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sexta-feira, 19 de junho de 2020

ESTAMOS DEPRIMIDOS OU DISTRAÍDOS ?


4 motivos para você estar sempre distraído

"Não estás deprimido, estás distraído. Distraído em relação à vida que te preenche, distraído em relação à vida que te rodeia, golfinhos, bosques, mares, montanhas, rios..." Que belas palavras Facundo Cabral deixou para o mundo.  E toda essa majestosa criação - a Vida - esvanece-se aos nossos olhos físicos porque somos tão finitos, tão distraídos, tão insensíveis... estamos tão cheios das coisas do mundo, das emoções sem sentido, dos devaneios mentais, que não há mais espaço para uma reflexão mais profunda sobre nós mesmos... vivemos de mentiras, de ilusões... O pior é que gostamos de tudo isso; dessa imensa 'distração'. E a verdade, onde foi deixada ? Jiddu Krishnamurti disse que "Ser como nada é essencial. Assim como um copo só é útil quando vazio, assim somente quando se é como nada, é possível receber a graça de Deus, a Verdade, o que você quiser." A humanidade  está desatenta desde muito tempo e, por esta razão, o mundo está como está. Se quisermos, realmente, mudar o cenário mundial temos que iniciar essa transformação em nós mesmos; como afirmou Gandhi: "Seja a mudança que você quer ver no mundo".
Osho em uma de suas palestras disse: “Vivo sem pensar no passado ou no futuro, e descobri que esta é a única maneira de viver. De outro modo você apenas finge viver, mas não vive.Você espera viver, mas não vive. Ou é memória ou imaginação, mas nunca a realidade.”

A existência conhece somente um tempo, o presente. A linguagem é que cria os três tempos, e com isso cria três mil tensões em sua mente. A existência conhece somente um tempo, o presente, e de modo nenhum é uma tensão – o presente é completamente relaxante.

Quando você está totalmente aqui, sem ontens puxando-o para trás e sem amanhãs puxando-o para algum lugar, você está relaxado. Estar completamente no momento é meditação... E então ele é tão belo, tão jovial... Jamais envelhece, jamais vai a lugar algum. A vida é um fluxo, um movimento, um continuum. Desfrute esse momento que vem e vai. Não há nada de errado nisso. Beba nele quanto puder, pois ele é fugaz – portanto, não perca tempo pensando. Não comece a pensar que ele é fugaz!

Não se importe com o que vai acontecer amanhã, se isso vai ou não estar com você, e não pense nos ontens. Enquanto durar, esprema todo o seu suco, beba-o completamente. Então, quem se importa se ele vai embora ou permanece? Se ele permanecer, nós o beberemos. Se ele se for, bom; beberemos algum outro momento. Perceba... É somente seu passado não vivido que se torna seu fardo psicológico.

Deixe-me repetir: o passado não vivido – aqueles momentos que você poderia viver, mas não viveu, aqueles casos de amor que poderiam ter florescido, mas que se perdeu... Aquelas canções que você poderia ter cantado, mas você ficou preso a algo estúpido e perdeu a canção. É o passado não vivido que se torna seu fardo psicológico, e ele insiste em ficar mais pesado a cada dia.

Por isso o idoso se torna tão irritado. Não é culpa dele. E ele não sabe porque está irritado – por que todas  as coisas o irritam, por que está constantemente com raiva, por que não permite a ninguém ficar feliz, por que não pode ver crianças dançando, cantando, pulando, celebrando, por que ele deseja que todos fiquem quietos. O que aconteceu com ele? Esse é um fenômeno psicológico simples: toda a sua vida não vivida. Quando ele vê uma criança dançando, sua criança interna se ressente. Sua criança interna de alguma forma foi impedida de dançar – talvez pelos seus pais, pelos mais velhos, talvez por ela mesma, porque isso era respeitado, honrado.

Essa criança era trazida a seus vizinhos e apresentada: “Olhe para esta criança, tão quieta, tão calma, silenciosa; não perturba, não faz travessuras”. Seu ego ficou inflado. De qualquer maneira, ela perdeu. Agora ele não pode tolerar isso, não pode tolerar essa criança. Na verdade, é sua infância não vivida que começa a se ressentir.
 
Ela deixou uma ferida. E quantas feridas você está carregando?
Milhares de feridas estão alinhadas, pois pense... Quanto você deixou de viver? Uma excelente explanação de Osho, não? Precisamos descobrir urgentemente onde colocar a nossa atenção.

Facundo Cabral está certo quando diz: "Não estás deprimido, estás distraído. Por isso acreditas que perdeste algo, o que é impossível, porque tudo te foi dado. Não fizeste um só cabelo de tua cabeça, portanto não és dono de coisa alguma. Além disso, a vida não te tira coisas: te liberta de coisas, alivia-te para que possas voar mais alto, para que alcances a plenitude. Faz apenas o que amas e serás feliz. Aquele que faz o que ama, está benditamente condenado ao sucesso, que chegará quando for a hora, porque o que deve ser será, e chegará de forma natural. Não faças coisa alguma por obrigação ou por compromisso, apenas por amor. Então terás plenitude, e nessa plenitude tudo é possível sem esforço, porque és movido pela força natural da vida".  Chegou a hora de lançarmos um olhar para o modo como estamos vivendo... sofremos à toa porque estamos sempre distraídos. " Tim Hansel afirmou algo bem apropriado para esse final de  texto: "A dor é inevitável, o sofrimento é opcional... E com certeza o que não me mata, me fortalece!"
 
Fonte: http//pierrechristoph.blogspot.com

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