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sábado, 6 de junho de 2020

Q U E R O   S E R   O   Q U E   S O U

Cristo morreu e ressuscitou para nos dar a vida nova 

Tenho necessidade de estar a sós contigo,
Mestre,
Porque preciso de ser o que sou...
Ser no meu externo existir
O que sou no meu interno Ser...
Tenho de retificar todas as minhas tortuosidades...
Lucificar as minhas escuridões...
Simplificar as minhas complexidades...
Os homens não me permitem ser o que sou e quero ser...
Obrigam-me a mentir a mim mesmo e aos outros...
Mas eu quero ser sincero e veraz...
Quero pôr a minha alma em tuas mãos,
Inteiramente desnuda e pura,
Assim como saiu das tuas mãos...
Quero despi-Ia de todas as roupagens das convenções sociais,
De todos os conchavos curvilíneos,
De todas as mentiras oficializadas,
De todas as deslumbrantes vacuidades,
De todos os sacrilégios consagrados,
De todas as prostituições da nossa civilização...
Quero lançar a minha alma, desnuda,
Ao vasto oceano da tua Verdade,
Ao fogo do teu Amor...
Estou cansado de todas as falsidades da minha vida...
Ressuscita-me, Senhor, para uma vida nova,
Feita em justiça, verdade e santidade!...
Necessito de um desabafo,
De um grande, vasto e profundo desabafo
De todas as minhas misérias...
E só tu, divino Mestre, és assaz forte,
Para suportar as minhas fraquezas...
Assaz puro para ouvir
As minhas impurezas...
Bastante sereno para saber
Das angústias da minha consciência...
Há momentos em que não me tolero mais
E tenho imperiosa necessidade de bradar aos ouvidos de alguém
As minhas angústias internas...
Mas não encontro entre os homens quem possua bastante força
Para não se escandalizar com as minhas fraquezas,
Bastante saúde para não ser contagiado
Por minhas enfermidades,
Bastante luz para não sucumbir
Às trevas que em mim estão...
E esse homem bastante divino,
E esse Deus bastante humano
És tu, divino Mestre,
Tu, o Verbo que se fez carne,
Tu, que disseste: “Vinde a mim, todos vós, que andais aflitos,
E sobrecarregados – e eu vos aliviarei,
E achareis paz para as vossas almas!”...

Quero ser o que sou em ti, Senhor !

Huberto Rohden, A Voz do Silêncio
Poemas de Auto-Realização para Iniciandos e Iniciados
UNIVERSALISMO
 

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