deve ser conhecido e compreendido através da Alma.
 
Para um estudante adiantado: "Tu já chegaste ao lugar de onde se conhece toda a verdade que pode ser conhecida, compreendida ou humanamente aceita. Deves agora atingir um ponto mais alto para que a Verdade te se revele pelos meios espirituais — sem os meios de comunicação humanos".
 
Por que Almas avançadas, e mesmo praticantes e mestres, experimentam ainda doenças e outros problemas? A consciência mortal ou material que ainda reste neles, em qualquer nível, se manifesta. Não há consciência sem expressão, e mesmo o menor resquício de consciência humana que restar se expressará como a humana dicotomia de bem e mal. Esta é a lei. Ambos ali ficam, lado a lado, e, à medida que se desenvolve a consciência espiritual, cada vez mais é desarraigado o sentido material. Mesmo a Ressurreição nos traz um sentido material do corpo, com todas as marcas do erro humano. A pura espiritualidade é revelada na Ascensão.
 
Pelo caminho espiritual, muitos chegam a lugares áridos — desertos, inóspitos — e crêem que foram abandonados por Deus. E, com freqüência, parece mesmo que o Cristo os abandonou. E é nesse momento que o buscador espiritual deve se lembrar daquilo que ainda não alcançou, que aquilo que pensava ser a plena realização da Verdade, o Cristo ou Deus, não era ainda a plenitude do Espírito. Esta experiência de deserto revela que ele deve continuar no seu esforço, pois que a Luz, quando se mostrar em sua plenitude, lhe dirá "nunca te deixarei, nem te abandonarei". Lembremos de que tais discórdias e desarmonias são aparentes, só têm sentido humano. A visão espiritual vê através — vê a Realidade.
 
A fé não diz respeito ao passado ou ao futuro. A fé é uma atividade que ocorre no presente — agora, só agora!
 
A fé é uma atividade da consciência, assim como a integridade. A fé está sempre presente em nós, mesmo que, como a integridade, possa estar adormecida. O conhecimento e a aceitação da onipresença da fé como atividade da consciência individual, permite o início de seu fluxo rumo aos efeitos visíveis.
 
A fé é uma qualidade de Deus, não do homem; mas, como qualidade divina, está presente em toda sua plenitude.
 
Não espere que o poder de Deus atue no sonho, mas, antes, que desfaça o sonho.
 
Não busque o contato com Deus para que Ele ajuste, mude ou sane o sonho. A conscientização ou compreensão de Deus desfaz o sonho.
 
Perceber que estamos agindo em sonho é o começo do despertar.
 
A verdadeira não resistência é a capacidade de não esperar que Deus atue no sonho. Isto não significa que devamos viver sem Deus mas, ao contrário, que tenhamos nossa vida eternamente em Deus.
 
Se abster de procurar a ajuda de Deus é viver na realidade.
 
Não mais buscar a Deus, nem mais procurar Sua ajuda é acordar do sonho para a realidade.
 
Sempre que houver um sentido de necessidade de Deus, estaremos agindo em sonho.
 
Deus não é um poder no sentido de poder sobre o mal, sobre o pecado, a doença e a morte. Deus não é poder em qualquer sentido que envolva luta, isto é, superação e destruição.
 
Deus é vida. Deus é amor. Deus É. Nada, fora disso, é. Só Deus É.
 
Não esteja preocupado com seu relacionamento com as pessoas. Mantenha, conscientemente, sua relação com Deus, e isso cuidará de tudo o mais.  Mantenha a percepção de sua relação com Deus sagrada e secreta. Esta relação, mantida no segredo e no silêncio, aparece externamente como relacionamentos humanos harmoniosos.  Deus é a ligação entre você e seus irmãos e irmãs das famílias humana, animal, vegetal e mineral.  Quando o pensamento divaga sobre pessoas, lugares ou coisas, estamos agindo em sonho.  Quando nosso pensamento converge para a contemplação espiritual, cada pessoa, lugar ou coisa se torna deleite espiritual.
 
As coisas que percebemos com os cinco sentidos são objetos da mente, não têm relação com a Verdade. Todas as aparências são objeto dos sentidos — não de Deus, ou da Verdade.  Tudo o que é testemunhado objetivamente deve ser entendido como imagem mental ou como projeção da mente — nunca como realidade espiritual.  A realidade é imanente à formação de ideias pelos sentidos, mas só é percebida pela consciência espiritual.  O mundo dos sentidos — a experiência humana — ocorre no tempo e no espaço, e isso em si já exclui que seja de natureza espiritual.
 
O universo do Espírito, da Verdade, de Deus, é uma atividade na eternidade. Assim entendido, nascimento, doença, ou morte nunca ocorreram. Em qualquer caso, quando defrontados com aparências de vida humana — mesmo bons seres humanos ou condições —, lembremos de que isto não é a verdade, mas uma imagem mental no pensamento, sem realidade, lei, substância, causa ou efeito. "Olhemos", pois, mais profundamente dentro da consciência e observemos aquilo que é —eternidade —, mesmo naquilo que se mostra como passado, presente ou futuro.
 
Se algo ocorre no tempo e no espaço, não o aceite pelo valor da aparência, mas busque mais profundamente no reino da Alma.

Joel Goldsmith 
http://supraconsciencia.blogspot.com

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