Translate

segunda-feira, 29 de junho de 2020

S O B R E   O S   P R O B L E M A S

Clínica Médica e Terapêutica de Psico-Oncologia – Oncology 2020
Não permita que os problema se tornem seu sentido

Sempre é mais fácil abandonar os problemas do que resolvê-los. E sempre que você puder abandonar um problema, é melhor abandoná-lo que resolvê-lo, porque mesmo se você for bem sucedido na solução dele — o que é muito difícil — alguma coisa dele continuará em uma forma modificada.

Assim, a respeito de problemas, é preciso ser muito, muito específico. Primeira coisa: se você puder abandoná-los, deixá-los de lado, é melhor que resolvê-los. Se eles não puderem ser abandonados, somente então tente resolvê-los.

E a minha compreensão é de que se você estiver pronto para abandoná-los, noventa e nove por cento dos problemas poderão ser abandonados. Não há necessidade alguma de resolvê-los — eles não valem o esforço.

Se você viver muito tempo com os problemas, eles tendem a se tornar parte de seu ser. Então, uma parte de seu ser se agarra a eles e outra parte tenta resolvê-los — existe uma dicotomia. Então você se move para direções diametralmente opostas, porque uma parte tornou-se tão acostumada a eles que sem eles não será capaz de viver.

Eu conheci um casal. O marido era um alcoólatra e por quase quinze anos a esposa esteve continuamente brigando. Aquele era seu único problema. Ela veio a mim e disse: “Esse é o único problema. Se você puder resolvê-lo… E meu marido vem a você — ele é quase um discípulo seu. Ele é louco por você porque quando ele fica bêbado, ele só fala de você — nada mais! Por isso, ajude-me! Eu não desejo nenhuma iluminação,” disse a mulher, “Eu não quero paz alguma em minha mente. Se meu marido não ficar mais nesse estado louco, eu estarei perfeitamente feliz.”

Assim, eu falei com o marido: “Apenas por sete dias tente não beber e vamos ver o que acontece.” Por sete dias ele parou. Em primeiro lugar, a mulher nunca esperava por isso. Ela tinha falado sobre isso, mas não tinha expectativas. O investimento de quinze anos de repente se foi — nada mais havia para falar a respeito, nenhum motivo mais para brigar.

E não era apenas isso — o poder dela, a atitude dela que era ‘mais santa que ele’… De repente o marido não era mais aquele companheiro indecente, bêbado, e ela não podia puxá-lo para baixo repetidas vezes por todo o dia.

No sétimo dia eu fui à casa deles e perguntei: “Como você está se sentindo?” Ela disse: “Eu estou me sentindo triste. Isto é estranho — ele realmente parou! Mas eu estou me sentindo muito triste — como se todo o trabalho da minha vida tivesse se perdido. Agora eu não vejo razão pela qual eu devo viver. Aquilo havia se tornado um sentido para mim.”

É muito perigoso viver com problemas por muito tempo – eles se tornam o seu sentido. Assim, imediatamente, sempre que existir um problema, a primeira coisa é: se você puder, abandone-o.

Se você não puder abandoná-lo de maneira alguma, então resolva-o. O problema que não pode ser abandonado, merece ser resolvido e você crescerá através disso.

Osho
https://bibliotecaoshobrasil.wordpress.com


Sobre problemas – Krishnamurti


Olhe para o problema

Devemos, eu acho, olhar o problema como um todo, não uma parte particular desse problema, não como um segmento ou um fragmento dele, mas o problema total do viver, que inclui ir ao escritório, a família, amor, sexo, conflito, ambição e a compreensão do que é a morte e também se existe alguma coisa chamada Deus, ou verdade, ou que nome se dê. Devemos compreender a totalidade deste problema. Essa vai ser nossa dificuldade, porque estamos muito acostumados a agir e reagir a um dado problema e não a ver que todos os problemas humanos estão interligados. Assim parece que provocar uma revolução psicológica completa é muito mais importante do que uma revolução econômica ou social – desorganizar um estabelecimento particular, neste país ou na França, ou na Índia – porque o problema é muito mais profundo do que meramente se tornar um ativista, ou aderir a determinado grupo, ou retirar-se para um monastério para meditar, aprender Zen ou ioga.


Os problemas sobrecarregam a mente com o medo

Consciente ou inconscientemente nos recusamos a ver a essencialidade de estarmos passivamente cônscios porque realmente não queremos deixar nossos problemas; pois o que seríamos sem eles? Preferimos nos prender a algo que conhecemos, por mais doloroso, do que nos arriscarmos com algo que não sabemos aonde nos levará. Com os problemas, pelo menos, estamos familiarizados; mas o pensamento de ir ao encalço do criador deles, sem saber onde isso pode nos levar, cria medo e estupidez. A mente estaria perdida sem a preocupação com problemas, sejam eles mundiais ou domésticos, políticos ou pessoais, religiosos ou ideológicos; assim nossos problemas nos tornam triviais e limitados. Uma mente que está consumida com os problemas do mundo é tão trivial quanto a mente que se preocupa com o progresso espiritual que está fazendo. Os problemas sobrecarregam a mente com o medo, pois problemas fortalecem o ego, o “eu” e o “meu”. Sem problemas, sem façanhas e fracassos, o ego não existe.



Toda fuga gera mais problemas

O simples desejo de resolver um problema é uma fuga do problema, não é? Eu não examinei o problema, não o estudei, não o explorei, não o entendi. Não conheço a beleza ou a feiura ou a profundidade do problema; minha única preocupação é resolvê-lo, afastá-lo. Esta urgência para resolver um problema sem o ter compreendido é uma fuga do problema e, assim, se torna outro problema. Toda fuga gera mais problemas.


https://tudopositivo.wordpress.com

Nenhum comentário:

Postar um comentário